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Comentários de Leonides Justiniano
Em 22/01/2010 22h09
A tal da dialética...
Correr entre dois opostos... Mas não só!
Criticar os EUA por tentarem (ou, de fato) se assenhorar do Haiti é uma atitude louvável, desde que as condições dessa crítica sejam "normais". O que se vê no Haiti é tudo, menos a normalidade. Tantos países, tantos voluntár5ios que, infelizmente, vivem em um mundo humano. Mundo humano que se desmorona em situações de caos. E quem tem experiência em trabalhar em meio ao caos? Aqueles que tanto trabalharam e trabalham como promovem o caos. No caso, o pioneirismo cabe aos EUA.
Em uma situação trágica, onde se veem gangues começarem a tentar dominar o dia a dia dos haitianos, o remédio não é "cavar poços artesianos" cujo empreendimento levaria dias, mas impedir que os grupos organizados (e sempre são os "marginais" que se organizam primeiro") se apossem daquilo que é coletivo.
O problema não são os EUA, ou quem quer que seja. Infelizmente, são os "voluntários" que se instalam no território e, quando for iniciada a reconstrução do país, algumas podem começar a cobrar seu quinhão de participação. Dentre essas, empresas multinacionais e até algumas brasileiras que estão sendo investigadas aqui por corrupção estão dando sua ajuda lá. Se foram as primeiras a ajudar, por que não seriam as primeiras a serem convidadas ou permitidas a atuar no trablho de reconstrução. É o mesmo princípio que alimenta os mensalões e mensalinhos. Menos ingenuidade e mais realismo. Infelizmente, leiam "Capitalismo de desastre".

Em Terremoto no Haiti
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Em 04/01/2010 18h44
Não é a primeira vez que o "vazamento de som" mostra a verdadeira face de alguém que se quer fazer passar por "A", mas é "B". Há anos foi o Ricúpero, aquele que afirmava não ter escrúpulos. Não perdeu, só ganhou cargo no exterior. Teve o Marco "Poc-poc" Aurélio, flagrado em vídeo pela janela de seu escritório... Agora o Bóris.
Em seguida, sempre um pedido de desculpas. Deslavado, como se resolvesse o problema.
O Grupo Capital Inicial tem uma música (de Dinho e Alvin), intitulada Quatro vezes você, em que interpela: "O que você faz quando ninguém te vê fazendo... Ou o que queria fazer se ninguém pudesse te ver?"
Algo semelhante seria: O que você diz quando ninguém te ouve... Ou o que queria dizer se ninguém pudesse te ouvir?
Não é preciso psicanálise para justificar "atos falhos" ou "lapsos de linguagem", porque no caso do Bóris não foi nem um nem outro; o que ele fez foi dar vazão ao que pensa, pura e simplesmente. Falou o que tinha vontade, quando julgou que não haveria outras testemunhas inidôneas, além dos seus companheiros de trabalho, que já devem ter ouvido outras semelhantes ao longo da carreira desse - "ainda" - âncora. Alguém que brada que deslizes éticos e morais são uma VERGONHA.
Que sirva de alerta: quando alguém se posta de paladino da justiça, defensor da populacha... Sempre tem rabo de palha. São moralistas, não sujeitos morais e éticos.
Bóris, simplesmente, mostrou o lado - do qual faz parte e tenta mostrar distância, quando não está distante dos demais.

Em Gafe de Boris Casoy
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Em 27/11/2009 22h08
Um dos comentaristas afirma que os atos terroristas de hoje nem de perto se assemelham aos de décadas atrás. OK. Contudo, não nega que sejam atos terroristas. É esse o ponto. Se alguns crimes são imprescritíveis, são imprescritíveis. A não ser que se determine que os atos praticados não se configuram como crimes.
Uma dessas formas é alterar o status do agente da ação tida por criminosa. Outra, desqualificar o processo que determina o crime. Em ambos os casos pode ocorrer o viés político. Afinal, a vida é política, e os governantes são políticos, vinculados a PARTIDOS. Quer dizer: agem e decidem em função dos interesses dessas organizações e, não, do POVO.

