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14/05/2006 - 18h19

Secretaria evita comentar supostas negociações com liderança do PCC

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da Folha Online

A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) não confirmou a realização de negociações com um dos líderes do PCC, Orlando Mota Júnior, conhecido Macarrão, para o fim das rebeliões e dos atentados coordenados pela facção.

A Folha Online apurou a suposta existência de negociações entre o dentento e a SAP, por meio da advogada do preso. O detento seria o chefe da facção criminosa na penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), para onde 765 presos foram transferidos na quinta-feira (11). Macarrão, que cumpre pena por roubo, furto, formação de quadrilha e receptação, foi transferido da penitenciária de Getulina.

A assessoria de imprensa da SAP afirmou, inicialmente, que as rebeliões nas 57 penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória) estão sendo acompanhadas e tratadas de forma individual, pelas direções de cada uma das unidades. Sobre a suposta negociação com a liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital), declarou que "a secretaria não confirma nada desse assunto". Em um segundo contato, informou que o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, só falaria após o fim das rebeliões.

A movimentação da facção criminosa começou justamente após a transferência dos presos para Presidente Venceslau. Foi uma tentativa do governo estadual de coibir as atividades do PCC. Na sexta-feira (12), oito líderes do PCC foram levados para depoimento na sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), na zona norte de São Paulo. Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, que depois foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), considerada a mais segura do país. Na unidade, ele ficará sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mais rigoroso.

Desde a sexta-feira, 64 unidades registraram rebeliões em todo o Estado. Na tarde de domingo, presos de 57 penitenciárias e CDPs permaneciam rebelados, mantendo 273 reféns. Segundo o governo do Estado, São Paulo tem 33 CDPs e 74 presídios.

Entre a noite de sexta-feira e a manhã de domingo (14), os ataques deixaram 52 pessoas mortas. Morreram 35 policiais civis, militares, integrantes de guardas metropolitanas e agentes de segurança de penitenciária, três civis --entre eles a namorada de um policial-- e 14 suspeitos de envolvimentos nos crimes. Cerca de 50 feridas: 24 PMs, cinco policiais civis, cinco guardas, dois agentes penitenciários, oito civis e seis suspeitos.

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