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06/06/2005
-
10h15
LUCIANE SCARAZZATI
do Agora
Construídos para serem espaços de educação para as crianças e de lazer para a comunidade, os CEUs (Centros Educacionais Unificados) tiveram atividades culturais reduzidas desde janeiro, no governo José Serra (PSDB).
A reportagem visitou 10 dos 21 escolões entre quarta e sexta-feira da semana passada e constatou alterações na programação teatral e de cinema. A revisão dos contratos de segurança em unidades da zona sul também levou à redução da quantidade de vigilantes --de oito para cinco em cada turno.
Até dezembro, eram contratadas pela Secretaria da Cultura peças profissionais para serem apresentadas nos finais de semana. O catálogo de filmes para as sessões de cinema incluía novidades.
Desde janeiro, porém, as peças teatrais são somente de grupos da comunidade ou contatados pelos coordenadores das escolas. O catálogo de filmes não foi atualizado --as atrações são repetidas.
Com capacidade para 2.400 alunos, cada um dos 21 CEUs também tem um roteiro de aulas e cursos para a comunidade.
Em 2004, último ano do governo Marta (PT), a agenda de atividades estava movimentada. Havia aulas de iniciação artística --teatro, artes plásticas, dança e música. Mas os contratos com esses educadores acabaram em 31 de dezembro.
Entre janeiro e abril, foram mantidas as aulas em unidades que tinham voluntários ou professores contratados em regime diferenciado. Foi só em maio que novos profissionais chegaram.
Todos os CEUs possuem estúdios para fotografia e cinema, que estão equipados. São poucas as unidades, porém, que usam esse material, porque faltam profissionais. Em 2004, parcerias com a iniciativa privada garantiram a realização de alguns cursos.
No CEU Paz, na zona norte, a falta de pessoal levou à paralisação de atividades da oficina na padaria e no estúdio de foto. O material para revelação do laboratório do CEU São Rafael, na zona leste, não foi usado até agora.
Os CEUs Casa Blanca e Meninos, na zona sul, estão entre os que sofrem com a falta de professores e técnicos de educação física. No CEU Aricanduva, na zona leste, a pista de skate fica tomada pela terra quando há chuva.
Alunos e moradores reclamam. "A comunidade está perdendo espaço", diz a telefonista Delfina Custódio da Silva, 49, vizinha do escolão de Aricanduva.
Outro lado
A prefeitura afirma que está retomando as atividades culturais nos CEUs e que o quadro de profissionais e a agenda estarão completos até agosto.
A Secretaria da Cultura diz que avalia a contratação de peças profissionais e uma nova série de filmes para a programação do segundo semestre.
A chefe-de-gabinete da Secretaria da Educação, Maria Lúcia Tajal, diz que houve "interrupção" das aulas de iniciação artística por falta de pagamento da gestão Marta Suplicy (PT), no ano passado, e também por causa do fim do contrato dos arte-educadores.
Os professores não receberam os salários de pelo menos dois meses do final de 2004. A equipe petista diz que honrou pagamentos e deixou dinheiro em caixa para contas que venceriam em janeiro.
A troca de titulares da pasta da Cultura (Emanoel Araújo foi substituído por Carlos Augusto Calil) também teria atrapalhado as contratações.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre os CEUs
Serra reduz programação cultural de CEUs
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do Agora
Construídos para serem espaços de educação para as crianças e de lazer para a comunidade, os CEUs (Centros Educacionais Unificados) tiveram atividades culturais reduzidas desde janeiro, no governo José Serra (PSDB).
A reportagem visitou 10 dos 21 escolões entre quarta e sexta-feira da semana passada e constatou alterações na programação teatral e de cinema. A revisão dos contratos de segurança em unidades da zona sul também levou à redução da quantidade de vigilantes --de oito para cinco em cada turno.
Até dezembro, eram contratadas pela Secretaria da Cultura peças profissionais para serem apresentadas nos finais de semana. O catálogo de filmes para as sessões de cinema incluía novidades.
Desde janeiro, porém, as peças teatrais são somente de grupos da comunidade ou contatados pelos coordenadores das escolas. O catálogo de filmes não foi atualizado --as atrações são repetidas.
Com capacidade para 2.400 alunos, cada um dos 21 CEUs também tem um roteiro de aulas e cursos para a comunidade.
Em 2004, último ano do governo Marta (PT), a agenda de atividades estava movimentada. Havia aulas de iniciação artística --teatro, artes plásticas, dança e música. Mas os contratos com esses educadores acabaram em 31 de dezembro.
Entre janeiro e abril, foram mantidas as aulas em unidades que tinham voluntários ou professores contratados em regime diferenciado. Foi só em maio que novos profissionais chegaram.
Todos os CEUs possuem estúdios para fotografia e cinema, que estão equipados. São poucas as unidades, porém, que usam esse material, porque faltam profissionais. Em 2004, parcerias com a iniciativa privada garantiram a realização de alguns cursos.
No CEU Paz, na zona norte, a falta de pessoal levou à paralisação de atividades da oficina na padaria e no estúdio de foto. O material para revelação do laboratório do CEU São Rafael, na zona leste, não foi usado até agora.
Os CEUs Casa Blanca e Meninos, na zona sul, estão entre os que sofrem com a falta de professores e técnicos de educação física. No CEU Aricanduva, na zona leste, a pista de skate fica tomada pela terra quando há chuva.
Alunos e moradores reclamam. "A comunidade está perdendo espaço", diz a telefonista Delfina Custódio da Silva, 49, vizinha do escolão de Aricanduva.
Outro lado
A prefeitura afirma que está retomando as atividades culturais nos CEUs e que o quadro de profissionais e a agenda estarão completos até agosto.
A Secretaria da Cultura diz que avalia a contratação de peças profissionais e uma nova série de filmes para a programação do segundo semestre.
A chefe-de-gabinete da Secretaria da Educação, Maria Lúcia Tajal, diz que houve "interrupção" das aulas de iniciação artística por falta de pagamento da gestão Marta Suplicy (PT), no ano passado, e também por causa do fim do contrato dos arte-educadores.
Os professores não receberam os salários de pelo menos dois meses do final de 2004. A equipe petista diz que honrou pagamentos e deixou dinheiro em caixa para contas que venceriam em janeiro.
A troca de titulares da pasta da Cultura (Emanoel Araújo foi substituído por Carlos Augusto Calil) também teria atrapalhado as contratações.
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