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Como já se sabe, se depender do presidente Lula e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, a França - com quem o Brasil já fechou negócio para a compra de cinco submarinos e 50 helicópteros - também deverá fornecer um pacote de 36 caças Rafale para a Força Aérea Brasileira, a FAB, numa transação que pode variar entre 4 bilhões e 8 bilhões de reais.
Além do Rafale, fabricado pela Dassault, também estão na disputa os caças FA-18 Hornet, da americana Boeing, e o sueco Gripen, da Saab. Os três concorrentes devem apresentar uma nova rodada de propostas à FAB na próxima segunda-feira. A decisão do governo deve sair em outubro.
Mas ainda que não comentem a respeito - tanto a FAB, quanto a Embraer, que deverá participar da contrução dos caças e assimilar a transferência de tecnologia exigida do governo brasileiro do fornecedor - preferem o caça FA-18 Hornet, da Boeing.
Para a Embraer, a preferência pela Boeing é claramente comercial. De saída, a empresa brasileira participa de uma licitação de 100 aviões leves de combate, como o Super Tucano, para a Força Aérea Americana, que pretende usá-los em cenários de guerra de guerrilha, como no Afeganistão.
A decisão ianque sobre a compra, que pode alcançar 90 milhões de dólares, deve ser anunciada em 2010.
As duas transações são independentes. Mas se o Brasil optar pelo FA-18, a Embraer deverá contar com maior simpatia dos americanos pelos Super Tucanos.
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