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01/08/2003

Guia de compras - Novos

O zero-quilômetro, além do conforto inerente ao fato de ser novo, tem vantagens evidentes: a parte mecânica é mais confiável, os custos de manutenção são mais baixos, o carro tem garantia de fábrica --em geral de um ano ou determinada quilometragem ­ (a portaria n.º 4 da Secretaria de Direito Econômico, de março 1998, assegura aos compradores o direito de usufruir a garantia mais longa, e não a que terminar antes)-- e a mão-de-obra e certas peças são gratuitas nas primeiras revisões.

Por outro lado, ele custa mais, a não ser para algumas pessoas que têm isenção de impostos, como os portadores de deficiência.

Com o passar do tempo e de milhares de buracos, aparecem os primeiros sintomas de perda da juventude: ruídos, folga na direção, embreagem gasta etc.

Outro argumento favorável ao zero-quilômetro é o de que a troca freqüente de veículo seria mais econômica do que permanecer com ele por alguns anos, já que a desvalorização é muito grande.

No entanto há quem defenda a tese contrária: perde-se dinheiro trocando de carro todo ano, pois a maior depreciação do carro zero-quilômetro ocorre no momento em que ele é retirado da concessionária.

Depreciação

No Brasil da segunda metade da década de 1980, o automóvel se transformou numa espécie de aplicação de curto prazo. Hoje, as filas de espera acabaram, produção e demanda se normalizaram e até os modelos mais procurados são encontrados sem dificuldade --só ganha dinheiro com a compra e venda de veículos quem negocia com eles dia a dia.

Portanto a decisão de comprar um veículo para uso pessoal não pode estar de forma nenhuma vinculada ao objetivo de ganhar dinheiro ao vendê-lo: a desvalorização é incontestável.

A depreciação de um veículo é conseqüência de diversos aspectos: o fato de não ser novo; as condições de trânsito e de clima na região onde ele circula; o modo de dirigir do motorista; o nível das oficinas mecânicas; a falta de assistência técnica, como ocorre com certos modelos importados; o contexto econômico do país e até a existência de um bom sistema de transporte público.

Quem está acostumado a "esticar" a marcha além do normal e parar bruscamente, por exemplo, desgasta muito mais o carro do que o motorista que não exige tanto do motor.

Índices da perda

Entre os especialistas não há consenso sobre um índice anual de depreciação dos veículos. Em geral, o carro sofre maior desvalorização, entre 20% e 30%, no primeiro ano.

Um fator que influencia essa queda abrupta é o lançamento de modelos novos, com outros atrativos e preços mais altos. A desvalorização se reduz e praticamente se estabiliza a partir do quarto ano, com um índice anual inferior a 10%.

Os preços da tabela abaixo mostram a vantagem de não se desfazer do carro logo no primeiro ano de uso.

Depreciação variável*

 20012000199919981997
Escort GLX32.000**23.50020.90017.23016.600
1,8 litro/16 v(-27%)(-12%)(-18%)(-4%) 
Palio EX 1,0 litro16.800**13.00012.30011.00010.200
5 portas(-23%)(-6%)(-11%)(-8%) 
* Pressupõe-se que o preço do carro zero se mantenha, não haja desvalorização da moeda e não ocorram grandes gastos de mecânica e funilaria.
** Média de preços em junho de 2001.

Faça as contas: se você trocar de carro todo ano, terá pagado, em média, 25% a mais anualmente. No fim de quatro anos, o gasto terá sido de 100%.

Se, por outro lado, você mantiver o veículo esse tempo todo, terá perdido 48%, no exemplo do Escort, e 40%, no do Palio.

Os modelos importados e os de luxo são os que mais se desvalorizam em menos tempo, pois sua compra está mais ligada ao status que eles proporcionam. Nessa faixa de preço, os compradores potenciais preferem o zero-quilômetro.

Desvalorização semelhante ocorre com os modelos esportivos. Eles freqüentemente fazem pensar em motoristas displicentes que forçam o motor, deixando o carro "ralado".

A hora da troca

No Brasil, um carro roda, em média, 20 mil quilômetros por ano. Em dois anos, já apresenta cerca de 60% de desgaste dos componentes mais caros, como freio e embreagem.

Embora cada caso seja um caso, considera-se que a hora da troca chega quando as despesas com a manutenção não mais conseguem segurar a desvalorização do usado.

Acessórios e opcionais que custam caro num zero-quilômetro não contribuem tanto para valorizar o usado. Apesar de ter aumentado a procura de complementos, como ar-condicionado e direção hidráulica, são poucos os compradores que se dispõem a pagar a mais pelos carros usados para compensar o que os equipamentos valem.

Em compensação, o usado tem a vantagem de pagar um IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) menor, que se reduz na mesma proporção do preço do veículo. O custo do seguro do carro usado também diminui, mas em menor escala.

Concessionárias

Ao entrar numa concessionária, você não necessariamente já sabe que modelo pretende comprar. Se for um zero, esse será o momento de dar uma voltinha com ele, caso o vendedor não se oponha ao chamado test drive.

Verifique se o veículo é realmente o que você espera. Cheque os itens obrigatórios e olhe se estão funcionando corretamente acessórios como toca-fitas ou toca-CDs, ar-condicionado, vidros elétricos, luzes e travas, por exemplo.

Confirme as formas de pagamento e não se esqueça de que grande parte das concessionárias e revendedoras autorizadas aceita seu carro usado como parte do pagamento.

Estude bem se vale a pena arcar com a diferença entre o valor que o mercado oferece pelo usado e a quantia que a concessionária se dispõe a lhe pagar por ele.

Antes de pagar, confira na nota fiscal se:
  • o número do chassi corresponde ao gravado no motor, no próprio chassi e nos vidros do carro (aqui aparece o número de série, ou seja, do 12.º ao 17.º dígito do número do chassi);
  • o manual do proprietário, numerado, e o jogo de chaves pertencem realmente ao veículo;
  • todos os opcionais que há no veículo estão discriminados. Então, é só providenciar os documentos.
Fonte: Guia Folha Veículoslass="tagline">Fonte: Guia Folha Veículos

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