Em Extradição
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Em 19/11/2009 12h10
É interessante observar como os argumentos racionais são guindados por fortes ranços emocionais. A discussão é sobre extraditar alguém ou não - alguém que, em seu país, foi acusado de delitos e, mesmo sendo julgado à revelia, tem contas a acertar com seu governo.
Biggs tinha contas a acertar com seu país, mas tinha filho brasileiro, o que lhe garantiu, entre outras coisas, a permanência nas praias brasileiras.
Pode-se argumentar que um regime político, sobretudo se injusto e violentador dos direitos e intolerante, pode ser tratado com tolerância. Se as regras são rompidas (e corrompidas), não há porque seguir regras no relacionamento. Esse o argumento que justifica a resistência, o levante, o enfrentamento político e armado. Todo aquele que age, porém, tem consciência do que faz e que deverá responder - positiva ou negativamente - ante um ordenamento jurídico. Esse ordenamento estará, não raras vezes, em íntima vinculação com o grupo que assumir o poder. Assim, se um governo vinculado aos guerrilheiros assume o poder, os guerrilheiros serão ministros ou chefes de governo e estado. Se um governo contrarevolucionário assume o poder, os guerrilheiros terão de buscar outros ares ou responder por suas ações de guerrilha.
Se alguém encontrar outra fórmula "real", que indique; pois sob o epíteto de democracia faz-se qualquer coisa, cometem-se muitos crimes.
Motivações políticas movem as ações humanas, animais políticos. Motivações "apenas" políticas destróem-no e aos seus iguais.

Em Extradição
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Em 16/10/2009 00h46
Super Man... Super Homem... reconheço em Suplicy umlider... desiludido! Sim! Esse, que tentou ser fiel aos principios de um partido que naum foi fiel a si mesmo...
Sequer se apresenta a ocasiao de citar Heloisa Helena, Marina e tantos outros que se convertem, agora, apenas em outros.
Fiquei profundamente chocado quando assisti a cena de Suplicy apresentando "cartao vermelho". Pensei: se "ele" chegou a esse ponto, que mais resta?
Infelizmente eh isso: estamos no ponto em que os ateus passam a ser os maiores devotos. A cena da Dilma de maos postas eh ridicula...!! Mas com esse grupo naum da para dialogar, ainda que exijam dialogo. Naum eh hipocrisia... Simplesmente, eh pragmatismo - e que tem um foco: ganhar as eleicoes.
Eh hora de ficar assustado quando os mais criticos comecam a pensar em termos de resultados - sinal de que a ideologia chegou a seu termo, indicando que as intencoes verdadeiras estao despontando, ou naum eh possivel mais oculta-las.
[Ps: o teclado naum esta configurado para portugues... por isso, a redacao em internetes...]

Em Senado
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Em 25/08/2009 10h38
Há anos que assisto em programas de propaganda política "gratuita" (que são financiadas pelo nosso dinheiro!!) a algumas personalidades que também frequentam as colunas policiais, como "eternos suspeitos" - jamais como indiciados ou culpados. Esses candidatos arrogam-se o direito de representar a população, assumirem cargos públicos e mandarem e desmandarem no país, pois é essa a concepção de "servidor" público que possuem: servirem-se do que é público em benefício próprio e dos seus.
É o caso de resgatar um político histórico do país que escreveu, há cerca de um século: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto." Sem dúvida, senhor Rui Barbosa. Quando o mar de lama avança, nada mais resta do que deixar o espaço para os porcos (com todo o respeito aos suínos): com tanta bagunça e politicagem, os honestos e honrados é que tem de sair de seus cargos, renunciar a seus mandatos, pedirem o chapéu e dizerem "Basta, adeus!"
Mesmo que enfronhado em política, o ato dos servidores da Receita tem algo de emblemático, que vai, claro, ser destorcido. E, logo, logo, pelos descaminhos das "vacatio legis", outros ex-futuros-indiciados serão absolvidos, processos arquivados "and so on".
De fato, já está passando da hora de darmos um basta!!

