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24/01/2006
-
22h10
MARIANA CAMPOS
da Agência Folha, em Santos
Após dez anos de obras e R$ 20 milhões em investimentos, o Teatro Coliseu será reinaugurado na quarta-feira em Santos, no litoral de São Paulo (85 km a sudeste da capital), dentro das comemorações dos 460 anos da cidade.
Antes de ser transformado em cinema pornô, cartório e farmácia, o Coliseu, inaugurado em 1924, serviu de palco para grandes companhias que trouxeram a Santos artistas de renome como Procópio Ferreira, Cacilda Becker, Grande Otelo e Oscarito.
A decadência do teatro veio na década de 70, com a degradação do Centro da cidade. O palco, as coxias, os camarins e o teto do teatro Coliseu foram praticamente destruídos nessa época.
O projeto de restauração manteve as características originais. Foram restaurados palco, foyer, camarotes, afrescos e pintura. Paralelamente, o projeto modernizou alguns aspectos do local.
Foi instalado, por exemplo, sistema de ar condicionado, dez novos camarins, lugares para portadores de necessidades especiais e elevadores. Ao todo, serão aproximadamente 1.200 lugares.
De acordo com o prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB), a prefeitura desapropriou todos os terrenos no entorno do teatro para preservar a região, atrair público e garantir a qualidade do próprio espaço. Após a inauguração, o teatro será aberto a visitas públicas gratuitas e monitoradas.
Ao longo desses dez anos, a obra sofreu várias paralisações. Papa afirmou que a reinauguração do Teatro Coliseu significa o resgate da "alma santista".
Para administrar o local, a idéia é estabelecer uma parceria com uma organização social, que será supervisionada pela prefeitura.
O processo de desapropriação do Coliseu teve início no mandato da ex-prefeita petista Telma de Souza (1989-1992), que declarou o prédio de utilidade pública.
Seu sucessor, o também petista Davi Capistrano (1993-1996), assinou o ato de desapropriação e fez um acordo com o proprietário para pagamento parcelado.
O prefeito seguinte, Beto Mansur (1997-2004), do PP, pagou o restante concluindo o processo de desapropriação.
Também dentro das comemorações do aniversário de Santos, foi entregue ontem à população o primeiro bonde português doado pela cidade do Porto.
O veículo foi totalmente restaurado e colocado em funcionamento na linha turística do centro histórico. Até amanhã, o passeio será gratuito. Na sexta-feira, volta a custar R$ 0,50.
Papa quer colocar em funcionamento o Museu Vivo do Bonde, com bondes de várias partes do mundo em atividade nessa linha turística.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre restauração de edifícios
Termina restauração de teatro Coliseu, em Santos
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da Agência Folha, em Santos
Após dez anos de obras e R$ 20 milhões em investimentos, o Teatro Coliseu será reinaugurado na quarta-feira em Santos, no litoral de São Paulo (85 km a sudeste da capital), dentro das comemorações dos 460 anos da cidade.
Antes de ser transformado em cinema pornô, cartório e farmácia, o Coliseu, inaugurado em 1924, serviu de palco para grandes companhias que trouxeram a Santos artistas de renome como Procópio Ferreira, Cacilda Becker, Grande Otelo e Oscarito.
A decadência do teatro veio na década de 70, com a degradação do Centro da cidade. O palco, as coxias, os camarins e o teto do teatro Coliseu foram praticamente destruídos nessa época.
O projeto de restauração manteve as características originais. Foram restaurados palco, foyer, camarotes, afrescos e pintura. Paralelamente, o projeto modernizou alguns aspectos do local.
Foi instalado, por exemplo, sistema de ar condicionado, dez novos camarins, lugares para portadores de necessidades especiais e elevadores. Ao todo, serão aproximadamente 1.200 lugares.
De acordo com o prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB), a prefeitura desapropriou todos os terrenos no entorno do teatro para preservar a região, atrair público e garantir a qualidade do próprio espaço. Após a inauguração, o teatro será aberto a visitas públicas gratuitas e monitoradas.
Ao longo desses dez anos, a obra sofreu várias paralisações. Papa afirmou que a reinauguração do Teatro Coliseu significa o resgate da "alma santista".
Para administrar o local, a idéia é estabelecer uma parceria com uma organização social, que será supervisionada pela prefeitura.
O processo de desapropriação do Coliseu teve início no mandato da ex-prefeita petista Telma de Souza (1989-1992), que declarou o prédio de utilidade pública.
Seu sucessor, o também petista Davi Capistrano (1993-1996), assinou o ato de desapropriação e fez um acordo com o proprietário para pagamento parcelado.
O prefeito seguinte, Beto Mansur (1997-2004), do PP, pagou o restante concluindo o processo de desapropriação.
Também dentro das comemorações do aniversário de Santos, foi entregue ontem à população o primeiro bonde português doado pela cidade do Porto.
O veículo foi totalmente restaurado e colocado em funcionamento na linha turística do centro histórico. Até amanhã, o passeio será gratuito. Na sexta-feira, volta a custar R$ 0,50.
Papa quer colocar em funcionamento o Museu Vivo do Bonde, com bondes de várias partes do mundo em atividade nessa linha turística.
Especial
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