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16/12/2004
-
10h03
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O rendimento familiar tem efeito significativo sobre a composição da alimentação. De acordo com a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) de 2002-2003, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quanto mais rico é o brasileiro, menor a proporção de carboidratos e maior a de gorduras.
Na prática, famílias com rendimento superior a cinco salários mínimos por pessoa comem menos arroz (11,53% das calorias totais). Entre os mais pobres, com renda de até um quarto de salário mínimo por integrante, o percentual sobe para 23,71%.
Itens como pão francês, biscoito e refrigerantes têm comportamento inverso. O consumo de pão francês praticamente triplica entre os de renda mais alta e fica em 6,57%. Os que ganham menos têm no alimento apenas 2,29% das calorias totais.
A substituição de alimentos na rotina dos mais ricos não significa necessariamente uma melhora nutricional. Famílias com rendimento superior a cinco salários mínimos por pessoa consomem 52,19% das calorias totais em carboidratos, um percentual abaixo do mínimo necessário, de 55%.
Além disso, cerca de um quinto dos carboidratos da dieta nesta classe de rendimento, 11% de 52%, correspondem a açúcar. O consumo de açúcar passa de 12,54% entre os mais pobres para 10,88% entre os mais ricos. O limite máximo de 30% das calorias totais das gorduras é ultrapassado a partir da classe de rendimentos de dois salários mínimos por pessoa.
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Ricos comem mais pão francês e menos arroz
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da Folha Online, no Rio
O rendimento familiar tem efeito significativo sobre a composição da alimentação. De acordo com a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) de 2002-2003, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quanto mais rico é o brasileiro, menor a proporção de carboidratos e maior a de gorduras.
Na prática, famílias com rendimento superior a cinco salários mínimos por pessoa comem menos arroz (11,53% das calorias totais). Entre os mais pobres, com renda de até um quarto de salário mínimo por integrante, o percentual sobe para 23,71%.
Itens como pão francês, biscoito e refrigerantes têm comportamento inverso. O consumo de pão francês praticamente triplica entre os de renda mais alta e fica em 6,57%. Os que ganham menos têm no alimento apenas 2,29% das calorias totais.
A substituição de alimentos na rotina dos mais ricos não significa necessariamente uma melhora nutricional. Famílias com rendimento superior a cinco salários mínimos por pessoa consomem 52,19% das calorias totais em carboidratos, um percentual abaixo do mínimo necessário, de 55%.
Além disso, cerca de um quinto dos carboidratos da dieta nesta classe de rendimento, 11% de 52%, correspondem a açúcar. O consumo de açúcar passa de 12,54% entre os mais pobres para 10,88% entre os mais ricos. O limite máximo de 30% das calorias totais das gorduras é ultrapassado a partir da classe de rendimentos de dois salários mínimos por pessoa.
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