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06/11/2005
-
11h07
do Agora
Da avenida Paulista à marginal Pinheiros, contornando bairros valorizados da capital, o corredor formado pelas avenidas Rebouças e Eusébio Matoso virou "loteria" para o motorista particular. Ou seja, fora da faixa exclusiva para ônibus e táxis, pegar trânsito livre nessas vias equivale à aposta certeira na Megasena.
"Isso é uma loteria mesmo. A fila [de veículos] volta rapidamente porque não há uma grande capacidade de escoamento", reconhece o engenheiro Eduardo Macabelli, superintendente de operações da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Atualmente, segundo o engenheiro da CET, a Rebouças recebe cerca de 4.000 veículos por hora e está no limite de sua capacidade de absorção de tráfego, o que tem causado lentidão no trânsito praticamente durante todo o dia.
Na última quinta, a reportagem permaneceu 12 horas no corredor Rebouças-Eusébio Matoso e no período, de acordo com dados da CET, o menor trecho de lentidão no sentido centro foi de 1,9 km, por volta das 20h (veja hora a hora).
A inauguração do corredor exclusivo para ônibus (hoje também liberado a táxis), em 2004, também ajudou na perda da capacidade de tráfego dos veículos particulares, pois diminuiu de quatro para duas as faixas de rolamento. Por outro lado, melhorou as condições dos usuários do transporte público na região.
"Não dá para negar que o corredor ajudou bastante a gente. Hoje, tenho mais facilidade para sair do trabalho e ir para casa", diz Priscila Mielczarek, 22 anos, que trabalha no Shopping Eldorado e toma ônibus diariamente na avenida Eusébio Matoso.
Transitam cerca de 250 coletivos por hora no corredor exclusivo. "Priorizou-se o transporte coletivo e hoje há uma possibilidade de conforto maior para quem opta pelo ônibus nesse corredor da Rebouças", afirma Macabelli.
Para o engenheiro da CET, o túnel Fernando Vieira de Mello ajudou na fluidez do tráfego. Na prática, porém, os efeitos positivos são mínimos.
"Com o término da obra, houve uma melhora inicial, rapidamente absorvida porque a demanda reprimida era maior do que a capacidade viária aberta pelo túnel", diz o engenheiro da CET.
Inaugurado em 2004, o túnel passou por reparos nas galerias pluviais neste ano. Tanto na construção quanto no reparo, as obras interditaram a Rebouças, só liberada totalmente para o tráfego no mês passado.
Atualmente, somente obras periféricas --em calçadas e canteiros-- ocorrem na via. Com ou sem obras, muitos motoristas já desistiram de "pagar para ver".
"Moro em uma travessa da Rebouças. Prefiro andar a pé a sair de carro e pegar tudo parado", diz o vendedor Cláudio Oliveira, 40 anos.
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Trânsito na Rebouças está no limite, diz CET
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Da avenida Paulista à marginal Pinheiros, contornando bairros valorizados da capital, o corredor formado pelas avenidas Rebouças e Eusébio Matoso virou "loteria" para o motorista particular. Ou seja, fora da faixa exclusiva para ônibus e táxis, pegar trânsito livre nessas vias equivale à aposta certeira na Megasena.
"Isso é uma loteria mesmo. A fila [de veículos] volta rapidamente porque não há uma grande capacidade de escoamento", reconhece o engenheiro Eduardo Macabelli, superintendente de operações da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Atualmente, segundo o engenheiro da CET, a Rebouças recebe cerca de 4.000 veículos por hora e está no limite de sua capacidade de absorção de tráfego, o que tem causado lentidão no trânsito praticamente durante todo o dia.
Na última quinta, a reportagem permaneceu 12 horas no corredor Rebouças-Eusébio Matoso e no período, de acordo com dados da CET, o menor trecho de lentidão no sentido centro foi de 1,9 km, por volta das 20h (veja hora a hora).
A inauguração do corredor exclusivo para ônibus (hoje também liberado a táxis), em 2004, também ajudou na perda da capacidade de tráfego dos veículos particulares, pois diminuiu de quatro para duas as faixas de rolamento. Por outro lado, melhorou as condições dos usuários do transporte público na região.
"Não dá para negar que o corredor ajudou bastante a gente. Hoje, tenho mais facilidade para sair do trabalho e ir para casa", diz Priscila Mielczarek, 22 anos, que trabalha no Shopping Eldorado e toma ônibus diariamente na avenida Eusébio Matoso.
Transitam cerca de 250 coletivos por hora no corredor exclusivo. "Priorizou-se o transporte coletivo e hoje há uma possibilidade de conforto maior para quem opta pelo ônibus nesse corredor da Rebouças", afirma Macabelli.
Para o engenheiro da CET, o túnel Fernando Vieira de Mello ajudou na fluidez do tráfego. Na prática, porém, os efeitos positivos são mínimos.
"Com o término da obra, houve uma melhora inicial, rapidamente absorvida porque a demanda reprimida era maior do que a capacidade viária aberta pelo túnel", diz o engenheiro da CET.
Inaugurado em 2004, o túnel passou por reparos nas galerias pluviais neste ano. Tanto na construção quanto no reparo, as obras interditaram a Rebouças, só liberada totalmente para o tráfego no mês passado.
Atualmente, somente obras periféricas --em calçadas e canteiros-- ocorrem na via. Com ou sem obras, muitos motoristas já desistiram de "pagar para ver".
"Moro em uma travessa da Rebouças. Prefiro andar a pé a sair de carro e pegar tudo parado", diz o vendedor Cláudio Oliveira, 40 anos.
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