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07/09/2005
-
07h01
PATRICIA ZIMMERMANN
CLARICE SPITZ
da Folha Online, em Brasília e SP
O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) subiu no Brasil em 2003, mas não foi suficiente para elevar a posição brasileira no ranking de 177 países avaliados pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). O índice reúne os indicadores de educação, esperança de vida ao nascer e PIB per capita dos países.
De acordo com o relatório das Nações Unidas referente ao primeiro ano do governo Lula, a avaliação dos setores de saúde e educação no país melhorou, mas a renda per capita da população caiu.
Com um IDH de 0,792 ponto, o Brasil ficou em 63º lugar no ranking, mantendo a mesma posição do ano anterior em relação aos demais países.
No relatório divulgado no ano passado --referente aos dados de 2002--, o Brasil chegou a aparecer em 72º lugar, mas após a revisão divulgada hoje, saltou para o 63º posto no ranking. A diferença, segundo Ricardo Fuentes, que faz parte da equipe do PNUD, está na atualização da base de dados e na metodologia utilizada na avaliação dos indicadores.
Segundo ele, sempre que dados mais atuais são disponibilizados, os indicadores utilizados na elaboração do índice (como longevidade, educação e renda) também são revistos e atualizados.
No caso de 2002, a taxa de alfabetização fornecida pela Unesco, por exemplo, foi revista de 86,4% para 88,4%, e os cálculos de expectativa de vida também foram elevados com base nas novas estatísticas mundiais. Com isso, o IDH relativo ao período também subiu de 0,775 para 0,790.
O IDH para o ano de 2003 manteve o Brasil entre as nações com médio desenvolvimento humano, abaixo de países como a Macedônia (59º lugar) e a Malásia (61º). Essa classificação inclui todos os países com índices de 0,500 a 0,799.
Pelo quinto ano consecutivo, a Noruega liderou o ranking de desenvolvimento humano da pesquisa, seguida da Islândia e da Austrália. A Argentina ficou na 34ª posição, no grupo dos países com alto desenvolvimento humano --a partir 0,800 no IDH--, junto da Espanha (21ª), Estados Unidos (10ª) e Japão (11ª).
Já Níger teve o pior índice no ranking, atrás de Serra Leoa e Burkina Fasso. Nesse grupo de países de baixo desenvolvimento humanos --com IDH abaixo de 0,500--, estão Haiti (153º), Etiópia (170º), Guiné-Bissau (172º).
Evolução
Fuentes destacou, no entanto, que o relatório aponta para uma evolução constante no IDH do Brasil desde 1975. Apesar de ter sido publicado pela primeira vez em 1990, o índice foi recalculado para os anos anteriores, a partir de 1975.
Na comparação entre 2002 e 2003, a expectativa de vida ao nascer no país passou de 70,2 anos para 70,5 anos. A taxa de alfabetização se manteve em 88,4% e a taxa de matrícula (relação entre a população em idade escolar e o número de matrículas no ensino fundamental, médio e superior) subiu de 90% para 91%.
Já o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, avaliado também sob o ponto de vista do poder de compra, recuou 1,6%, passando de US$ 7.918 para US$ 7,790 de um ano para outro.
A explicação para esse desempenho, segundo ele, está no fraco crescimento da economia em 2003 (0,5%), na alta taxa de juros (passou de 25% sem descontar a inflação) e na forte desvalorização do real frente ao dólar no período, quando a moeda americana chegou a custar R$ 4.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a pesquisa do IDH das Nações Unidas
IDH sobe pouco e Brasil permanece na 63ª posição em ranking da ONU
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CLARICE SPITZ
da Folha Online, em Brasília e SP
O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) subiu no Brasil em 2003, mas não foi suficiente para elevar a posição brasileira no ranking de 177 países avaliados pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). O índice reúne os indicadores de educação, esperança de vida ao nascer e PIB per capita dos países.
De acordo com o relatório das Nações Unidas referente ao primeiro ano do governo Lula, a avaliação dos setores de saúde e educação no país melhorou, mas a renda per capita da população caiu.
Com um IDH de 0,792 ponto, o Brasil ficou em 63º lugar no ranking, mantendo a mesma posição do ano anterior em relação aos demais países.
No relatório divulgado no ano passado --referente aos dados de 2002--, o Brasil chegou a aparecer em 72º lugar, mas após a revisão divulgada hoje, saltou para o 63º posto no ranking. A diferença, segundo Ricardo Fuentes, que faz parte da equipe do PNUD, está na atualização da base de dados e na metodologia utilizada na avaliação dos indicadores.
Segundo ele, sempre que dados mais atuais são disponibilizados, os indicadores utilizados na elaboração do índice (como longevidade, educação e renda) também são revistos e atualizados.
No caso de 2002, a taxa de alfabetização fornecida pela Unesco, por exemplo, foi revista de 86,4% para 88,4%, e os cálculos de expectativa de vida também foram elevados com base nas novas estatísticas mundiais. Com isso, o IDH relativo ao período também subiu de 0,775 para 0,790.
O IDH para o ano de 2003 manteve o Brasil entre as nações com médio desenvolvimento humano, abaixo de países como a Macedônia (59º lugar) e a Malásia (61º). Essa classificação inclui todos os países com índices de 0,500 a 0,799.
Pelo quinto ano consecutivo, a Noruega liderou o ranking de desenvolvimento humano da pesquisa, seguida da Islândia e da Austrália. A Argentina ficou na 34ª posição, no grupo dos países com alto desenvolvimento humano --a partir 0,800 no IDH--, junto da Espanha (21ª), Estados Unidos (10ª) e Japão (11ª).
Já Níger teve o pior índice no ranking, atrás de Serra Leoa e Burkina Fasso. Nesse grupo de países de baixo desenvolvimento humanos --com IDH abaixo de 0,500--, estão Haiti (153º), Etiópia (170º), Guiné-Bissau (172º).
Evolução
Fuentes destacou, no entanto, que o relatório aponta para uma evolução constante no IDH do Brasil desde 1975. Apesar de ter sido publicado pela primeira vez em 1990, o índice foi recalculado para os anos anteriores, a partir de 1975.
Na comparação entre 2002 e 2003, a expectativa de vida ao nascer no país passou de 70,2 anos para 70,5 anos. A taxa de alfabetização se manteve em 88,4% e a taxa de matrícula (relação entre a população em idade escolar e o número de matrículas no ensino fundamental, médio e superior) subiu de 90% para 91%.
Já o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, avaliado também sob o ponto de vista do poder de compra, recuou 1,6%, passando de US$ 7.918 para US$ 7,790 de um ano para outro.
A explicação para esse desempenho, segundo ele, está no fraco crescimento da economia em 2003 (0,5%), na alta taxa de juros (passou de 25% sem descontar a inflação) e na forte desvalorização do real frente ao dólar no período, quando a moeda americana chegou a custar R$ 4.
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