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Múmia italiana não tem descendentes vivos, diz estudo
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da Reuters
Ötzi, a múmia da Idade do Bronze achada nos Alpes italianos, não tem nenhum parente vivo, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira (31). O veredicto foi dado por cientistas italianos e britânicos, que seqüenciaram parte do DNA do homem do gelo.
O grupo liderado por Franco Rollo, da Universidade de Camerino, Itália, seqüenciou o genoma mitocondrial completo da múmia de 5.300 anos. É a seqüência do tipo mais antiga já obtida de um ser humano moderno.
Franco Rollo/Universidade de Camerino |
Corpo mumificado de Ötzi, achado em 1991 no Tirol; pesquisa analisou DNA e verificou que múmia não tem descendentes vivos |
O DNA mitocondrial é aquele contido nas mitocôndrias, as usinas de energia da célula. Como só é passado de mãe para filhos, é uma boa ferramenta para revelar linhagens genéticas.
O que o genoma mitocondrial de Ötzi revelou foi que a múmia pertence a uma linhagem própria. Apesar de se encaixar do chamado haplogrupo (conjunto de linhagens) K1, que deu origem a diversas linhagens humanas na Europa, ele é diferente de todas as sublinhagens existentes hoje (K1a, K1b e K1c).
Rollo e seus colegas afirmam que ele pertence a um ramo até agora desconhecido, que eles chamaram de K1ö, ou "ramo de Ötzi".
"Nossa pesquisa sugere que a linhagem de Ötzi pode de fato ter se extinguido", disse Martin Richards, da Universidade de Leeds (Reino Unido). Ele é co-autor da análise, cujos resultados foram publicados no periódico "Current Biology".
"Só saberemos ao certo ao amostrar intensivamente os vales alpinos onde Ötzi nasceu", continuou.
A descoberta contradiz uma pesquisa anterior, publicada em 1994. Resultante da análise de um trecho pequeno do DNA da múmia, o estudo concluía que Ötzi tinha parentes na Europa.
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