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Pede-se, simplesmente, que o fumante apague seu cigarro nesses locais. Talvez o peso da lei não seja a forma mais apropriada pra se pedir isso, mas não é de todo absurdo o pedido.
Em rodas de amigos que não fumam, fumantes polidos costumam sacar o maço acompanhado da pergunta "Se importam?". Não é difícil perceber que não há exposição à fumaça sem consentimento.
Ora, esse consentimento não é possível num lugar público. Pede-se não fumar, pede-se procurar um lugar devidamente arejado. Ou talvez exista um inestimável prazer em fumar em botecos apertados ao qual os não-fumantes são insensíveis? Duvido muito.
Todo esse alvoroço é ainda mais incompreensível se pensarmos no enorme número de fumantes que gostariam de se livrar de seu vício, mas não conseguem. É raro um fumante que, em alguma medida, não se arrependa de ter começado a fumar.
Alçar a luta pela liberdade de fumar ao status de revolução, enfim, parece-me exagero. Porque, na verdade, ela não foi eliminada, foi restringida. Subtraia do mundo todos ambientes fechados e comuns e ainda sobrará muito espaço onde fumar.
Há outras liberdades que carecem de mais atenção e que estão bem mais ameaçadas.
Em Fumo
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Fumar em lugares fechados, em meio a pessoas desconhecidas, é antes de tudo desrespeitoso. Escutar música em alto volume, no meio de pessoas desconhecidas, é igualmente desrespeitoso --e é proibido nos ônibus, por exemplo.
Muito se fala da liberdade do fumante e pouco se fala do efeito espantalho do cigarro sobre os não-fumantes. Para muitas pessoas que não fumam, é realmente insuportável entrar num lugar em que reina a fumaça. E às vezes elas precisam --ou simplesmente querem-- entrar.
Fumar é, na melhor das hipóteses, intrusivo (porque a fumaça é incontrolável e imprevisível) e anti-higiênico (porque gera fumaça). Não vejo motivos para não querer que um ambiente fechado esteja limpo e preserve o mínimo de privacidade das pessoas.
Por fim, impedir um fumante de fumar em ambientes fechados é completamente diferente de impedir um obeso de entrar em algum lugar. O obeso não tem como deixar sua gordura na porta antes de entrar; já ao fumante, basta que ele apague o cigarro no cinzeiro.
Em Fumo
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Além disso, não sei por que esperam tanto que a camada pré-sal seja explorada pela iniciativa privada. Eu lamentaria se isso acontecesse. A camads.a pré-sal trará um retorno financeiro muito grande que deve ser usado para minar as absurdas diferenças do Brasil, e não para engordar as contas bancárias do empresariado. E a única instiuição capaz de fazer isso ainda é o Estado. O que cabe à "inciativa privada" é zelar por um estado que cumpra seu papel, vigiando o caminho que esse dinheiro vai fazer. Não é a iniciativa privada que distribui renda, não é ele que oferece educação pública, não é ela que oferece saúde pública.
Deve haver a discussão do que se fazer com o petróleo achado, mas sem sandices liberalista --o Estado tem um papel, e deve cumpri-lo.
Em Petróleo
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A pergunta não é se o Luciano pode ou não reclamar. É por que interessa à Folha de São Paulo que seu artigo seja publicado? Emergiram novamente todas as questões que o "Cansei" levantava (nessa mesma Folha), todas com a mesma polêmica. Com a mesma "neutralidade" dúbia ao fazerem um contraponto do Luciano com o Ferréz. Por que, só agora, interessa tanto a essa parcela rica do Brasil sentir-se representante do país todo? Já que, historicamente, nunca fizeram questão --sempre tiveram o país na mão. Como eu acho que continuam tendo o país na mão (a polícia até achou o "culpado"), será que alguma coisa os jornais não querem informar?
Em Assalto - Luciano Huck
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Tanto o Ferréz quando o Luciano Huck estão em polós opostos do mesmo clichê, de um mesmo romantismo: o de que os indíviduos não são responsáveis pelos males da cidade, mas sim o Estado. Como se o Estado, invisível, não fosse também composto por outros indivíduos. Ambos reivindicam uma cidadania perdida, um ao dizer que o assaltante, "apesar de morar perto do lixo [...], não era lixo"; o outro ao mostrar como, apesar de abastadamente rico, é um ser humano como qualquer outro.
Penso, no entanto, que tal cidadania nunca existiu. Seja porque a democracia ainda não chegou na favela ou porque a riqueza de uns parece colocá-los acima dela. E tão acima dela que permite à mesma pessoa que diz sentir "pena" do assaltante, vestir no pulso um caríssimo Rolex ao perambular pelos igualmente caríssimos Jardins.
Ora, porque um Rolex não é um relógio qualquer. E não é qualquer pobre com infância dura e pouca educação (e olha que são muitos) que vai sair assaltando Rolex de apresentadores de TV nos Jardins.
Não sei no quê justificar o assaltante ou a indignação do assaltado, enfim, pode ajudar no "debate dos problemas brasileiros". Talvez esperemos para um debate, primeiro, mais informações sobre o problema. E, depois, diferentes respostas para a pergunta crucial ao assunto: por que nossa democracia não funciona?
Em Assalto - Luciano Huck
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