Em Dilma Rousseff
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Em 14/08/2009 19h32
Mais uma vez a fórmula: religião, dinheiro, violência, ganância... É interessante observar que a Globo fica dando destaque para o que Edir Macedo e seus coligados fizeram, atacando indiretamente seus negócios , dentre os quais a Record. Por outro lado, a Record age como se a Globo atacasse a ela, emissora e não dá um pitaco qualquer sobre as razões disso - no caso, os processos contra Edir. E insistem, nesse jogo de gato e rato.
Já não é de hoje que a Record é utilizada para veicular os princípios da igreja encabeçada por Edir Macedo - os processos contra os ataques e mal uso de imagens que afrontam religiões afrobrasileiras é uma prova.
O problema, então, é o seguinte: ganância que se traveste de imparcialidade, de um lado, e abusa da fé, de outro. Quem quer dar dinheiro que dê, mas o problema é o argumento de que se utilizam aqueles que instigam a doação.
Esse o problema: fé, crença, são coisas que temos de discutir com cautela; mas RELIGIÃO deve ser uma forma de se vivenciar a fé e, não, suplantá-la e tornar nebulosa a consciência e a capacidade humana de agir.
Em nome da fé, religiões barbarizaram e barbarizam o mundo (perdoem-me os bárbaros).
Mesmo limitado quando ao argumento, uma boa demonstração dos problemas que a religião pode acarretar, quando utilizada contra a fé, encontra-se nos slides/vídeo disponível em http://www.mapsofwar.com/ind/history-of-religion.html
Enquanto as pessoas de fé verdadeira se lamentam, os líderes se locupletam.

Em Edir Macedo
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Em 13/08/2009 10h47
Infelizmente, gradualmente, insidiosamente, alguns fatos vão se impondo contra os argumentos. Há aqueles que de há muito questionam uma instituição como o Senado, no Brasil. Resiste-se a tomar a sério esses questionamentos, porém, a cada dia, mais e mais se vê que o Senado, tal como está, não serve para nada e ninguém além dos próprios senadores e seus asseclas. Uma "casa" que gasta bilhões de reais por ano, milhares de reais por minuto... Para quê? Esse dinheiro seria melhor aplicado em outros setores.
Fala-se do aumento da criminalidade, mas ela é apenas o reflexo, sujo, sim, mas reflexo, da impunidade. O dinheiro do Senado poderia ser direcionado para a melhoria do sistema carcerário, onde pessoas são amontoadas como em situação pior do que a de animais irracionais (bichos). Como exigir recuperação? Ainda mais de pessoas que estão presas há anos sem terem sido sequer julgadas?
Dois pesos e tantas medidas... Ou alguém tem dúvida de que aquele que desvia dinheiro de remédio e ambulâncias deixando pessoas à morte por falta de cuidados médicos não é um homicida? Pela extensão do que desviam, roubam, sobretudo dos mais pobres, poder-se-ia falar em genocídio. Alguns políticos são, em verdade, sociopatas, "serial killers", dizimando os excedentes do sistema.
E não são jovens, aturdidos pelo deslumbramento... São "senhores", avôs, bisavôs... Sim, a raposa troca o pelo, mas não os costumes. E, como afirma o ditado, os canalhas também envelhecem!
Senado, senatum, sanatorium!!

Em Eleições no congresso
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Em 12/08/2009 09h21
Não sei se consigo me recordar direito, porque o fato que "penso" poder lembrar está perdido nas poeiras da memória, sem registro eletrônico, ou agendas... Foi bem antes da Idade Média, parece-me.
Era um tempo em que foram colocados em lados opostos da disputa um nobre - parece que ministro da economia - e um plebeu - parece que caseiro.
Claro, se o plebeu se manifestou contra o nobre ele devia estar recebendo "algum" por isso. O nobre, então, elevado por nobres (também) princípios, solicitou que seus vassalos abreviassem o sofrimento do Reino. O resto não está muito claro nas sombras desse passado que, não se pode afirmar com certeza, tenha existido.
Mas depois, bem depois, ainda é possível se assistir a valorosos cavaleiros que, ao redor da Távola Retangular, terçam suas espadas em defesa da honra, da moralidade, da justiça... Dedos em riste (talvez sujos), investem contra os desmandos e opressão sobre o meeiro, o pobre, o sem-terra, o sem-teto, o sem-razão. São nobres, representantes daqueles que não conhecem e que, não poucos, representam sem passarem pelo crivo da validação de sua representatividade. Daí não terem compromisso efetivo com aquilo que falam, sobre quem falam e para quem falam, a não ser o jogo de cena que os nobres encenam entre si e cuja finalidade é tão-somente essa: perpetuarem-se como senhores, nobres, longe do cheiro acre que se desprende do corpo dos eternos súditos...
A mudança está em não fecharmos os olhos aos erros dos próprios aliados/amigos.

