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19/05/2005
-
23h13
JOSÉ EDUARDO RONDON
da Agência Folha
O Hospital de Base de São José do Rio Preto (440 km de São Paulo) decidiu não transmitir uma cirurgia de mudança de sexo que ocorreria na tarde desta quinta-feira depois de receber uma advertência do CRM (Conselho Regional de Medicina) de São Paulo.
Na quarta-feira, a direção do hospital divulgou que veicularia a operação em tempo real pela internet como forma de promover um "intercâmbio cultural com outras equipes médicas."
"Informamos à direção que se as imagens que fossem exibidas tivessem caráter promocional, sensacionalista ou não-verídico, tanto o hospital como a equipe médica poderiam ser punidos", disse o 1º secretário do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), Henrique Carlos Gonçalves.
A transexual Patrícia, 25, se submeteu a uma transgenitalização --como é denominado o procedimento médico de mudança de sexo. O urologista Carlos Abib Cury, que chefiou a equipe médica que realizou a cirurgia, disse que a paciente se recuperava bem e estava muito feliz com o resultado da operação.
Para Cury, a decisão de não transmitir a cirurgia pela rede mundial de computadores foi acertada. "Isso [a divulgação da operação na internet] ganhou muita repercussão e acho que foi certo deixarmos de exibir."
O site www.transexual.com.br, onde seria transmitida a operação, recebeu entre a noite de quarta-feira e o final desta tarde, 68.000 acessos de internautas interessados em acompanhar a operação, segundo dados da empresa que administra o site. Em dias normais, cerca de 300 acessos são registrados.
A cirurgia, que teve início por volta das 14h, durou cerca de três horas. "Em três meses a paciente poderá voltar a ter uma vida sexual normal", disse Cury.
Um paciente que deseja se submeter a uma transgenitalização precisa preencher alguns pré-requisitos como acompanhamento médico multidisciplinar por cerca de dois anos, consentimento formal para realizar a operação, ausência de transtornos mentais e de características físicas inapropriadas para a operação.
Patrícia, que vive em Lausanne, na Suíça, disse ter pago R$ 20 mil pela cirurgia.
Especial
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Hospital cancela transmissão de cirurgia para mudança de sexo
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da Agência Folha
O Hospital de Base de São José do Rio Preto (440 km de São Paulo) decidiu não transmitir uma cirurgia de mudança de sexo que ocorreria na tarde desta quinta-feira depois de receber uma advertência do CRM (Conselho Regional de Medicina) de São Paulo.
Na quarta-feira, a direção do hospital divulgou que veicularia a operação em tempo real pela internet como forma de promover um "intercâmbio cultural com outras equipes médicas."
"Informamos à direção que se as imagens que fossem exibidas tivessem caráter promocional, sensacionalista ou não-verídico, tanto o hospital como a equipe médica poderiam ser punidos", disse o 1º secretário do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), Henrique Carlos Gonçalves.
A transexual Patrícia, 25, se submeteu a uma transgenitalização --como é denominado o procedimento médico de mudança de sexo. O urologista Carlos Abib Cury, que chefiou a equipe médica que realizou a cirurgia, disse que a paciente se recuperava bem e estava muito feliz com o resultado da operação.
Para Cury, a decisão de não transmitir a cirurgia pela rede mundial de computadores foi acertada. "Isso [a divulgação da operação na internet] ganhou muita repercussão e acho que foi certo deixarmos de exibir."
O site www.transexual.com.br, onde seria transmitida a operação, recebeu entre a noite de quarta-feira e o final desta tarde, 68.000 acessos de internautas interessados em acompanhar a operação, segundo dados da empresa que administra o site. Em dias normais, cerca de 300 acessos são registrados.
A cirurgia, que teve início por volta das 14h, durou cerca de três horas. "Em três meses a paciente poderá voltar a ter uma vida sexual normal", disse Cury.
Um paciente que deseja se submeter a uma transgenitalização precisa preencher alguns pré-requisitos como acompanhamento médico multidisciplinar por cerca de dois anos, consentimento formal para realizar a operação, ausência de transtornos mentais e de características físicas inapropriadas para a operação.
Patrícia, que vive em Lausanne, na Suíça, disse ter pago R$ 20 mil pela cirurgia.
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