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13/03/2006
-
09h12
da Folha Online
da Folha de S.Paulo, no Rio
Depois de dez dias ocupando morros e favelas do Rio e sem obter sucesso na localização dos dez fuzis FAL e de uma pistola roubados de um quartel, o Exército começou no domingo (12) a reduzir o número de soldados em buscas das armas. O Comando Militar do Leste não informou em quais localidades os militares atuam nesta segunda-feira e afirma que as ações passaram a ser mais seletivas e pontuais.
A retirada das tropas foi motivada pela mudança no perfil da operação e pelo fim do prazo dos mandados de busca e apreensão.
Cerca de 500 homens deixaram ontem os morros da Providência, da Mangueira e do Complexo do Alemão. A saída na Providência, onde a troca de tiros estava intensa nos últimos dias, foi comemorada com queima de fogos por traficantes no meio da tarde.
Também no domingo, o momento de maior tensão para as tropas foi na favela do Metral, em Bangu (zona oeste). Dois traficantes que estavam numa laje, armados de fuzil, atiraram contra os militares, por volta das 2h30. No morro da Providência, na zona portuária do Rio, moradores contaram que houve disparos para o alto entre 5h20 e 5h40. Caixas d'água no alto da favela estão furadas. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) negou que haja furos nelas.
No decorrer do dia, o clima foi de tranqüilidade na Providência. Os militares foram menos rigorosos nas revistas e entregaram panfletos pedindo a colaboração da comunidade com informações sobre o paradeiro das armas.
O acesso das vans que fazem transporte alternativo foi liberado até o alto da favela. Apesar da aparente calma, uma padaria, após três dias fechada, funciona com meia porta aberta. Uma missa que ocorreria às 8h, na igreja Nossa Senhora da Penha, foi suspensa. Por volta de 13h30, os soldados começaram a se recolher na Providência e saíram sob vaias. Na Mangueira, onde as tropas também se retiraram, houve grande movimento no local conhecido como Buraco Quente, onde existe venda de drogas.
Operação
Com a mudança, a operação deve perder a característica de "presença maciça" em áreas da cidade. O Exército afirma que os trabalhos terminarão apenas quando as armas forem encontradas.
Moradores acusaram os militares de violência. De acordo com o Comando Militar do Leste, os casos relatados serão apurados.
Militares e criminosos entraram em confrontos em diversas ocasiões, desde o início da operação. O mais intenso ocorreu no último dia 10, quando quatro pessoas ficaram feridas no morro da Providência, entre elas um bebê.
No dia 6, um rapaz de 16 anos foi atingido por um tiro e morreu no morro do Pinto, enquanto observava a ocupação no vizinho morro da Providência.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada do dia 3, uma sexta-feira. Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam e agrediram soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
No total, dez morros e favelas foram ocupados pelo Exército desde o dia 4.
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Depois de dez dias ocupando morros e favelas do Rio e sem obter sucesso na localização dos dez fuzis FAL e de uma pistola roubados de um quartel, o Exército começou no domingo (12) a reduzir o número de soldados em buscas das armas. O Comando Militar do Leste não informou em quais localidades os militares atuam nesta segunda-feira e afirma que as ações passaram a ser mais seletivas e pontuais.
A retirada das tropas foi motivada pela mudança no perfil da operação e pelo fim do prazo dos mandados de busca e apreensão.
Cerca de 500 homens deixaram ontem os morros da Providência, da Mangueira e do Complexo do Alemão. A saída na Providência, onde a troca de tiros estava intensa nos últimos dias, foi comemorada com queima de fogos por traficantes no meio da tarde.
Também no domingo, o momento de maior tensão para as tropas foi na favela do Metral, em Bangu (zona oeste). Dois traficantes que estavam numa laje, armados de fuzil, atiraram contra os militares, por volta das 2h30. No morro da Providência, na zona portuária do Rio, moradores contaram que houve disparos para o alto entre 5h20 e 5h40. Caixas d'água no alto da favela estão furadas. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) negou que haja furos nelas.
No decorrer do dia, o clima foi de tranqüilidade na Providência. Os militares foram menos rigorosos nas revistas e entregaram panfletos pedindo a colaboração da comunidade com informações sobre o paradeiro das armas.
O acesso das vans que fazem transporte alternativo foi liberado até o alto da favela. Apesar da aparente calma, uma padaria, após três dias fechada, funciona com meia porta aberta. Uma missa que ocorreria às 8h, na igreja Nossa Senhora da Penha, foi suspensa. Por volta de 13h30, os soldados começaram a se recolher na Providência e saíram sob vaias. Na Mangueira, onde as tropas também se retiraram, houve grande movimento no local conhecido como Buraco Quente, onde existe venda de drogas.
Operação
Com a mudança, a operação deve perder a característica de "presença maciça" em áreas da cidade. O Exército afirma que os trabalhos terminarão apenas quando as armas forem encontradas.
Moradores acusaram os militares de violência. De acordo com o Comando Militar do Leste, os casos relatados serão apurados.
Militares e criminosos entraram em confrontos em diversas ocasiões, desde o início da operação. O mais intenso ocorreu no último dia 10, quando quatro pessoas ficaram feridas no morro da Providência, entre elas um bebê.
No dia 6, um rapaz de 16 anos foi atingido por um tiro e morreu no morro do Pinto, enquanto observava a ocupação no vizinho morro da Providência.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada do dia 3, uma sexta-feira. Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam e agrediram soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
No total, dez morros e favelas foram ocupados pelo Exército desde o dia 4.
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