Em Senado
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Em 05/08/2009 12h53
Reflexões históricas...
Todo mundo conhece todo mundo que é famoso. Também eu, por felicidade (ou infelicidade) CONHECI ALGUNS. Dormi em sede de sindicatos para auxiliar nas greves de fins de '80, participei de caminhadas, passeatas, "cursos de verão" (quem se lembra de mim entenderá, espero)...
Ainda continua acreditando em um projeto de país diferente; tenho de acreditar, porém, em um projeto de ética. Mudar o país, mas sem mudar os valores que me levaram a querer mudar o país.
Talvez tenha nascido tarde demais, depois de uma época de repressão - na verdade, nasci NA época.
Também fui fundador de diretórios de estudantes - o que me custou muito, em função da condição em que me encontrava...
Hoje, o que vislumbro, é o pragmatismo, doutrina que afirmam ser norteamericana, mas que, de fato, todos os que estão no poder, utilizam.
Acusar ou defender políticos por problemas na vida pessoal não é ético nem moral, desde que esses sujeitos não sejam promíscuos com a coisa púbica, utilizando-a em favor de sua vida privada.
Infelizmente, alguns daqueles que vi, nos idos de '80-'90, atacando essa prática, agora argumentam com propósito diferente. Fui um idiota, por acreditar em valores??
Então, desculpem-me aqueles contra os quais agi.

Em Senado
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Em 04/08/2009 00h01
Interessante as imgens do senado, quando do reinício dos trabalhos do segundo semestre de 2009: lado a lado, dois ex-presidentes. Isso pode ser o esboço de um quadro que alguns querem pintar, que decorre da proposta de que os ex-presidentes se tornem senadores com mandato vitalício, pois seriam como que conselheiros da nação, pela experiência acumulada.
Falta experiência, por outro lado, para a população, que deve exigir que as cadeiras do senado sejam ocupadas, ao menos, por quem teve um mísero voto. Quando assistimos pessoas afirmarem que defendem o povo e se verifica que foram guindados aos cargos como suplentes... Dá vontde de chorar. Essa medida - a suplência - é uma agressão. Cada Estado pode eleger apenas três senadores, alternando a eleição para duas e uma vaga, a cada quatro anos. Em um Estado como São Paulo, por exemplo, quando da disputa de uma cadeira, suponhamos que o candidato eleito consiga seis milhões de votos e o segundo colocado - por estar em disputa apenas UMA cadeira - amealhe tão SÓ cinco milhões e novecentos mil votos. Em dado momento, por um capricho da natureza, o senador eleito se "licencia" do cargo... Que acontece? Em vez daquele que ficou em segundo lugar assumir, o cargo vacante do licenciado será ocupado por algum apaniguado.
Um dos que fizeram defesa inflamada de Sarney, hoje, ilustra esse caso. O presidente do Conselho de Ética que vai julgar Sarney, idem.
Parabéns a nós!! Viva o espírito republicano.

Em Senado
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Em 22/07/2009 00h08
Legislar em causa própria!!
Talvez esse seja um dos grandes problemas daqueles que se encontram investidos de poder - supostamente pelo povo que afirma representar. O que todo processo jurídico, de caráter ético, exige, é que as leis postuladas por alguém beneficiem não a si próprio, mas àqueles que o sucedam. Em outras palavras, que beneficiem seu sucessor. Alguém criar uma lei de que estabeleça a reeleição não é um problema, em si: o problema é o legislador ou o propositor da lei se beneficiar das consequências dessa lei - no caso, ele poder se reeleger.
O Brasil já tolerou esse descalabro, no governo do FHC. Agora, convive com o fantasma do terceiro mandato de Lula.
O que está em jogo não é a popularidade do governante, ou a lei que sanciona, mas o aproveitar-se dela para vantagem própria - o que indica que não está em vista o bem maior, o Bem-Comum.
Zelaya, Zeus, Lula, FHC, Chávez... quem quer que seja, deve observar esse princípio. É simples. E os opositores também. Micheletti aleg cumprimento constitucional, mas não se precisou que o atual ocupante da cadeira executiva possa reocupá-la, beneficiado pela proposta de reeleição.
Infelizmente, isso ocorreu no Brasil, com mensalões, mensalinhos, valeriodutos e propinodutos...
Pode-se falar o que quiser, mas, nesse caso específico, FHC tramou para seu benefício.
Lá (Honduras) ou aqui, a história mostra que, quando há maquinações por detrás, a populacha sequer se dá conta de que está ocorrendo usurpação de poder.

