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Comentários de airton freitas CAMPINAS / SP
Em 01/06/2008 23h13
Os caras continuam batendo na mesma tecla?! Esse debate já era. Num país cheio de problemas a serem superados como o nosso, devemos "virar o disco" e discutir outros assuntos. Sugiro, por exemplo, a legalização do aborto ou da união civil entre homossexuais. A Igreja católica deveria se dedicar à política dentro dos limites territoriais do Estado do Vaticano, onde é soberana. Estado esse, aliás, que foi obtido pela Igreja junto ao governo Mussolini na metade do século XX, em troca do silêncio da Igreja em relação às atrocidades que o Estado fascista cometia contra judeus, negros, homossexuais, comunistas e "demais minorias" dignas de serem dizimadas. Irônica, a Igreja católica, que hoje se auto afirma guardiã da vida a qualquer custo, ter se omitido naquela época em relação a pesquisas realizadas por cientistas nazistas nos campos de concentração utilizando seres humanos plenos, e não simples moléculas potencialmente humanas, como verdadeiras cobaias de pesquisa. Mengele tinha uma queda por utilizar crianças gêmeas nas pesquisas, apenas para ilustrar. A Igreja não possui moral para defender vida, mesmo dentro de seus ditames e dogmas. Mais fácil é uma religião abrir mão de 90% de seus dogmas do que de 10% de seu patrimônio.

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Em 29/05/2008 20h42
Volto a escrever nesta data para cumprimentar o Supremo Tribunal Federal pela sensatez de seus Ministros, resistindo à pressão de grupos que defendem visões muito particulares sobre a complexa realidade em que vivemos, e que parecem ser incapazes de compreender que suas crenças - numa sociedade democrática, plural e moderna - não devem ultrapassar o âmbito das convicções pessoais. Tal decisão reforça e contempla, inequivocadamente, a saudável separação entre Igreja e Estado. É necessário e civilizado o respeito às crenças das diversas religiões com adeptos neste país, porém fica claro que tal respeito se manifesta tão somente na garantia de liberdade religiosa, não interferindo de maneira preponderante em política de Estado. Despeço-me deste debate com um abraço a todos!

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Em 09/04/2008 20h18
Não sou da área de ciências biológicas, e portanto não tenho condições de discutir tecnicamente a viabilidade de pesquisas com células-tronco embrionárias. Leio e respeito muito os comentários de pessoas familiarizadas com a área, inclusive aqueles que se posicionam contra essa linha de pesquisa por considerá-la inviável, como a Profa. Dra. Zulma Peixinho. Ocorre que há muitos pesquisadores sérios e competentes a favor das pesquisas com células-tronco embrionárias, que acreditam na possibilidade de enormes avanços a aprtir de tais pesquisas. Não havendo consenso entre pesquisadores, acredito que se deva, no entanto, garantir a LIBERDADE para que cada um atue na linha de pesquisa em que acredita. Devemos considerar que falamos do uso de material genético armazenado em clínicas, que por critérios legais não poderá mais ser aproveitado para fertilização, tendo como único destino o DESCARTE. É também necessário dizer que, caso não se autorize a pesquisa com esse material, o Brasil será o único ou um dos poucos países COM CONDIÇÕES DE ATUAR NESSA LINHA DE PESQUISA a proibi-la. Ouso até mesmo dizer que a proibição criaria um mercado negro para comercialização desse material, sem qualquer princípio ético regulamentado, distante completamente do controle do Estado (ou alguém aqui duvida?). Para finalizar, reitero a necessidade de se respeitar a liberdade de atuação daqueles que crêem na viabilidade dessas pesquisas.
Um abraço a todos.

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Em 19/03/2008 20h30
Caro Eduardo Camillo. Conheço a importância do pensamento filosófico em todas as áreas de produção do conhecimento e em nenhum momento, portanto, tive a intenção de desvalorizar a filosofia. Quis dizer, sim, que questões MERAMENTE filosóficas, desvinculadas da complexidade que o debate exige, não deveriam ocupar de forma tão elástica a discussão. Ora, a questão sobre o momento em que surge vida, salvo melhor juízo, é questão típica do campo da filosofia e da religião, assim como o momento em que ela termina. No entanto, para citar um exemplo, existem critérios baseados em conhecimentos eminentemente científicos e também em nosso atual estágio tecnológico, que nos permitem de uma maneira PRÁTICA estabelecer o que é morte em nosso momento histórico (no caso, a completa ausência de atividade cerebral, estágio em que não dispomos de qualquer meio de reversão). A meu ver, a questão ora em discussão (que não deveria de modo algum ocupar as atenções dos Ministros do STJ), já foi devidamente superada pelo parecer da ministra Ellen Gracie, que interpretando o Direito concluiu ser pleno de direitos o indivíduo NASCIDO VIVO, não havendo portanto qualquer sinal de inconstitucionalidade com as pesquisas. Como já disse, o Estado é laico e deve tomar decisões levando em consideração também a ética (área típica do conhecimento filosófico), porém uma ética desvinculada de preconceitos religiosos, algo essencial para uma sociedade que se pretende democrática e portanto, plural.

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Em 15/03/2008 00h23
O Estado é laico. Superstições ou questões meramente filosóficas não podem interferir em política pública. E ponto!

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