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Comentários de Erik Ximenes FORTALEZA / CE
Em 29/06/2008 23h42
Seguindo o comentário que fiz antes: a instalação do pelotões de fronteira teve que ser feita nos locais mais adequados, se são os melhores não sei pois passei quatro anos e juro que não conheci 1% daquele território, é muito grande e bonito, acredito que existam muitos pontos bons para as pessoas se estabelecerem. Entretanto a instalação do exército seguem-se dois fatos: o descontentamento indígena pela presença do "Branco" no território dele, a posterior aceitação disso como invitável e o estabelecimento destes próximos dos pelotões como forma de estar próximo do "Estado"( médico, transporte, alimentação etc). Em alguns pelotões, a energia elétrica que deveria ser apenas para o pelotão, é prontamente dividida entre os indígenas também e isso é curioso porque eles não entendendo que, como o exército não é contemplado com recursos para beneficiar a população indígena, o conbustível do gerador acaba rápido e todos acabam ficando no escuro. Por vezes isso gera conflitos. Além disso, acrescente-se também, o exército é visto como única presença do estado nestas regiões, mas mesmo ele não está preparado para interagir com populações indígena, os militares chegam de grandes centros como Rio ou São Paulo e não recebem nenhum tipo de instrução sobre os indígenas e isso também cria problemas. Então é aquela coisa: se é para o Estado estar presente que esteja de fato ou se for para o exército, esta função, dê-lhe condições para isso. Abraços.

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Em 29/06/2008 23h24
Prezada Senhores,
Convivi em pelotões de fronteira do Exército durante quatro anos, como farmacêutico convocado para o serviço militar. Nestas condições pude conhecer quatro pelotões de fronteira na cidade de São Gabriel da Cachoeira. O que me pareceu foi a presença do Estado unicamente pelo exército e, convenhamos, com a verba miserável que o exército recebe da União não se pode fazer absolutamente nada. Isso digo com propriedade de profissional de saúde que vivenciou a situação após a faculdade. Atendíamos os indígenas com o que podíamos, embora estivessemos lá para atender somente os militares. O exército não recebe verba para promover a saúde dos não militares, para isso existe o SUS e essa verba é repassada pela União, principalmente, às prefeituras, como é o caso de São Gabriel, entretanto eramos nós, militares na ocasião, que recebíamos ordem dos comandantes para usar dos parcos recursos de saúde que o exército dispõe para atendermos indígenas pois não havia prefeitura nestas regiões. Além disso, vi morreram indígenas porque não havia ambulância, barcos ou aviões para atendê-los e transportá-los. Ora, não posso negar que existem ongs de saúde por lá também e que tentam fazer o que o Estado deveria estar fazendo. Vejamos outro exemplo nesta mesma cidade: o único hospital da cidade não possui médicos civis, todos os médicos, dentistas, farmacêuticos etc são militares que atendem aos civis. Cadê a prefeitura com a verba do SUS? Cadê os médicos concursados?

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