Em Honduras
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Em 20/07/2009 11h04
O problema de todos os que estão às margens de um conflito é que ficam, igualmente, com as margens das informações sobre esse mesmo conflito. Assim tem sido em todas as crises recentes: não se sabe o que se passa, "exatamente", em Guantánamo, no Afeganistão (que continua vivendo uma guerra, embora, às vezes, isso seja relegado ao esquecimento midiático), no Iraque, na Rocinha, em Brasília, em Honduras...?? "'Num' sei!" é a resposta, na maioria das vezes.
De tudo, uma coisa é fato: os governantes jogam, não raras vezes, com a vida dos cidadãos. Conclamar insurreição é um direito, mas colocar a vida dos outros em risco, é incitação ao crime, ao homicício ou ao suicídio. As ações temerosas e criminosas impetradas por governados - civis ou militares -, quando deflagradas sob as ordens ou orientações explícitas de um governante ou líder, conspurcam a trajetória desse líder e recaem sobre o mesmo sob pena de responsabilidade.
Conclamar a população a se manifestar, quando persiste um índice expressivo de risco de vida é temerário. E o problema se torna ainda mais grave quando ambos os lados - no caso de Honduras - reclamam agir sob os mantos da lei. Não se pode esquecer que nem todas as leis são justas.
A via diplomática parece ser a menos sofrível, o que pode se traduzir em ações da comunidade internacional cortando investimentos ou relações comerciais (exceção a alimentos e remédios) - isso ocorreu na Faixa de Gaza, ocorre com Coréia do Norte e Irã. De invasões, basta Iraq.

Em Honduras
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Em 28/04/2009 12h49
Pode passar despercebido, mas há um "detalhe" que merece atenção, na reportagem sobre a gripe suína: fazendas de produção industrial de suínos!! Mais uma vez, apesar de muitos não quererem perceber, a industrialização, ou a forma como é feita essa produção "em massa". Em um dia, porque ficou sem luz por quase uma hora, uma granja no Brasil constatou que cerca de 100 mil frangos morreram em decorrência do calor e da superpopulação no confinamento...
É pouco?
São animais, podem afirmar alguns humanos, do alto de sua superioridade racional. Mas são vidas! E o ser humano, em busca da satisfação de seus desejos, em busca do atendimento de suas necessidades, não vislumbra obstáculos. Quantas doenças o próprio ser humano vem provocando? Doenças e tragédias?
Não é alarmismo, nem discurso apocalíptico, mas a simples constatação de que estamos destruindo a Vida no planeta: a vida da qual somos partícipes, queriamos ou não.
Se alguns tiverem dinheiro para fugir para Marte ou Lua, serão uma minoria irrisória; os demais, ou dão um jeito ou vão perecer por falta de água, de ar puro, de alimento (de origem vegetal ou animal). São fatos, tanto quanto são fatos os maremotos, os terremotos, o aquecimento do planeta, os buracos na camada de ozônio, o degelo das calotas polares... Até onde teremos de caminhar para perceber que o rumo está equivocado? Esperar outro Ebola, esperar outras formas de Aids, esperar outra espécie de gripe, dessa vez, humana e fatal?
E, sempre, o interesse financeiro...

