Comentários


Comentários de Roberto Numeriano
Em 19/06/2009 14h52
Caros leitores,
Procurem cuidar de suas vidinhas. Se que querem protestar contra algo, voltem-se para a América Latina, onde as forças policiais do Peru massacraram dezenas de índios que se insurgiram contra a legalização da grilagem de suas terras por empresas capitalistas. Até o momento não vi ninguém se solidarizando com as famílias dos mortos e perseguidos. Talvez alguém se lembre deles se o governo dos Estados Unidos se solidarizar com os indígenas... Ou a União Européia...

Em Eleição no Irã
sem opinião
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Em 18/06/2009 12h37
Se formos rigorosos e coerentes (conforme a "lógica" pretensamente jurídica do STF), não há necessidade do diploma de Direito para exercer a advocacia, nem se tornar juiz, procurador ou ministro do Supremo. Afinal, são ambas as profissões meras "artes": a de jornalista, a arte de escrever: a de advogado e similares, a arte de falar e escrever diletantemente. E também não há necessidade de diploma para os economistas, assistentes sociais, publicitários etc (afinal, qual o prejuízo que eles poderiam provocar à sociedade para que seja exigido o diploma?). O STF está judicializando assuntos que fogem de sua alçada, como é o caso de ofender com esta estúpida decisão liberdades consagradas no texto constitucional. A democracia corre perigo quando uma corte toma decisões autoritárias com o apoio de procuradores federais, juízes e, é claro, a chamada grande imprensa venal e do capital, que manipula e distorce fatos para defender interesses escusos e elitistas da velha direita. Querem apelar ao Congresso Nacional para que esta decisão esdrúxula seja derrubada... Qual Congresso? Quais políticos? Em breve, vamos deixar de votar e apenas aguardar o trabalho legislativo do STF.Na prática, é o que temos. O Congresso talvez acorde quando o Supremo começar a redigir e votar entre eles a reforma política... E então os holofotes da mídia serão voltados para o conflitos entre as vaidades dos senhores e senhoras togados.

Em Lei de Imprensa
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Em 18/06/2009 10h21
Um dos argumentos "jurídicos" para a extinção da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista foi a ídéia de que tal exigência fere a liberdade de expressão. Outro argumento: jornalismo é uma "arte", como a arte literária, apenas diferenciada porque se materializa dentro de uma empresa que paga (mal) aos seus assalariados (que serão demitidos para serem substituídos por apaniguados). O 1º argumento é uma falácia, pois o diploma não impedia a liberdade de imprensa, nem de expressão, nem de opinião (que são difententes liberdade, não necessariamente complementares). Ora, o jornalismo é uma profissão aberta. Milhares de profissionais estão empregados sem a necessidade de diploma (em geral, fazendo jornalismo marrom, puxa-saco, aético). O diploma nunca impediu ou cerceou quaisquer daquelas liberdades (muitas, apenas no papel). Ao mesmo tempo, jornalismo é uma técnica de redação, não uma arte, um trabalho diletante. Exige a ética da comunicação, conhecimentos dos gêneros jornalísticos etc). Mas, diante do avanço autoritário dessa corte de iluminados juristas, proponho, sob a mesma lógica, que seja extinta a exigência do diploma de Direito para o exercício da minha liberdade de representação perante o Estado ou outrem. Afinal, no fundo, apesar da arrogância e pretensão desses togados, não há nada nada nos livros jurídicos que eu não possa aprender sem a necessidade de um curso de Direito. Fica a proposta para análise desses doutos senhores e senhoras.

Em Lei de Imprensa
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Em 17/06/2009 20h26
A grande burguesia dos meios de comunicação acaba de extinguir, por meio da questionável competência do STF, a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão. O jornalismo já é uma das profissões mais abertas, dado que há muitos meios de exercê-lo sem a necessidade do diploma, restando apenas algumas poucas funções exclusivas do profissional habilitado em curso superior. Como o STF acatou a iniciativa dos empresários da comunicação, temos legalizado um golpe à liberdade de expressão, mesmo nos seus limites político-ideológicos burgueses. Se a dita liberdade de imprensa é uma ficção burguesa, dado que somente o grande capital pode exercê-la de fato (pois monopoliza as grandes redes de rádio e TV, em conluio com a aristocracia política), imagine agora o cerceamento à liberdade de expressão com a inexorável e progressiva presença de porta-vozes dessa mesma burguesa política e empresarial com a idéia fixa do livre mercado acima de tudo e de todos. Só nos restará a liberdade de opinião nas assembléias e reuniões públicas. E talvez devamos temer até por essa, pois vejo que ações e idéias reacionárias estão começando a convergir nas várias instâncias dos três poderes, talvez temendo o avanço da nossa luta contra-hegemônica a essa ordem política e social de atraso e violência. Proposta nossa contra a reserva de mercado dos formados em Direito: que os rábulas possam voltar à ativa e presidirem o STF. A democracia está frita com esses nobres juristas.

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