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Comentários de Bruno Leite de Araujo
Em 04/07/2008 21h46
A começar pela privatização que já foi mal contada...
Atualmente estudo na França, aqui temos por a partir de 30 euros um aparelho que oferece TV digital, acesso à internet e telefonia gratuita para diversos países incluindo o Brasil. Já no Brasil pagamos por cada serviço um preço abusivo como o sinal da TV paga, que também pagamos por um segundo ponto, além de perdermos funções especiais dos aparelhos como picture-in-picture e programação de gravações; pagamos para ter um VOIP e obter tarifações mais baratas nos DDDs e DDIs; pagamos caro numa internet que não é tão banda larga assim e que frequentemente está saturada. Uma atendente da Telefônica teve a ousadia de me dizer que não era legal instalar um roteador wireless em minha residência, são bem treinados... Alguém deve estar se saindo bem com todo esse atraso tecnológico, pois não é possível que num país e num Estado desenvolvido que são o Brasil e São Paulo ainda não se tenha compreendido que isso é mais uma negligência grave, assim como o caos urbano das cidades brasileiras, o apagão aéreo e a situação dos portos. A logística brasileira vai travar o país, e aí teremos graves crises crônicas, debandada de capital estrangeiro, inflação, desemprego, confusão. O pior é que no lugar de modernizar as redes, talvez seja mais fácil o Governo do Estado e o Federal instalarem uma "praça de pedágio" no acesso à rede, ou criar um sistema de "rodízio" de IP...A"inclusão digital" do Governo vai passar, é apenas um surto de lucidez...

Em Pane na rede
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Em 23/05/2008 10h10
Quem ler o Resumo Executivo do PAE (Programa de Ações Estratégicas para o gerenciamento integrado da Bacia do Rio São Francisco e da sua Zona Costeira) e o RIMA ( Relatório de Impacto Ambiental) verá um abismo de proporções franciscanas entre eles. O primeiro é realizado por técnicos em concertação com a população e instituições do local (mais de 12 mil pessoas e mais de 400 instituições) acerca de toda a geologia, ecologia, economia e sociedade encontrada na bacia, um dos estudos mais belos que vi. Este documento não trata da transposição, mas de tudo o que pode ser feito localmente antes de recorrer à ela, ele é realmente sério. Já o RIMA parece mais aqueles comerciais "este não é mais um daqueles produtos...". Infelizmente, neste segundo relatório o Governo se viu obrigado a tentar ludibriar os impactos drásticos que a obra causará, afinal serão 20 anos de caminhões e cimento passando por estradas de terras, causando deslocamentos de habitantes, atropelamentos de animais silvestres, contaminação de solo, mudanças na economia local ao invés de melhoria. E depois que a obra estiver pronta, veremos toda uma natureza adaptada durante bilhões de anos transformar seu regime de cheias, seu índice pluviométrico, misturar faunas e floras... Será que investir por 20 anos na população local não seria mais rentável e justo do que aceitar que esta situação de miséria talvez só começará a mudar depois do término da obra? Nesta obra falta transparência, governança e caráter.

Em Transposição do rio São Francisco
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