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08/02/2005
-
08h10
da Folha Online
O segundo dia de desfiles no Rio de Janeiro foi marcado por atrasos, problemas no som e quebra de carros. O caso mais dramático aconteceu com a Portela que, para evitar perder mais pontos, acabou impedindo os integrantes da Velha Guarda de participarem do desfile. O incidente revoltou a comunidade portelense e o público na Marquês de Sapucaí.
Os problemas da Portela começaram no sábado, quando uma parte do carro abre-alas pegou fogo. Na madrugada de terça-feira, quando a tradicional escola se preparava para entrar, os integrantes não conseguiram encaixar as asas da águia --símbolo da Portela-- no carro abre-alas, que entrou na avenida sem as asas.
O segundo carro da Portela teve de ser colocado às pressas no desfile, mas o terceiro, que levou o humorista Renato Aragão, atrasou a entrada de outras alas, que tiveram de ser invertidas para não causar brancos na avenida.
Os dois últimos carros, que iriam levar a Velha Guarda da Portela, sequer chegaram a entrar. Por uma decisão do presidente da escola, Nilo Figueiredo, o portão da concentração foi fechado e acabou impedindo que personalidades históricas da escola participassem do desfile.
Após a apresentação, os integrantes da Velha Guarda fizeram uma caminhada emocionada pela Marques de Sapucaí. Alguns deles passaram mal e tiveram de ser atendidos no posto médico.
Atrasos
Antes mesmo do incidente com a Portela, o desfile já havia apresentado atrasos. A Porto da Pedra, que abriu o segundo dia de desfiles, demorou para entrar na avenida por causa de uma falha na iluminação que atingiu alguns setores do sambódromo. A apresentação terminou sem problemas.
Embora não tenha tido nenhum problema com os ítens do desfile, a Caprichosos de Pilares foi prejudicada por causa de uma falha no som do sambódromo.
A Viradouro realizou um desfile tecnicamente perfeito e encheu as alas de gente famosa. No entanto, uma de seus carros quebrou ainda na concentração. A barra de direção do carro "Sorriso sem Juízo" quebrou e os componentes tiveram de desfilar no chão.
A exceção foi a Imperatriz Leopoldinense, uma das escolas mais premiadas do Carnaval carioca. A escola concluiu sua passagem pela Marquês de Sapucaí com muito luxo, dentro do tempo estipulado, sem grandes problemas, mas também sem emocionar o público.
Penúltima escola a desfilar, a Grande Rio empolgou mais pela quantidade de artistas nas alas do que pelo desfile em si.
A Beija-Flor fechou as apresentações com a missão de tentar ganhar o tricampeonato misturando novamente na avenida o sagrado e o profano. Antes de começar o desfile, um impasse com o juizado de menores impediu o desfile de menores de 12 anos. Representantes da 1ª Vara da Infância e da Juventude queriam que as crianças que já estavam posicionadas no carro abre-alas desfilassem no chão.
Reinventar
Este ano, o carnaval carioca veio com a missão de se reinventar. Quem acompanhou o primeiro dia de desfiles viu a Mocidade Independente sem a "paradinha" na bateria, o Salgueiro tentando uma linguagem mais tradicional e a Mangueira com cores pesadas.
Por outro lado, viu também a Unidos da Tijuca, surpresa do ano passado, radicalizando nas alegorias humanas e nos efeitos com movimento e a Império Serrano entrar cheia de garra para conquistar a arquibancada.
A Tradição também teve parte de um de seus carros quebrados e, quando a Vila Isabel estava na concentração, um homem teria sido atropelado por uma das alegorias da escola.
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O segundo dia de desfiles no Rio de Janeiro foi marcado por atrasos, problemas no som e quebra de carros. O caso mais dramático aconteceu com a Portela que, para evitar perder mais pontos, acabou impedindo os integrantes da Velha Guarda de participarem do desfile. O incidente revoltou a comunidade portelense e o público na Marquês de Sapucaí.
Os problemas da Portela começaram no sábado, quando uma parte do carro abre-alas pegou fogo. Na madrugada de terça-feira, quando a tradicional escola se preparava para entrar, os integrantes não conseguiram encaixar as asas da águia --símbolo da Portela-- no carro abre-alas, que entrou na avenida sem as asas.
O segundo carro da Portela teve de ser colocado às pressas no desfile, mas o terceiro, que levou o humorista Renato Aragão, atrasou a entrada de outras alas, que tiveram de ser invertidas para não causar brancos na avenida.
Os dois últimos carros, que iriam levar a Velha Guarda da Portela, sequer chegaram a entrar. Por uma decisão do presidente da escola, Nilo Figueiredo, o portão da concentração foi fechado e acabou impedindo que personalidades históricas da escola participassem do desfile.
Após a apresentação, os integrantes da Velha Guarda fizeram uma caminhada emocionada pela Marques de Sapucaí. Alguns deles passaram mal e tiveram de ser atendidos no posto médico.
Atrasos
Antes mesmo do incidente com a Portela, o desfile já havia apresentado atrasos. A Porto da Pedra, que abriu o segundo dia de desfiles, demorou para entrar na avenida por causa de uma falha na iluminação que atingiu alguns setores do sambódromo. A apresentação terminou sem problemas.
Embora não tenha tido nenhum problema com os ítens do desfile, a Caprichosos de Pilares foi prejudicada por causa de uma falha no som do sambódromo.
A Viradouro realizou um desfile tecnicamente perfeito e encheu as alas de gente famosa. No entanto, uma de seus carros quebrou ainda na concentração. A barra de direção do carro "Sorriso sem Juízo" quebrou e os componentes tiveram de desfilar no chão.
A exceção foi a Imperatriz Leopoldinense, uma das escolas mais premiadas do Carnaval carioca. A escola concluiu sua passagem pela Marquês de Sapucaí com muito luxo, dentro do tempo estipulado, sem grandes problemas, mas também sem emocionar o público.
Penúltima escola a desfilar, a Grande Rio empolgou mais pela quantidade de artistas nas alas do que pelo desfile em si.
A Beija-Flor fechou as apresentações com a missão de tentar ganhar o tricampeonato misturando novamente na avenida o sagrado e o profano. Antes de começar o desfile, um impasse com o juizado de menores impediu o desfile de menores de 12 anos. Representantes da 1ª Vara da Infância e da Juventude queriam que as crianças que já estavam posicionadas no carro abre-alas desfilassem no chão.
Reinventar
Este ano, o carnaval carioca veio com a missão de se reinventar. Quem acompanhou o primeiro dia de desfiles viu a Mocidade Independente sem a "paradinha" na bateria, o Salgueiro tentando uma linguagem mais tradicional e a Mangueira com cores pesadas.
Por outro lado, viu também a Unidos da Tijuca, surpresa do ano passado, radicalizando nas alegorias humanas e nos efeitos com movimento e a Império Serrano entrar cheia de garra para conquistar a arquibancada.
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