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30/12/2002 - 10h23

Coprólito complementa estudo de fóssil

REINALDO JOSÉ LOPES
free-lance para a Folha de S.Paulo

Se comparados com os fósseis do animal propriamente dito (em geral formados por ossos ou, muito mais raramente, por tecidos moles preservados), os coprólitos oferecem novas oportunidades e dificuldades para os paleontólogos, diz o pesquisador Paulo Roberto de Figueiredo Souto.

"Quando você está escavando, é comum encontrar o coprólito como um fragmento descaracterizado, com aparência de uma simples pedra", explica o pesquisador. É preciso um pouco de sorte para que o excremento fóssil se mantenha mais íntegro e apropriado para a análise.

De qualquer forma, as probabilidades jogam a favor da preservação: é que, como explica Souto, um animal sempre produz muito mais fezes do que a sua massa corporal ao longo da vida. "As chances são tão boas ou até melhores do que as da conservação do esqueleto, por exemplo", afirma o pesquisador da UFRJ.

As características físicas e químicas dos coprólitos também fornecem dados preciosos sobre as condições nas quais eles foram depositados. O padrão de ranhuras na superfície externa do dejeto revela se ele foi deixado ao ar livre ou dentro da água, por exemplo.

Já a diferenciação básica entre as fezes de um carnívoro e as de um herbívoro pode ser feita de acordo com a combinação de minerais do fóssil: cálcio e fósforo indicam um carnívoro, enquanto cálcio e silício são típicos de animais herbívoros.

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