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02/12/2002
-
17h03
Pesquisadores da Faculdade de Medicina Irvine, da Universidade da Califórnia (EUA), podem ter descoberto um substituto para o antidepressivo Prozac. Porém, ele promete causar tanta polêmica quanto a chamada "pílula da felicidade".
Em camundongos, os cientistas conseguiram manter níveis elevados de anandamida, um neurotransmissor produzido naturalmente pelo corpo para suprimir a dor.
A anandamida é uma substância similiar ao THC (tetrahidrocanabinol), o componente-ativo da maconha, e produz os mesmos efeitos da droga, como euforia. Normalmente, ela é destruída por um grupo de enzimas, conhecidas como FAAH, e absorvida pelo neurônio logo após cumprir seu papel.
Os pesquisadores, liderados pelo professor Daniele Piomelli, sintetizaram duas substâncias, chamadas de URB532 e URB597, que conseguem conter a destruição e manter o nível alto de anandamida por muitas horas, sem produzir efeitos colaterais visíveis.
Eles ministraram doses das substâncias sintéticas em camundongos, os quais se comportaram mais tranquilamente em áreas abertas. Além disso, os animais não sofreram os mesmos danos observados com o THC.
O estudo será publicado na edição de janeiro da revista "Nature Medicine".
Similaridades
A ação das substâncias URB532 e URB597 na manutenção da anandamida é semelhante a da fluoxetina, sal que forma o remédio Prozac. No caso, a fluoxetina impede que outro neurotransmissor, a serotonina, seja reabsorvido pelo neurônio.
Como o uso do Prozac costuma ser tolerado por muitos pacientes com depressão e ansiedade, ele tornou-se rapidamente popular. Porém, pode apresentar diversos efeitos colaterais, como taquicardia e pressão alta.
"Enquanto os resultados do estudo são promissores, o caminho entre o laboratório e uma medicação viável demora anos para ser percorrido", explica Piomelli. "Na verdade, a maioria das drogas nunca avança além da descoberta, por várias razões científicas e comerciais."
Parente natural da maconha pode substituir o Prozac
da Folha OnlinePesquisadores da Faculdade de Medicina Irvine, da Universidade da Califórnia (EUA), podem ter descoberto um substituto para o antidepressivo Prozac. Porém, ele promete causar tanta polêmica quanto a chamada "pílula da felicidade".
Em camundongos, os cientistas conseguiram manter níveis elevados de anandamida, um neurotransmissor produzido naturalmente pelo corpo para suprimir a dor.
A anandamida é uma substância similiar ao THC (tetrahidrocanabinol), o componente-ativo da maconha, e produz os mesmos efeitos da droga, como euforia. Normalmente, ela é destruída por um grupo de enzimas, conhecidas como FAAH, e absorvida pelo neurônio logo após cumprir seu papel.
Os pesquisadores, liderados pelo professor Daniele Piomelli, sintetizaram duas substâncias, chamadas de URB532 e URB597, que conseguem conter a destruição e manter o nível alto de anandamida por muitas horas, sem produzir efeitos colaterais visíveis.
Eles ministraram doses das substâncias sintéticas em camundongos, os quais se comportaram mais tranquilamente em áreas abertas. Além disso, os animais não sofreram os mesmos danos observados com o THC.
O estudo será publicado na edição de janeiro da revista "Nature Medicine".
Similaridades
A ação das substâncias URB532 e URB597 na manutenção da anandamida é semelhante a da fluoxetina, sal que forma o remédio Prozac. No caso, a fluoxetina impede que outro neurotransmissor, a serotonina, seja reabsorvido pelo neurônio.
Como o uso do Prozac costuma ser tolerado por muitos pacientes com depressão e ansiedade, ele tornou-se rapidamente popular. Porém, pode apresentar diversos efeitos colaterais, como taquicardia e pressão alta.
"Enquanto os resultados do estudo são promissores, o caminho entre o laboratório e uma medicação viável demora anos para ser percorrido", explica Piomelli. "Na verdade, a maioria das drogas nunca avança além da descoberta, por várias razões científicas e comerciais."
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