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Comentários de Daniela Rizzi SAO PAULO / SP
Em 30/10/2007 16h57
Grandes eventos internacionais como Copas do Mundo, Expos Internacionais ou as Olimpíadas, recebem investimentos não só de empresas interessadas em capitalizar através dos eventos, mas uma grandiosa injeção de recursos públicos – o que é rapidamente aceito pela opinião pública como algo positivo, pois tais eventos não demoram a conquistar a simpatia da população.
Se o impacto positivo do evento é relevante para a sociedade como um todo, e não apenas para setores isolados, os gastos justificam-se. No entanto, no caso do Brasil, como ocorreu nos Jogos Pan-americanos de 2007, os investimentos públicos não trazem os benefícios sociais que poderiam trazer - perdendo-se a oportunidade de criar espaços públicos de qualidade e garantir instalações urbanas que possam ter utilidade pública após o evento. No caso da Copa do Mundo de 2014, os gastos com construções e reformas de estádios devem chegar a US$ 1,1 bilhão (dados da FIFA) - que devem ser bancados por meio de PPPs ou por concessões a terceiros. Afirma-se que os fundos públicos seriam alocados para a estrutura básica: aeroportos, estradas e hospitais. Será?? Num levantamento, a Folha mostrou que pelo menos 11 projetos de estádios tinham previsão de utilização de dinheiro público... por aí já se vê que a apropriação de fundos públicos para alavancar lucros privados continua sendo a prática vigente por aqui.
Torcendo pro Brasil: uma elite manipuladora, um Estado patrimonialista e milhões de camisas amarelas sem perspectivas.

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