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15/04/2006
-
16h56
FÁBIO AMATO
da Agência Folha
Uma mulher de 29 anos teve o útero retirado por engano em um hospital de Santa Maria de Jetibá (76 km de Vitória-ES), onde havia se internado para uma cirurgia no intestino.
O Hospital Beneficente de Santa Maria de Jetibá, onde aconteceu o caso, informou que abriu uma sindicância para apurar as responsabilidades pelo erro médico.
A vítima, Maria Helena Zibel, se internou na segunda-feira (10). O objetivo era realizar uma fistulectomia (retirada de uma fístula, espécie de furúnculo ou infecção, na região anal). Ao invés disso, teve o útero retirado.
O diretor-clínico do hospital, Isac Souza Franca, que é anestesiologista e participou da cirurgia realizada em Zibel, atribuiu o erro a uma "sucessão de mal-entendidos."
De acordo com ele, naquela unidade, os médicos se orientam por meio de um mural, no qual são escritos os procedimentos a serem realizados pelos médicos.
"No momento de passar o que estava escrito no prontuário da paciente para o mural, a enfermeira se confundiu. Ao invés de escrever fistulectomia, escreveu histerectomia (procedimento cirúrgico para retirada do útero)", disse.
Franca não atribui toda a responsabilidade do erro a enfermeira, que foi punida com uma suspensão de três dias, mas agora já voltou a trabalhar.
Ele disse que um relatório sobre a sindicância será encaminhado ao CRM (Conselho Regional de Medicina) que deverá decidir que atitude tomar.
O médico que operou a paciente, Lourival Berger, 58, cirurgião há 31 anos e há seis anos atuando no hospital beneficente, nega que tenha havido erro médico.
"Foi um problema de ortografia. Não houve erro médico propriamente dito. A cirurgia realizada na paciente foi perfeita, apenas não era a cirurgia que deveria ter sido feita", disse.
Segundo ele, não havia nenhum documento ou prontuário da paciente que pudesse ser consultado e, assim, evitar o erro. Berger também confirmou que Zibel passou por duas consultas com ele antes da cirurgia, mas que não a reconheceu, e que aquela foi a quarta operação que realizou no dia.
"O mural sempre foi nosso único indicativo. É uma falha na comunicação interna, mas que a direção do hospital nunca se preocupou em solucionar."
A reportagem não conseguiu localizar Maria Helena Zibel.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre erro médico
Médico retira útero de mulher por engano
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da Agência Folha
Uma mulher de 29 anos teve o útero retirado por engano em um hospital de Santa Maria de Jetibá (76 km de Vitória-ES), onde havia se internado para uma cirurgia no intestino.
O Hospital Beneficente de Santa Maria de Jetibá, onde aconteceu o caso, informou que abriu uma sindicância para apurar as responsabilidades pelo erro médico.
A vítima, Maria Helena Zibel, se internou na segunda-feira (10). O objetivo era realizar uma fistulectomia (retirada de uma fístula, espécie de furúnculo ou infecção, na região anal). Ao invés disso, teve o útero retirado.
O diretor-clínico do hospital, Isac Souza Franca, que é anestesiologista e participou da cirurgia realizada em Zibel, atribuiu o erro a uma "sucessão de mal-entendidos."
De acordo com ele, naquela unidade, os médicos se orientam por meio de um mural, no qual são escritos os procedimentos a serem realizados pelos médicos.
"No momento de passar o que estava escrito no prontuário da paciente para o mural, a enfermeira se confundiu. Ao invés de escrever fistulectomia, escreveu histerectomia (procedimento cirúrgico para retirada do útero)", disse.
Franca não atribui toda a responsabilidade do erro a enfermeira, que foi punida com uma suspensão de três dias, mas agora já voltou a trabalhar.
Ele disse que um relatório sobre a sindicância será encaminhado ao CRM (Conselho Regional de Medicina) que deverá decidir que atitude tomar.
O médico que operou a paciente, Lourival Berger, 58, cirurgião há 31 anos e há seis anos atuando no hospital beneficente, nega que tenha havido erro médico.
"Foi um problema de ortografia. Não houve erro médico propriamente dito. A cirurgia realizada na paciente foi perfeita, apenas não era a cirurgia que deveria ter sido feita", disse.
Segundo ele, não havia nenhum documento ou prontuário da paciente que pudesse ser consultado e, assim, evitar o erro. Berger também confirmou que Zibel passou por duas consultas com ele antes da cirurgia, mas que não a reconheceu, e que aquela foi a quarta operação que realizou no dia.
"O mural sempre foi nosso único indicativo. É uma falha na comunicação interna, mas que a direção do hospital nunca se preocupou em solucionar."
A reportagem não conseguiu localizar Maria Helena Zibel.
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