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17/03/2006
-
12h13
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
O Ministério Público Militar investiga o envolvimento de cinco civis no roubo do armamento do Exército no último dia 3, no Rio. O ex-cabo do Exército Joelson Basílio da Silva, 23, e o ex-soldado do Exército Carlos Leandro de Souza, 22, tiveram a prisão temporária decretada.
Em seu depoimento, o cabo Silva declarou que os cinco homens moram na favela Nova Brasília, no complexo do Alemão, onde o tráfico de drogas seria dominado pelo CV (Comando Vermelho).
Na última quarta-feira, a Folha revelou que os dez fuzis e a pistola roubados só foram recuperados pelo Exército depois de um acordo com o CV.
O Exército se comprometeu a deixar as favelas ocupadas e em troca recebeu o armamento de volta, mas declarou oficialmente que as armas foram localizadas próximo à Rocinha, onde o tráfico é controlado pela facção ADA (Amigos dos Amigos), rival do CV. O acordo também será investigado pelo Ministério Público Militar.
Uma investigação do Exército mostra que um militar da ativa participou do roubo. Ele fazia parte da guarda do quartel na ocasião do crime.
Armas
Na quinta-feira (16), dois dias após a suposta recuperação das armas em uma trilha em São Conrado, o Comando Militar Leste informou que militares do serviço de inteligência foram os responsáveis pela localização das armas. Antes, o Exército se negava a dar detalhes sobre a forma como as armas foram recuperadas.
Segundo o general Hélio Chagas de Macedo Júnior, chefe do Estado-Maior, os militares chegaram ao local em carros descaracterizados e vestidos com roupas comuns. No dia da apresentação das armas, ele havia dito que o Exército e a PM tinham participado da recuperação.
Como a Folha revelou ontem, não houve registro de movimentação militar na região na terça-feira passada. A câmera de segurança do imóvel da Universidade Candido Mendes na estrada das Canoas, a 1,5 km da trilha, não filmou a passagem de carros e pessoal do Exército no local no horário (18h15) em que o Exército anunciou ter achado o armamento. Pessoas que moram e trabalham na região também afirmaram que não houve movimentação do Exército ou da PM no local.
Roubo
Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam e agrediram soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
Confrontos
Os militares ocuparam, no total, 11 morros ou favelas do Rio desde o roubo das armas --no último dia 3. Na ocasião, sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar. Durante os trabalhos, confrontos entre os militares e criminosos foram freqüentes. O mais intenso ocorreu no último dia 10, quando quatro pessoas ficaram feridas no morro da Providência, entre elas um bebê.
No dia 6, um rapaz de 16 anos foi atingido por um tiro e morreu no morro do Pinto, enquanto observava a ocupação no vizinho morro da Providência.
No dia 13, o Exército iniciou a segunda fase da operação. Os militares saíram dos morros e favelas e foram priorizadas ações mais seletivas e pontuais.
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da Folha de S.Paulo
O Ministério Público Militar investiga o envolvimento de cinco civis no roubo do armamento do Exército no último dia 3, no Rio. O ex-cabo do Exército Joelson Basílio da Silva, 23, e o ex-soldado do Exército Carlos Leandro de Souza, 22, tiveram a prisão temporária decretada.
Em seu depoimento, o cabo Silva declarou que os cinco homens moram na favela Nova Brasília, no complexo do Alemão, onde o tráfico de drogas seria dominado pelo CV (Comando Vermelho).
Flávio Florido/Folha Imagem |
Exército apresenta armas recuperadas no Rio de Janeiro |
O Exército se comprometeu a deixar as favelas ocupadas e em troca recebeu o armamento de volta, mas declarou oficialmente que as armas foram localizadas próximo à Rocinha, onde o tráfico é controlado pela facção ADA (Amigos dos Amigos), rival do CV. O acordo também será investigado pelo Ministério Público Militar.
Uma investigação do Exército mostra que um militar da ativa participou do roubo. Ele fazia parte da guarda do quartel na ocasião do crime.
Armas
Na quinta-feira (16), dois dias após a suposta recuperação das armas em uma trilha em São Conrado, o Comando Militar Leste informou que militares do serviço de inteligência foram os responsáveis pela localização das armas. Antes, o Exército se negava a dar detalhes sobre a forma como as armas foram recuperadas.
Segundo o general Hélio Chagas de Macedo Júnior, chefe do Estado-Maior, os militares chegaram ao local em carros descaracterizados e vestidos com roupas comuns. No dia da apresentação das armas, ele havia dito que o Exército e a PM tinham participado da recuperação.
Como a Folha revelou ontem, não houve registro de movimentação militar na região na terça-feira passada. A câmera de segurança do imóvel da Universidade Candido Mendes na estrada das Canoas, a 1,5 km da trilha, não filmou a passagem de carros e pessoal do Exército no local no horário (18h15) em que o Exército anunciou ter achado o armamento. Pessoas que moram e trabalham na região também afirmaram que não houve movimentação do Exército ou da PM no local.
Roubo
Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam e agrediram soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
Confrontos
Os militares ocuparam, no total, 11 morros ou favelas do Rio desde o roubo das armas --no último dia 3. Na ocasião, sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar. Durante os trabalhos, confrontos entre os militares e criminosos foram freqüentes. O mais intenso ocorreu no último dia 10, quando quatro pessoas ficaram feridas no morro da Providência, entre elas um bebê.
No dia 6, um rapaz de 16 anos foi atingido por um tiro e morreu no morro do Pinto, enquanto observava a ocupação no vizinho morro da Providência.
No dia 13, o Exército iniciou a segunda fase da operação. Os militares saíram dos morros e favelas e foram priorizadas ações mais seletivas e pontuais.
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