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Comentários de Paulo Paron
Em 28/08/2008 17h13
Há muita ingenuidade no trato dessa questão.
Por óbvio, existem boas intenções na defesa pela demarcação contínua. Realmente, não há como se negar o direito à dignidade dos povos indígenas. Mas, como diz um jurássico ditado: de boas intenções....
Aos menos avisados deve ser lembrado que ali mesmo em Roraima já perdermos território por conta de ingenuidade governamental. Trata-se da questão do Pirara. Os historiadores citam Joaquim Nabuco, relatando que o governo inglês contratou um súdito alemão, Mr. Robert Hermann Schomburgk, cientista, geógrafo e naturalista, para realizar pesquisas na Guiana Inglesa e em terras brasileiras. Concedido gentilmente pelo governo brasileiro umpassaporte diplomático para o tal cientista, este entre 1835 e 1837 realizou "estudos geográficos" que culminaram com um relatório a Londres dizendo que a presença militar na região era praticamente inexistente. Sugeriu que a Inglaterra ocupasse esses espaços vazios para demarcá-los para os domínios de sua majestade. Após um engodo envolvendo um missionário inglês que cooptou índios macuxis ocupando o território, este foi demarcado pelo governo britânico. A pendenga foi submetida a arbitragem internacional pelo parcial Rei da Itália, Vitório Emanuel. Apesar dos esforços diplomáticos, (Joaquim Nabuco, Barão do Rio Branco e outros) em 1904 sua Majestade o Rei Dom Vitório "sentenciou", retirando 19.630 km² do território brasileiro, entregando-os à Inglaterra.
Isso é fato! Ao vencedor, as batatas!

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