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22/03/2006 - 09h13

Criminosos tentaram invadir Base Aérea

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RAPHAEL GOMIDE
da Folha de S.Paulo, no Rio

A megaoperação do Exército no Rio não diminuiu a ousadia de criminosos nem impediu novas tentativas de roubos de armas em instalações militares. No sábado, 11 de março, oitavo dia de ocupação de favelas da cidade por tropas, a Base Aérea de Santa Cruz sofreu uma tentativa de invasão de criminosos que procuravam armamento.

Aparentemente, a estratégia do Exército de demonstrar poder para prevenir futuras invasões não funcionou para a co-irmã. A Base Aérea é uma das maiores unidades da Aeronáutica no Rio e já foi alvo de furto de dois fuzis em 2004.

Seis pessoas armadas --duas com fuzis e quatro com pistolas-- tentaram entrar na base no sábado, com roupas camufladas. "Imediatamente foram detectados pela equipe de vigilância daquela base, que acionou o pelotão de defesa, comandado pelo oficial de dia", informou a assessoria de comunicação do 3º Comar (Comando Aéreo Regional) da Força Aérea Brasileira (FAB).

Foram rechaçadas pelas sentinelas. Houve intensa troca de tiros. A assessoria de comunicação da FAB informou que o incidente aconteceu às 17h de sábado. Moradores da Base Aérea e militares ouvidos pela Folha disseram que a ação ocorreu de madrugada.

Segundo a FAB, quando o pelotão de defesa solicitou identificação aos criminosos, os militares foram alvejados. Iniciou-se aí o tiroteio e os seis invasores fugiram. Não houve feridos.

Um morador das proximidades chegou a ser detido, segundo militares da base, pois os criminosos teriam entrado na base pelo quintal de sua casa.

De acordo com o relato de moradores da base e de militares, a invasão ocorreu pelos fundos da base, próximo a uma localidade conhecida como Lagoa Azul.

Perdas

A Força Aérea Brasileira é, das três forças, a que mais tem perdido armas para o crime organizado. Em maio de 2004, 22 fuzis HK-33, uma pistola calibre 9 milímetros, quatro carregadores de fuzil e coletes à prova de balas foram roubados de um depósito da Aeronáutica na avenida Brasil, na altura de Bonsucesso (zona norte do Rio). Cinco homens armados foram os autores do roubo. Apenas um fuzil foi recuperado.

A FAB teve ao menos 99 armas roubadas ou desviadas entre os anos de 1998 e 2006. Apesar disso, ao menos 40 armas, de calibres diversos, já recuperadas pelas polícias Civil e Militar em operações junto ao crime organizado, ainda não foram recolhidas pela Aeronáutica e a Marinha na Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos (Dfae) da Polícia Civil.

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