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08/03/2006
-
17h29
SÉRGIO RIPARDO
Editor de Ilustrada da Folha Online
A CPO (Companhia Paulista de Outdoors) foi a responsável pela retirada dos outdoors que exibiam a imagem de um beijo gay, e não a Prefeitura de São Paulo. A informação é do secretário das Subprefeituras, Walter Feldman. Ele nega que a prefeitura tenha exigido a retirada dos cartazes com ameaça de endurecer a fiscalização contra o setor.
"Não houve interferência. Não constrangemos ninguém. Não avaliamos o mérito da placa. Isso é uma questão de costumes. Cabe à sociedade avaliar. Apenas verificamos se as placas da cidade estão regulares, se estão dentro da lei", disse Feldman à Folha Online.
Os outdoors exibiam a imagem de dois homens sem camisa, se beijando. Os cartazes foram desenvolvidos pela agência Emigê para a marca Affair, da empresa DKT do Brasil. Em São Paulo, os outdoors foram colocados em pontos das ruas Augusta, Frei Caneca, Martins Fontes, além das avenidas Indianópolis e Rebouças com Dr. Arnaldo, perto da Paulista.
Feldman confirmou que entrou em contato com o presidente do Sindicato das Empresas de Publicidade Externa do Estado de São Paulo, Júlio Albieri Neto, para tratar do caso. O secretário disse também que soube que o Conar (Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária) recebeu queixas considerando o anúncio "inadequado".
"Não notificamos. Não reprimimos. Não multamos. Foi um caso de autoregulamentação do setor de mídia externa. Os empresários estão atentos a esse tipo de problema", disse Feldman.
Ele relacionou os aspectos técnicos exigidos por lei das empresas de outdoors, como a distância entre os cartazes, o tamanho e o material de fabricação das placas --critérios que visam, segundo o secretário, garantir a segurança desse tipo de mídia.
Segundo Feldman, há um convênio do município com o sindicato do setor para a retirada de mil placas irregulares existentes na cidade. Ele afirmou que o caso não tem nada a ver com o episódio da retirada dos outdoors de boates em setembro passado, durante a temporada da Fórmula 1 na cidade, quando críticos do prefeito José Serra (PSDB) chegaram a acusá-lo de incentivar ações conservadores e moralistas.
Não é a primeira vez que a prefeitura se envolve em casos de interesse da comunidade homossexual. No mês passado, a prefeitura fechou a casa noturna Atari Club, que era freqüentada pelo público GLS, alegando falta de alvará, enquanto o dono do clube declarou que se tratava de uma medida homofóbica.
Procurada pela reportagem, a CPO (Companhia Paulista de Outdoor), empresa dona dos outdoors, ainda não se manifestou sobre o caso. Foi informado que a pessoa responsável pela área de marketing da empresa não foi trabalhar hoje. Já o anunciante vai pedir explicações à CPO, apresentar sua defesa ao Conar e substituir a campanha, imprimindo uma nova imagem (ainda não divulgada).
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A CPO (Companhia Paulista de Outdoors) foi a responsável pela retirada dos outdoors que exibiam a imagem de um beijo gay, e não a Prefeitura de São Paulo. A informação é do secretário das Subprefeituras, Walter Feldman. Ele nega que a prefeitura tenha exigido a retirada dos cartazes com ameaça de endurecer a fiscalização contra o setor.
Divulgação |
Beijo gay sai e entra anúncio de novela da Record na av. Sumaré/Heitor Penteado |
Os outdoors exibiam a imagem de dois homens sem camisa, se beijando. Os cartazes foram desenvolvidos pela agência Emigê para a marca Affair, da empresa DKT do Brasil. Em São Paulo, os outdoors foram colocados em pontos das ruas Augusta, Frei Caneca, Martins Fontes, além das avenidas Indianópolis e Rebouças com Dr. Arnaldo, perto da Paulista.
Feldman confirmou que entrou em contato com o presidente do Sindicato das Empresas de Publicidade Externa do Estado de São Paulo, Júlio Albieri Neto, para tratar do caso. O secretário disse também que soube que o Conar (Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária) recebeu queixas considerando o anúncio "inadequado".
"Não notificamos. Não reprimimos. Não multamos. Foi um caso de autoregulamentação do setor de mídia externa. Os empresários estão atentos a esse tipo de problema", disse Feldman.
Ele relacionou os aspectos técnicos exigidos por lei das empresas de outdoors, como a distância entre os cartazes, o tamanho e o material de fabricação das placas --critérios que visam, segundo o secretário, garantir a segurança desse tipo de mídia.
Segundo Feldman, há um convênio do município com o sindicato do setor para a retirada de mil placas irregulares existentes na cidade. Ele afirmou que o caso não tem nada a ver com o episódio da retirada dos outdoors de boates em setembro passado, durante a temporada da Fórmula 1 na cidade, quando críticos do prefeito José Serra (PSDB) chegaram a acusá-lo de incentivar ações conservadores e moralistas.
Não é a primeira vez que a prefeitura se envolve em casos de interesse da comunidade homossexual. No mês passado, a prefeitura fechou a casa noturna Atari Club, que era freqüentada pelo público GLS, alegando falta de alvará, enquanto o dono do clube declarou que se tratava de uma medida homofóbica.
Procurada pela reportagem, a CPO (Companhia Paulista de Outdoor), empresa dona dos outdoors, ainda não se manifestou sobre o caso. Foi informado que a pessoa responsável pela área de marketing da empresa não foi trabalhar hoje. Já o anunciante vai pedir explicações à CPO, apresentar sua defesa ao Conar e substituir a campanha, imprimindo uma nova imagem (ainda não divulgada).
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