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13/04/2005 - 16h39

Ministério atesta destruição de amostras de vírus mortal no Brasil

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da Folha Online

O Ministério da Saúde informou na tarde desta terça-feira que todas as amostras do vírus causador da chamada "gripe asiática" que foram enviadas por engano para dois laboratórios brasileiros já foram destruídas. A doença matou 4 milhões de pessoas em 1957, mas desapareceu por volta de 1968.

O erro, cometido pelo Colégio Americano de Patologistas, atingiu 3.700 estabelecimentos em 18 países. No Brasil, as amostras foram enviadas para os laboratórios Fleury e do Hospital Albert Einstein, ambos particulares e sediados no Estado de São Paulo.

O alerta inicial foi divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), cujo especialista em gripe, Klaus Stohr, admitiu que, caso escape, o vírus pode "facilmente" causar uma epidemia.

Entretanto, a entidade considerou "pequeno" o risco de que um funcionário de alguma destas instituições seja contaminado.

Bioterrorismo

As amostras fazem parte de kits usados em testes e que foram distribuídos por uma empresa americana a pedido do Colégio Americano de Patologistas, que auxilia laboratórios a realizar experiências na área.

No dia 8 de abril, o governo americano pediu ao órgão que escrevesse aos laboratórios que as receberam e os orientasse a destruir as amostras. A maioria fica nos Estados Unidos.

Por medo de que o vírus, cujo nome técnico é H2N2, pudesse ser usado em um ataque terrorista com armas biológicas, as cartas foram enviadas antes que o erro viesse a público.

Anticorpos

Segundo a OMS, a situação se agrava pois ninguém nascido depois de 1968 tem anticorpos contra o H2N2.

A organização também alertou que não há como garantir que todas as amostras sejam destruídas, pois alguns dos laboratórios podem ter enviado colônias por eles desenvolvidas para outras instituições.

Os kits são usados para os laboratórios testarem sua capacidade de identificar corretamente as variadas estirpes dos vírus. Normalmente, eles incluem apenas vírus em circulação ou que deixaram de existir ao natural há pouco tempo.

No caso em questão, o H2N2 havia sido classificado como nível de segurança biológica 2 --o que significa que não era considerado especialmente perigoso. A agência do governo americano que classifica os vírus estava em processo de reavaliação do H2N2 quando descobriu que os kits já haviam sido amplamente distribuídos.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a gripe asiática
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