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04/11/2004 - 10h01

Pesquisa IBGE indica melhoria do ar e uso de agrotóxicos mais leves

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

A pesquisa "Indicadores de Desenvolvimento Sustentável", do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revela a redução do consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio e de compostos químicos como o CFC (clorofluorcarbono) e brometo de metila.

Essas substâncias são utilizadas em setores industriais como refrigeração, espumas, agentes de processo e solventes. De 1992 a 2003, o consumo de CFC caiu de 9.360 toneladas de PDO (Potencial de Destruição do Ozônio) para 3.281 toneladas. Já o HCFC (hidroclorofluorcarbono) aumentou de 223 toneladas de PDO para 753 toneladas.

A principal redução foi no setor de espuma, que passou de 4.137 toneladas para 353 toneladas de 1992 a 2003.

De acordo com a pesquisa, o único elemento que continua a aumentar a concentração é o ozônio. Na alta atmosfera, ele funciona como uma verdadeira barreira aos raios ultravioletas, mas na baixa atmosfera atua como um veneno. As partículas inaláveis, o dióxido de enxofre e o monóxido de carbono estão apresentando reduções significativas na concentração no ar.

O ozônio é produzido pela ação da radiação solar sobre os óxidos de nitrogênio e os compostos orgânicos liberados na combustão da gasolina, diesel e outros combustíveis. Em São Paulo, o número de estações de monitoramento de ozônio cresceu. Em 1992 existiam quatro estações. Em 2003, o número subiu para 12.

A poluição do ar nas áreas urbanas contribui para o aumento de problemas de saúde em crianças, idosos e portadores de doenças como asma e insuficiência respiratória.

Agrotóxicos

Além da melhoria na qualidade do ar, outra boa notícia da pesquisa refere-se à agricultura. Segundo o IBGE, os agrotóxicos estão ficando menos nocivos. Nos últimos anos, os mais tóxicos, das classes 1 e 2 passaram a ser menos usados. De acordo com o instituto, o desafio é conseguir reduzir o consumo de agrotóxicos ou da toxicidade dos produtos mantendo ou aumentando a produtividade da agropecuária brasileira.

Os mais usados no país hoje são os herbicidas, que representam mais de 50% do total. Eles são empregados no controle de ervas daninhas. No Brasil, seu uso está associado ao modelo de plantio direto, sem revolver a terra, o que favorece o crescimento das ervas daninhas.

De acordo com a pesquisa, com dados de 2001, o maior uso de agrotóxicos foi verificado nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Elas utilizaram 15,39% e 17,71%, respectivamente, por unidade de área.

Especial
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