Em Gripe suína
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Em 16/04/2009 19h48
Algumas vezes a história se repete, mostrando que a lição não foi suficientemente aprendida. O argumento de que alguém não pode ser declarado culpado por ter agido sob as ordens ou autorizadamente pelo governo ou seus superiores traz ecos das declarações e testemunhos registrados em obras como a de Hannah Arendt (no caso, o livro Eischmann em Jerusalém): obras em que os oficiais e carrascos nazistas afirmaram que não poderiam ter cometido crimes se estaveam atuando sob as ordens de seus comandantes.
Ora, a questão é se houve ou não um delito, uma transgressão, um crime. Se houve, existe, então, um responsável. Em última instância o emissor da ordem, o comandante em chefe, o dirigente máximo de um país. Essas figuras não existiram, no caso americano?
Se existe um tribunal contra crimes de guerra, seja em Haia ou onde for, que determina a prisão de um governante africano, ou a de um dirigente da Europa Oriental, ou do Oriente Médio... Em suma, se existe um tribunal que se quer corte de justiça internacional, coibindo crimes de guerra, genocídios, afrontas aos direitos humanos, esse tribunal deve ter competência (petência, peito, enfim) para arrostar às suas barras um dirigente americano, "norteamericano", mais propriamente.
Dessas organizações internacionais, porém, quais não são subvencionadas por esses governos ocidentais? Serão, portanto, isentas para denunciá-los?
Agir em cumprimento de ordens... Já se sabe como terminam essas novelas, infelizmente!

Em Governo Obama
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Em 26/03/2009 15h48
Concordo com os colegas comentaristas que afirmam que o argumento da doença não invalida o fato da ação criminosa - salvo quando a doença foi o motivo do crime, o que se dá muito em quadros psicopáticos ou de outros distúrbios que impedem uma apreciação adequada da realidade e da extensão dos próprios atos.
Não obstante essa ressalva, há que se ter presente que um crime tem reflexos em outras pessoas da sociedade. No caso do descaminho ou contrabando, existem aqueles que se caracterizam como receptadores: não é só o contrabandista que é criminoso, mas, igualmente, o que o auxilia na apropriação final do produto; no caso, o receptador. Se alguém compra uma frente de rádio (CD ou que quer que seja) de automóvel, ele é indiciado como receptador. Ainda que alegue não ter conhecimento desse fato. Pois bem, no caso da referida "empresa", mesmo depois de denúncias públicas, não foram realizadas festas, inclusive em "desagravò" à proprietária (da dita empresa)? E esses clientes/fregueses/receptadores não continuaram adiquirindo os produtos, quer dizer, não continuaram em uma prática contínua do delito, na cumplicidade da transgressão?
Não, não é o caso de mandato para prender os "clientes/cientes", mas é o caso de se pensar que ninguém se perpetua no crime se não houver aqueles que lhe dão sustentação na outra ponta. Se existe o traficante é por exister o usuário de droga; se existe o contrabandista é por existir o consumidor - mesmo que de grife. Crime sustentando crime, enfim.

Em Fraude na Daslu
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Em 19/02/2009 13h13
No livro "Uma ética para quantos?" destaca-se a seguinte frase: "Não a (assim mesmo, sem "h") tolerância para os intolerantes." ONde andará Salman Rushdie e seus "Versos Satânicos"? Que pensar dos "radicais" que se insurgiram contra as charges de Maomé publicadas inicialmente na Europa?
Algumas pessoas argumentam que praticm arte, que deve existir liberdade de expressão... Mas será que aqueles que são atingidos por essa liberdade não podem se recusar a, simplesmente, acatarem o exercício de uma liberdade que ofende? Onde, por outro lado, a liberdade de recusar algo como arte ou mera "expressão" de pensamento?
Fosse em um outro regime, em uma sociedade que, apesar de tudo, pretende ser democrática, é já teríamos jornais incendiados e "chargistas" sendo caçados e condenados à morte. Talvez, no dia seguinte, a foto do chargista, atacado a balas, pudesse ilustrar a página policial.
Será que os responsáveis por formar opinião não devem ter dimensão dos impactos que sua comunicação (ou "arte") provocam? Não devem ser responsabilizados?

