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23/10/2005
-
21h02
CLARICE SPITZ
da Folha Online
O marketing político foi uma das "armas" da vitória do "não", segundo defensores e opositores da venda de armas e munição. Com a batuta do publicitário Chico Santa Rita, ex-marqueteiro de Fernando Collor, o "não" usou e abusou de imagens ligadas à liberdade e a megastars da luta pelos direitos individuais.
A campanha do "não" tinha uma mensagem clara: a proibição do comércio de armas tira dos brasileiros o direito de adquirir uma arma quando o Estado não garante a segurança.
Em um mea-culpa, Rubem Cesar Fernandes, da ONG Viva Rio e um dos coordenadores da frente do "sim", afirma que o marketing político ligado a movimentos sociais não teve a mesma habilidade e a centralização do comando necessários para vencer. "Não tínhamos a experiência de uma campanha publicitária como eles, que ainda tinham mais dinheiro", disse.
A campanha contra a venda de armas contou inicialmente com o trabalho voluntário de produtoras como a Conspiração, a Videolfilmes, a O2, e foi para o comando do marqueteiro Luiz Gonzales na reta final da disputa. "Foi como trocar de técnicos no meio de jogo", afirmou.
"O 'não' conseguiu capitalizar uma insatisfação quanto à obrigatoriedade do próprio referendo, um protesto em relação ao governo e à segurança pública."
Vacilante e mais simplória, a campanha do "sim" chegou a utilizar celebridades como Chico Buarque, Camila Pitanga e Maria Paula no início da campanha. Mas a poucos dias da votação, com tom mais elevado, buscou "satanizar" as armas e os interesses da indústria do setor.
No contra-ataque, Santa Rita apelou para imagens como a de Nelson Mandela na luta contra o "apartheid" na África do Sul e a do ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos. Nem Mandela nem Thomaz Bastos gostaram. Eles reclamaram, mas era tarde demais, as imagens superaram as palavras.
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Marketing foi "arma" para vitória do "não"
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da Folha Online
O marketing político foi uma das "armas" da vitória do "não", segundo defensores e opositores da venda de armas e munição. Com a batuta do publicitário Chico Santa Rita, ex-marqueteiro de Fernando Collor, o "não" usou e abusou de imagens ligadas à liberdade e a megastars da luta pelos direitos individuais.
A campanha do "não" tinha uma mensagem clara: a proibição do comércio de armas tira dos brasileiros o direito de adquirir uma arma quando o Estado não garante a segurança.
Em um mea-culpa, Rubem Cesar Fernandes, da ONG Viva Rio e um dos coordenadores da frente do "sim", afirma que o marketing político ligado a movimentos sociais não teve a mesma habilidade e a centralização do comando necessários para vencer. "Não tínhamos a experiência de uma campanha publicitária como eles, que ainda tinham mais dinheiro", disse.
A campanha contra a venda de armas contou inicialmente com o trabalho voluntário de produtoras como a Conspiração, a Videolfilmes, a O2, e foi para o comando do marqueteiro Luiz Gonzales na reta final da disputa. "Foi como trocar de técnicos no meio de jogo", afirmou.
"O 'não' conseguiu capitalizar uma insatisfação quanto à obrigatoriedade do próprio referendo, um protesto em relação ao governo e à segurança pública."
Vacilante e mais simplória, a campanha do "sim" chegou a utilizar celebridades como Chico Buarque, Camila Pitanga e Maria Paula no início da campanha. Mas a poucos dias da votação, com tom mais elevado, buscou "satanizar" as armas e os interesses da indústria do setor.
No contra-ataque, Santa Rita apelou para imagens como a de Nelson Mandela na luta contra o "apartheid" na África do Sul e a do ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos. Nem Mandela nem Thomaz Bastos gostaram. Eles reclamaram, mas era tarde demais, as imagens superaram as palavras.
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