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15/04/2006 - 23h53

Chuva coloca 16 cidades em situação de emergência no Pará

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da Folha Online
da Agência Folha

As fortes chuvas que atingiram o Pará nos últimos dias colocaram em situação de emergência 16 cidades no oeste do Estado. Nessas localidades, faltam comida, água potável e medicamentos para cerca de 116 mil pessoas afetadas pelas enchentes. Oito pessoas morreram.

A Defesa Civil está preocupada com possíveis epidemias que chegam com as enchentes, como diarréia, leptospirose e hepatite. Os desabrigados necessitam, com urgência, de 8.032 cestas básicas.

A previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) é que continuará chovendo no Estado nos próximos dois dias.

A situação é crítica em Almeirim, que precisa de 1.775 cestas básicas. Há, na cidade, ao menos 10 mil pessoas afetadas por enchentes. A cidade já registrou três mortes nos últimos dias. Foram duas crianças, uma de três anos e outra de dez meses, e um homem de 74 anos.

As inundações são provocadas pelo transbordamento dos rios Tapajós (oeste), Xingu (centro), Araguaia e Tocantins (sul), que estão acima do nível máximo.

Estão sob o decreto de emergência Anapu, Tucumã, Rondon do Pará, Porto de Moz, Almeirim, Parauapebas, Água Azul do Norte, Eldorado do Carajás, Óbidos, Marabá, Novo Progresso, Itaituba, Altamira, Prainha, Tucuruí e Monte Alegre. Portel, Itupiranga e São João do Araguaia continuam em estado de alerta.

Em todo o Estado, o número de desabrigados sobe a cada dia. Já são 5.000. Há ainda outros 14 mil desalojados.

Há dois municípios que somam quase metade dos atingidos pelas chuvas: Óbidos (com 22.135) e Eldorado do Carajás (com 23.500 pessoas afetadas). Em Marabá, 2.220 moradores já ficaram desabrigados e tiveram de sair de suas casas.

Em Eldorado do Carajás, pelo menos 600 km de estradas estão em condição precária de tráfego. Algumas pontes foram destruídas pela força das chuvas.

Cerca de 30 pessoas perderam o emprego em razão da paralisação de uma fábrica de cerâmica. Há prejuízo para os produtores de leite. As perdas chegam a 35%, o que corresponde a 120 mil litros por dia --que não conseguem ser escoados.

Há 150 técnicos do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil na operação. Um efetivo do Exército também está presente nas cidades em que há prejuízos.

De acordo com o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), nas regiões central, norte e oeste do Pará já choveu entre 100 mm e 200 mm a mais do que era previsto para todo o mês de abril (em torno de 300 mm).

Especial
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