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19/02/2006 - 11h25

Bombeiros atendem 600 e dizem que show dos Stones foi um "inferno"

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da Folha Online

O Corpo de Bombeiros realizou cerca de 600 atendimentos durante o show dos Rolling Stones, realizado ontem à noite na praia de Copacabana, na zona sul do Rio. O coronel Marcos Silva, subcomandante-geral dos Bombeiros, disse que 90% dos casos era de "coma alcoólico".

"Foi um inferno. Com "i" maiúsculo. Ninguém sabe o que é ter de fazer um atendimento e não conseguir passar pelo meio da multidão", disse Silva se referindo ao público de 1,3 milhão de pessoas que assistiu ao show na praia de Copacabana.

18.fev.2006/Efe
Foto aérea mostra a praia de Copacabana pouco antes do show dos Rollings Stones
Segundo ele, os bombeiros passaram a noite toda "carregando gente desmaiada" em macas. "O pessoal está arrebentado. Nunca carreguei tanta maca nas costas."

O levantamento dos bombeiros inclui ainda 28 afogamentos, um parto, um atropelamento e três pessoas esfaqueadas. A Polícia Militar, por sua vez, registrou apenas um caso de esfaqueamento.

Os bombeiros também tiveram de resgatar quatro pessoas que estavam numa embarcação do tipo catamarã --batizado de Kamarada--, que virou durante a apresentação do grupo.

Segundo o coronel Silva, o casco do barco estava em mau estado e nenhum dos tripulantes usava colete. Os quatro foram resgatados por uma lancha dos bombeiros.

Polícia Militar

A Polícia Militar, por sua vez, registrou apenas 200 ocorrências durante o show dos Rolling Stones. Segundo a PM, nenhum dos casos foi considerado grave.

As ocorrências de menor gravidade foram registradas no próprio local, que contava com um juizado especial (Jecrim). Não foi divulgado o perfil das ocorrências.

Até a meia-noite, a Polícia Civil havia feito 50 ocorrências, sendo 33 por furto e seis por uso ou porte de drogas. Não foi informado se houve prisões ou detenções.

Pouco antes do início do show, houve um pequeno tumulto próximo ao alambrado que separava o público da área VIP. Algumas pessoas tentaram forçar a grade, o que levou a PM e seguranças a agir. A confusão foi rápida e não deixou feridos.

Tráfego

A promotora de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, Denise Tarim, vai pedir um relatório de esclarecimento a todos os órgãos públicos envolvidos na realização do show. Ela reprovou a atuação da CET-Rio e afirmou que "Copacabana ficou um caos".

Segundo a promotora, não houve cumprimento das normas acordadas. "Não havia linhas expressas para salvamento". Ela afirmou que ambulâncias, por exemplo, ficaram presas no trânsito pesado da região. Ela ainda criticou a livre atuação dos vendedores ambulantes, o que estava proibido na avenida Atlântica. Afirmou ainda que vai acionar a Capitania dos Portos porque havia mais embarcações do que acertado anteriormente, o que dificultava a fiscalização.

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