Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/12/2002 - 17h29

Entenda o desastre ambiental provocado pelo Prestige na Espanha

Publicidade

da Folha Online

O petroleiro Prestige, de origem liberiana mas administrado por uma empresa grega, cumpria a rota Letônia-Gibraltar com 11 mil toneladas de óleo quando enfrentou uma tempestade a 45 quilômetros da região de Fisterra, no noroeste da Espanha.

No dia 13 de novembro, após sofrer avarias, a tripulação pediu ajuda da Guarda Costeira espanhola, que usou helicópteros para resgatar os marinheiros. No mesmo dia, as primeiras manchas negras foram avistadas no mar, as quais atingiram as praias no dia 17.

Nesse período, o governo espanhol decidiu rebocar o navio, que tinha 26 anos e um casco simples, para o sul. A intenção era buscar águas mais calmas para que o óleo fosse retirado dos tanques com segurança.

Porém, durante a operação, o petroleiro não resistiu e partiu-se em dois no dia 19, afundando no oceano Atlântico. Ele está a 3.500 metros de profundidade, a cerca de 270 quilômetros da costa da Galícia.

Um minissubmarino foi enviado duas vezes ao local para verificar a situação dos tanques. Quatro pequenos vazamentos foram encontrados, apesar da expectativa dos especialistas de que o óleo congelasse devido à baixa temperatura.

Consequências
Antes do naufrágio, pelo menos 10.200 toneladas de óleo vazaram --as organizações ambientalistas falam em 20 mil toneladas.

A mancha negra atingiu 913 de 1.121 quilômetros da costa da Galícia, cuja economia baseia-se na pesca, no recolhimento de marisco e no turismo. Cerca de 21 mil trabalhadores estão parados e ajudam na limpeza das 183 praias sujas de óleo.

Barcos e navios tentam conter a mancha negra que ainda está no mar. Cerca de 7.000 toneladas de óleo já foram retiradas do oceano e 2.500 das praias.

Todo o ecossistema local foi afetado, pois o material forma uma capa que impede a entrada da luz na água. De plânctum a mamíferos, todos os seres sofrem com o acidente. As vítimas mais evidentes são aves, peixes e crustáceos, que morrem após desenvolverem problemas respiratórios, digestivos e nervosos, entre outros. Quase 15 mil aves mortas, vítimas do vazamento, já foram recolhidas.

Em humanos, o óleo é potencialmente cancerígeno e pode ser absorvido de três formas: vias respiratórias, sistema digestivo e pele. Também pode causar irritações cutâneas, dor de cabeça e náuseas.

  Veja galeria de fotos do acidente
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página