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15/05/2006
-
18h13
da Folha Online
O comandante-geral da PM, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, admitiu nesta segunda-feira que as forças de segurança do Estado de São Paulo estão "em guerra" contra o crime organizado, que promove uma onda de ataques e rebeliões desde sexta-feira (12), e informou que a corporação organiza uma operação de combate para a madrugada de terça (16).
De acordo com o coronel Borges, mais de 140 carros das polícias Militar e Civil deixarão, na noite desta segunda, bases para atuar em bloqueios e em vistorias que pretendem prender os responsáveis pela onda de violência.
"Estamos em guerra contra eles [os criminosos]. Vamos ter mais baixas, mas não vamos recuar", afirmou o coronel em entrevista à imprensa.
Borges criticou duramente a divulgação de boatos que contribuem para instaurar uma sensação de insegurança na população. Ele ressaltou que, apesar dos ataques a ônibus, nenhuma das ameaças de ataques contra estações de metrô e aeroportos se concretizou.
"É excelente que o pai de família saiba o que está acontecendo. Isso traz força e divulga quem são os bandidos, quais são os modus operandi, mas os internautas que espalham boatos alimentam o pânico em São Paulo." O coronel ressaltou ainda que a "grande maioria" dos ataques registrados são "contra imóveis, não contra pessoas".
Borges classificou de "totalmente infundada" a decisão de algumas lojas, empresas e entidades de ensino da cidade, que fecharam as portas mais cedo nesta segunda.
Desde sexta, foram registrados mais de 180 ataques contra forças de segurança. Mais de 80 pessoas morreram.
Ataques
A série de violência é atribuída ao PCC (Primeiro Comando da Capital), em resposta à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção.
Os criminosos promoveram o maior ataque às forças de segurança do Estado, queimaram ônibus, atacaram agências bancárias e ainda promovem uma série de rebeliões.
De acordo com o balanço parcial, desde sexta-feira, morreram 22 policiais militares, seis policiais civis, três guardas municipais, oito agentes penitenciários e quatro civis. Além deles, 38 suspeitos de ataques morreram em confrontos. Treze presos também morreram em rebeliões, elevando para 94 o número de mortes --o número não foi confirmado pela Secretaria da Administração Penitenciária.
No total, 91 suspeitos foram presos. Desde o início dos ataques, mais de 90 armas foram apreendidas.
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De acordo com o coronel Borges, mais de 140 carros das polícias Militar e Civil deixarão, na noite desta segunda, bases para atuar em bloqueios e em vistorias que pretendem prender os responsáveis pela onda de violência.
"Estamos em guerra contra eles [os criminosos]. Vamos ter mais baixas, mas não vamos recuar", afirmou o coronel em entrevista à imprensa.
Borges criticou duramente a divulgação de boatos que contribuem para instaurar uma sensação de insegurança na população. Ele ressaltou que, apesar dos ataques a ônibus, nenhuma das ameaças de ataques contra estações de metrô e aeroportos se concretizou.
"É excelente que o pai de família saiba o que está acontecendo. Isso traz força e divulga quem são os bandidos, quais são os modus operandi, mas os internautas que espalham boatos alimentam o pânico em São Paulo." O coronel ressaltou ainda que a "grande maioria" dos ataques registrados são "contra imóveis, não contra pessoas".
Borges classificou de "totalmente infundada" a decisão de algumas lojas, empresas e entidades de ensino da cidade, que fecharam as portas mais cedo nesta segunda.
Desde sexta, foram registrados mais de 180 ataques contra forças de segurança. Mais de 80 pessoas morreram.
Ataques
A série de violência é atribuída ao PCC (Primeiro Comando da Capital), em resposta à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção.
Os criminosos promoveram o maior ataque às forças de segurança do Estado, queimaram ônibus, atacaram agências bancárias e ainda promovem uma série de rebeliões.
De acordo com o balanço parcial, desde sexta-feira, morreram 22 policiais militares, seis policiais civis, três guardas municipais, oito agentes penitenciários e quatro civis. Além deles, 38 suspeitos de ataques morreram em confrontos. Treze presos também morreram em rebeliões, elevando para 94 o número de mortes --o número não foi confirmado pela Secretaria da Administração Penitenciária.
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