Folha Online - Comentários

Comentários de Hélvio Brito

Em 17/01/2010 02h43

Li vários comentários tecendo elogios à ação dos americanos no Haiti sob o ponto de vista da maior capacidade do país de prestar a ajuda que os haitianos precisam. OK, isto suplanta tudo. O que aquele povo está sofrendo só é rivalizado pela fome de Bangaladesh, os absurdos de Dafour e outras tragédias do tipo, infelizmente, praticamente todas na África. Mas Ms. Clinton e seu chefe, Mr. Obama, não escondem as "entrelinhas" de seu discurso: o que vai sobrar é mais uma região sob o cajado norte americano na América Latina. Vejam que os 9.000 soldados nunca foram definidos, pelos EEUU, como força de ajuda. É ocupação mesmo, é usurpação do governo haitiano, é a ação onipotente sobre todos os organismos internacionais, sobre a proposta, solenemente desconsiderada, do "nosso protetor", Monsier Sarkozy (papel que exerce em troca de alguns bilhões de dólares decorrentes da inversão da ordem, pelo Nosso Líder, de preferencia da Aeronáutica na compra dos necessários, mas insuficientes, 36 caças) e por aí vai. Talvez o império esteja, com isto, querendo justificar o Nobel da Paz outorgado ao Imperador.
Em tempo: Sr. Antônio D'Angelo, dê uma olhada no verbete Madre Tereza de Calcutá na Wikipédia, pelo menos. Lá o sr. verá que esta incomparável mulher não é brasileira, mas albanesa. Brasileiras, tão grandes quanto, são IRMÃ DULCE e ZILDA ARNS. Tomara que suas obras não sejam desvirtuadas por seus sucessores.

Em Terremoto no Haiti

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Em 31/12/2009 12h16

E como fica a diplomacia dos srs. Celso Amorim, Marco Aurélio Garcia (o inspirado guru da política externa brasileira) e Luiz Inácio? Entraram em uma fria... O tal Zé Laia açambarcou a embaixada brasileira em Honduras, o Brasil apoiou. Fez de lá um palanque político, o Brasil nada fez. Micheletti segurou a barra, o Brasil foi e está contra até hoje. Tudo isto em nome da democracia. Mas 'pera aí: democracia não implica na eleição legítima dos governantes? E o Sr.Porfírio Lobo não foi escolhido esta forma lá em Honduras para ser o novo presidente? E de acordo com a constituição hondurenha? É. Já não entendo mais nada. E me dá medo quando reconhecem a "legitimidade" das reeleições perpétuas que Chávez, Evo, Rafael e Uribe buscam. Isto é contagioso. Se o Brasil é o líder e pretenso parâmetro da democracia latino-americana, o melhor seria reconhecer logo que Porfírio Lobo foi eleito constitucionalmente, o que ajudaria a consolidar nossa posição no continente e no mundo, certamente. E que, por aqui, democracia, constituição e justiça não se discute. Adota-se por inteiro.

Em Honduras

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Em 18/06/2009 08h28

Somente as profissões, cujo mal exercício possa trazer riscos a pessoas ou à sociedade, é que deveriam ser regulamentadas. Daí a necessidade de que se fiscalizem engenheiros, médicos, advogados, odontólogos etc. Mas, no Brasil, a regulamentação profissional virou artifício para reserva de mercado. O músico, por exemplo. Tudo bem. Se ele toca mal é um suplício para os ouvidos mais apurados e até para os menos. Mas não mata nem dá prejuizos materiais a ninguém. Entretanto, para tocar profissionalmente, lhe é exigido a inscrição na Ordem dos Músicos, que só se consegue com um diploma formal ou passando por um teste que, às vezes, é inacreditável. Mas o que ocorre é que, voltando ao músico, os que querem mesmo aprender, apurar a sensibilidade e a técnica, em algum momento da vida passam por algum curso formal, É uma questão de aumentar competência e a competitividade. E as escolas de jornalismo hoje? Afora as das universidades de reconhecida qualidade, são garantia de uma boa formação técnica e ética? Quem acha que sim, não sabe o que acontece lá dentro! Fato é que, se alguém quiser ser jornalista, não vai abrir mão da formação acadêmica. Mesmo que não seja em jornalismo, no nível da graduação. E aí, acabaram-se as escolas? Tomara que, para as vendedoras de diploma, sim. As boas vão saber se reposicionar. Não vão deixar de ter alunos brilhantes e nem nós, de ler os bons textos e análises que saem dos computadores dos bons jornalistas. O Supremo está correto. Mais uma vez.

Em Lei de Imprensa

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Em 13/02/2009 19h15

Em que pese a dúvida colocada pela polícia suiça sobre os fatos declarados pela brasileira:
1- Estaria eu sendo neurótico ao achar que o Diretor do Depto de Medicina Legal da Universidade de Zurique está criando fatos para que a polícia exerça, também, seu papel xenófobo na "defesa" da sociedade suiça?
2- Nosso guru e líder, grande Lula, não deveria ter sido mais cauteloso, defendendo e exigindo a apuração dos fatos, mas sem, logo de início, colocar em dúvida o possível (ou até duvidoso) respeito que a polícia, ou o governo suiço tenham para com cidadãos não-europeus, especialmente se enão vêm de países de pretenso primeiro mundo? Não foi isto mais uma demonstração da destemperança verbal de nosso líder e guru, grande Lula, que se espraia por todo o governo?
3- Teremos, ainda, de ser mais reticentes sobre a imagem externa do Brasil, caso a versão da advogada não seja confirmada? Ou que a da polícia o seja?
4- É isto que é ser brasileiro? Ao invés de tecer loas ao país que amamos, sermos obrigodos a nos justificar frente a casos exdrúxulos como este?
Por falar nisto tudo, lembro que quer visitar a Espanho no próximo ano. Vou conseguir entrar? Vou ter argumenos para provar que sou brasileiro e gente boa?

Em Brasileira atacada na Suíça

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