Em Governo Obama
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Em 06/02/2009 11h44
Algumas coisas não necessitam de explicação, pois são autoexplicáveis: basta observá-las que se as entende. Algumas coisas não necessitam de explicação, pois não há retórica, silogismo ou nós no cérebro que destrinchem sua inconsistência e paradoxal afirmação.
Muitos pobres-coitados não conseguem um mísero crediário devido às exigências escoradas em devassas dos sistemas de proteção ao crédito. Por outro lado, pessoas reconhecidamente caloteiras são beneficiadas com empréstimos vultosos, que não são pagos... Claro que isso provoca uma quebradeira no sistema financeiro e o governo é diligentemente convocado para cobrir o rombo. Mas, "ladrão que rouba ladrão..."
O que mais assusta é verificar a quantidade de criminosos que se travestem de íntegros políticos. Nas câmaras suburbanas de nossos municípios até às altas esferas do Congresso. O filme a que assistimos pode ter qualquer título terrorífico. Mas "A volta dos mortos-vivos" é bem adequada. Depois de 6 processos - que não deram em nada - eis que Renan ressurge das trevas, escudando Sarney. Aí a gente já sabe o que nos espera. E o corregedor da Câmara representa o caso da raposa cuidando das galinhas.
A morosidade e a miopia da justiça, porém, são mais preocupantes. Fraudes, sonegação, crimes trabalhistas... Nada é empecilho ou motivação para colocar uma pessoa "bem relacionada" no banco dos réus. Menos ainda atrás das grades. Como exigir conduta íntegra de nossos filhos, diante de tudo isso? Como ser honesto nesse antro??

Em Eleições no congresso
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Em 06/11/2008 11h45
Como somos ingênuos, os que acreditam na inteligência humana: quando pensamos que já nos encontramos com todas as estultícies humanas somos confrontados com mais um exemplo de irracionalidade crassa. Irracionalidade porque aquilo que o líder da KKK expressou é uma racionalização, o uso da razão para justificar o injustificável, aquilo que provoca uma dor narcísica e, logo, precisa de algum mecanismo de defesa do Ego para evitar frustrações e outras mazelas psíquicas.
A sociedade norteamericana é reconhecida por ser "bi-racial": ou seja, alguém ou é "isso" ou "aquilo", mesmo que o "isso" ou "aquilo" se refira a algo tão conestável cientificamente como a noção de "raça".
Mas, como afirmam os estudiosos, ainda que não existam são um constructo que permite a análise das relações humanas.
Tudo bem!
Mas, se a KKK chega a afirmar que um percentual de sangue negro (decorrente da presença de um antepassado longínquo, como um avô ou bisavô afro-descendente ou negro) torna a pessoa negra, por mais branca (loura, de olhos claros) que possa parecer, como, agora, pervertem sua própria lógica para justificar o inevitável - que eles vão ser CONDUZIDOS, sim, por alguém que classificam como NEGRO, INFERIOR, HERDEIRO DO PECADO (e maldição) DE CAM??
Eis o exemplo da lógica imperfeita e pervertida, mas que ainda é capaz de arrastar milhares de seguidores.
Imaginemos, agora, o que alguns desses seguidores (enrustidos ou disfarçados) pode fazer no interior de um governo democrático?

Em Eleições nos EUA
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Em 17/10/2008 09h03
Um adendo: não estou defendendo "A" ou "B". Apenas sou adepto do Estado de Direito. Vejo como legítima a luta por melhores direitos, inclusive a implementada, já há semanas, pelos policiais civis. Todo o que se julga vilipendiado ou que mereça retribuições melhores pelo trabalho que executa têm o direito de propor (exigir) melhorias.
Por outro lado, o que aponto é o fato de que alguns são, pelo dever assumido e por sua ética profissional, convocados a agir de acordo com o cargo que ocupam. E a sociedade espera que cada profissional investido em um cargo e função realize aquilo para que foi investido.
É conhecido o caso de um médico que, atendendo no pronto-socorro, prestou atendimento a pessoa ferida que era, de fato, o criminoso que invadira sua casa (ficara ferido em confronto com a polícia). Se fosse agir pela paixão era o caso de negar atendimento ou praticar a anti-medicina e provocar o óbito do paciente.
A paixão cega e as situações-limite podem nos colocar dilemas ético-morais "trágicos" (como afirma Habermas). É quando as profissões cobram seu ônus: quem se faz médico não é para ter boi no pasto, mas para salvar vidas; quem se faz advogado não é para ter barco e carrão, mas para implantar a justiça; quem se faz policial... Têm de ajudar a manter a Lei. Se a lei está errada ou é injusta, VOTEMOS em um legislativo comprometido com a justiça, que teremos leis mais humanas e coerentes.

Em Greve da Polícia Civil
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Termos e condições

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