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13/05/2006
-
21h10
da Folha Online
Mais cinco ataques que tiveram como alvos policiais, guardas municipais e agentes penitenciários ocorreram do final da tarde à noite deste sábado, em diferentes pontos do Estado de São Paulo. Desde a noite de sexta (12), foram contabilizadas 63 ações. Elas são consideradas uma resposta do PCC (Primeiro Comando da Capital) à decisão do governo do Estado de isolar líderes da facção. Os ataques deixaram ao menos 30 mortos.
O último ataque ocorreu no início da noite, em São Bernardo (Grande São Paulo). Informações preliminares apontam que uma base comunitária da GCM (Guarda Civil Metropolitana) foi alvejada por homens que seguiam em um carro. Não há informações sobre novas vítimas.
Morreram 11 PMs --três deles não estavam trabalhando--, cinco policiais civis em folga, três guardas em serviço, quatro agentes penitenciários em folga e dois civis --a namorada de um policial e uma possível vítima de bala perdida. Segundo a Secretaria da Segurança, 16 suspeitos de envolvimento nos crimes foram presos e cinco, mortos em confrontos.
Somente na cidade de São Paulo, os criminosos promoveram ao menos 31 ataques: Destes, cinco ocorreram no centro, três na zona norte, dois na zona oeste, oito na zona sul e 13 na zona leste.
Segundo o governo, as ações também ocorreram na Grande São Paulo --dois em Guarulhos, um em Santo André, um em Jandira e um em Jundiaí--, no litoral --dois no Guarujá e um em Cubatão-- e no interior --Araras, Campo Limpo Paulista, Itapira, Mogi Mirim, Ourinhos, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santa Bárbara d'Oeste e Várzea Paulista.
Também desde sexta, detentos de 24 unidades prisionais paulistas fazem uma série de rebeliões. Há reféns na maioria das unidades. Destas, 18 continuavam rebeladas às 21h.
Reação
Os ataques começaram após uma megaoperação do governo paulista que transferiu 765 presos que integram o PCC na recém-reformada penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), na quinta-feira (11), com a intenção de isolá-los.
Na sexta (12), oito homens apontados como líderes do PCC foram levados para o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), na zona norte de São Paulo. Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola.
Neste sábado, o governador Cláudio Lembo (PFL) disse que o governo sabia, na quarta (10), que as transferências trariam "conseqüências". "Pensamos em todas as possibilidades e também nos riscos que nós poderíamos correr. Mas era preciso combater o que estava ocorrendo e acontecendo."
"Nós não estamos com bravatas nem com timidez. Estamos com a segurança de quem cumpre a lei e o Estado de Direito", disse o governador.
O comandante-geral da PM, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, afirmou que a corporação estava em alerta, com equipes de prontidão, para possíveis reações. Ele disse acreditar que, devido ao alerta da polícia, o número de mortes "foi bem menor" em relação ao que poderia ocorrer.
Em entrevista que contou com a cúpula da Segurança no Estado, o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, descartou uma possível falha do governo na estratégia de isolar a liderança do PCC.
"Acho que a medida que o governo tomou era necessária, ainda que tenha ocorrido esta resposta, porque o governo tem que agir, tem que cumprir a lei e ser firme em suas ações."
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Mais cinco ataques que tiveram como alvos policiais, guardas municipais e agentes penitenciários ocorreram do final da tarde à noite deste sábado, em diferentes pontos do Estado de São Paulo. Desde a noite de sexta (12), foram contabilizadas 63 ações. Elas são consideradas uma resposta do PCC (Primeiro Comando da Capital) à decisão do governo do Estado de isolar líderes da facção. Os ataques deixaram ao menos 30 mortos.
O último ataque ocorreu no início da noite, em São Bernardo (Grande São Paulo). Informações preliminares apontam que uma base comunitária da GCM (Guarda Civil Metropolitana) foi alvejada por homens que seguiam em um carro. Não há informações sobre novas vítimas.
Morreram 11 PMs --três deles não estavam trabalhando--, cinco policiais civis em folga, três guardas em serviço, quatro agentes penitenciários em folga e dois civis --a namorada de um policial e uma possível vítima de bala perdida. Segundo a Secretaria da Segurança, 16 suspeitos de envolvimento nos crimes foram presos e cinco, mortos em confrontos.
Somente na cidade de São Paulo, os criminosos promoveram ao menos 31 ataques: Destes, cinco ocorreram no centro, três na zona norte, dois na zona oeste, oito na zona sul e 13 na zona leste.
Segundo o governo, as ações também ocorreram na Grande São Paulo --dois em Guarulhos, um em Santo André, um em Jandira e um em Jundiaí--, no litoral --dois no Guarujá e um em Cubatão-- e no interior --Araras, Campo Limpo Paulista, Itapira, Mogi Mirim, Ourinhos, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santa Bárbara d'Oeste e Várzea Paulista.
Também desde sexta, detentos de 24 unidades prisionais paulistas fazem uma série de rebeliões. Há reféns na maioria das unidades. Destas, 18 continuavam rebeladas às 21h.
Reação
Os ataques começaram após uma megaoperação do governo paulista que transferiu 765 presos que integram o PCC na recém-reformada penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), na quinta-feira (11), com a intenção de isolá-los.
Na sexta (12), oito homens apontados como líderes do PCC foram levados para o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), na zona norte de São Paulo. Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola.
Neste sábado, o governador Cláudio Lembo (PFL) disse que o governo sabia, na quarta (10), que as transferências trariam "conseqüências". "Pensamos em todas as possibilidades e também nos riscos que nós poderíamos correr. Mas era preciso combater o que estava ocorrendo e acontecendo."
"Nós não estamos com bravatas nem com timidez. Estamos com a segurança de quem cumpre a lei e o Estado de Direito", disse o governador.
O comandante-geral da PM, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, afirmou que a corporação estava em alerta, com equipes de prontidão, para possíveis reações. Ele disse acreditar que, devido ao alerta da polícia, o número de mortes "foi bem menor" em relação ao que poderia ocorrer.
Em entrevista que contou com a cúpula da Segurança no Estado, o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, descartou uma possível falha do governo na estratégia de isolar a liderança do PCC.
"Acho que a medida que o governo tomou era necessária, ainda que tenha ocorrido esta resposta, porque o governo tem que agir, tem que cumprir a lei e ser firme em suas ações."
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