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17/03/2006
-
09h28
SERGIO TORRES
da Folha de S.Paulo, no Rio
Os oficiais do Exército que comandaram as investigações sobre o roubo das armas de um quartel no Rio terão que prestar esclarecimentos ao Ministério Público Militar, que irá investigar a informação de que, para reaver a pistola e os fuzis, integrantes do CML (Comando Militar do Leste) fizeram um acordo com a facção criminosa CV (Comando Vermelho).
Um dos representantes do Ministério Público Militar no IPM (Inquérito Policial Militar), o promotor Antônio Carlos Facuri disse ontem, por meio da assessoria de imprensa do órgão, que a negociação entre integrantes do Exército e do CV será investigada.
O acordo entre militares e traficantes foi revelado anteontem pela Folha. O promotor não quis dar entrevista, mas autorizou que a assessoria divulgasse que investigará se houve a negociação.
De acordo com o que a Folha apurou, o Exército se comprometia, pelo acordo, a deixar no fim de semana as favelas controladas pela facção, o que ocorreu, e a divulgar que as armas haviam sido achadas numa comunidade controlada pela facção ADA (Amigo dos Amigos), adversária do CV. O Exército também intermediaria a transferência de um preso.
Para honrar o compromisso, na terça-feira o Exército ocupou a Rocinha, onde os traficantes são da ADA, embora as armas estivessem com o CML desde o domingo anterior.
O general Hélio Chagas de Macedo Júnior, chefe do Estado-Maior do CML, voltou a negar que o CML tenha feito o acordo.
Anteontem, dois ex-militares foram presos sob a acusação de participar do roubo ao quartel.
Para esclarecer a questão, Facuri pretende interrogar os oficiais que representaram o CML na força-tarefa constituída pelo Exército e pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio. A força-tarefa tinha o objetivo de apurar o roubo das armas do quartel do ECT (Estabelecimento Central de Transporte), em São Cristóvão (zona norte).
O Ministério Público Militar não respondeu se entre esses oficiais estarão os generais Domingos Curado, comandante militar do Leste, e Hélio Chagas de Macedo Júnior. As investigações do Ministério Público Militar deverão começar na próxima semana, quando está prevista a conclusão do inquérito pelo CML.
Ontem, a Justiça Militar determinou que a Polícia Federal faça a perícia nos dez fuzis e na pistola apresentados pelo Exército para atestar se são as armas roubadas do quartel.
Operações
Tão cedo não haverá nas favelas cariocas operações militares do porte das ocorridas até terça-feira passada, afirmou ontem o chefe do Estado-Maior do CML.
O general Macedo Júnior afirmou que o Exército só voltará às favelas se for preciso realizar prisões. "Serão ações muito pontuais. Se for necessário prender alguém em áreas de risco, as ações terão uma maior envergadura. Mas não como na semana passada", disse ele.
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Os oficiais do Exército que comandaram as investigações sobre o roubo das armas de um quartel no Rio terão que prestar esclarecimentos ao Ministério Público Militar, que irá investigar a informação de que, para reaver a pistola e os fuzis, integrantes do CML (Comando Militar do Leste) fizeram um acordo com a facção criminosa CV (Comando Vermelho).
Um dos representantes do Ministério Público Militar no IPM (Inquérito Policial Militar), o promotor Antônio Carlos Facuri disse ontem, por meio da assessoria de imprensa do órgão, que a negociação entre integrantes do Exército e do CV será investigada.
Flávio Florido/Folha Imagem |
Exército apresenta armas recuperadas no Rio de Janeiro |
De acordo com o que a Folha apurou, o Exército se comprometia, pelo acordo, a deixar no fim de semana as favelas controladas pela facção, o que ocorreu, e a divulgar que as armas haviam sido achadas numa comunidade controlada pela facção ADA (Amigo dos Amigos), adversária do CV. O Exército também intermediaria a transferência de um preso.
Para honrar o compromisso, na terça-feira o Exército ocupou a Rocinha, onde os traficantes são da ADA, embora as armas estivessem com o CML desde o domingo anterior.
O general Hélio Chagas de Macedo Júnior, chefe do Estado-Maior do CML, voltou a negar que o CML tenha feito o acordo.
Anteontem, dois ex-militares foram presos sob a acusação de participar do roubo ao quartel.
Para esclarecer a questão, Facuri pretende interrogar os oficiais que representaram o CML na força-tarefa constituída pelo Exército e pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio. A força-tarefa tinha o objetivo de apurar o roubo das armas do quartel do ECT (Estabelecimento Central de Transporte), em São Cristóvão (zona norte).
O Ministério Público Militar não respondeu se entre esses oficiais estarão os generais Domingos Curado, comandante militar do Leste, e Hélio Chagas de Macedo Júnior. As investigações do Ministério Público Militar deverão começar na próxima semana, quando está prevista a conclusão do inquérito pelo CML.
Ontem, a Justiça Militar determinou que a Polícia Federal faça a perícia nos dez fuzis e na pistola apresentados pelo Exército para atestar se são as armas roubadas do quartel.
Operações
Tão cedo não haverá nas favelas cariocas operações militares do porte das ocorridas até terça-feira passada, afirmou ontem o chefe do Estado-Maior do CML.
O general Macedo Júnior afirmou que o Exército só voltará às favelas se for preciso realizar prisões. "Serão ações muito pontuais. Se for necessário prender alguém em áreas de risco, as ações terão uma maior envergadura. Mas não como na semana passada", disse ele.
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