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19/05/2006
-
11h40
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online
As operadoras de telefonia celular começam nesta sexta-feira a bloquear o sinal perto de penitenciárias localizadas em seis municípios de São Paulo --Avaré, Presidente Venceslau, Iaras, Araraquara, São Vicente e Franco da Rocha--, conforme determinação judicial.
A medida foi tomada após a série de ataques contra as forças de segurança e rebeliões ocorridas no Estado.
Segundo a Secretaria da Segurança, serão bloqueadas as chamadas e recebimentos de ligações originadas ou destinadas aos aparelhos de celulares que estiverem próximos às penitenciárias. As seis unidades foram escolhidas após investigações e escutas telefônicas feitas pela polícia.
A medida tem prazo mínimo de 20 dias e, segundo o secretário Saulo de Castro Abreu Filho, o número de penitenciárias afetadas pode mudar, conforme o curso dos trabalhos.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) confirmou, nesta sexta, que a decisão da Justiça será cumprida --o que deve ocorrer ao longo do dia.
A Secretaria da Segurança afirma que, apesar de a medida atingir moradores de áreas próximas às unidades, ela "é importante para enfraquecer e desestabilizar os criminosos".
Onda de violência
A onda de ataques e rebeliões em São Paulo começou no último dia 12, como uma resposta do PCC (Primeiro Comando da Capital) à decisão do governo em isolar líderes da facção.
Foram atacados policiais, guardas municipais e agentes penitenciários. Como parte do movimento, presos promoveram uma onda de rebeliões que atingiu 80 unidades prisionais paulistas --na segunda-feira (15), todas as rebeliões haviam terminado.
Criminosos também incendiaram ônibus em diferentes cidades. Foram cerca de 60 apenas em São Paulo.
Desde o início da série de ataques --a maior contra as forças de segurança já ocorrida no Estado--, 107 suspeitos foram mortos pela polícia.
Outras 45 pessoas morreram: 23 policiais militares, sete policiais civis, três guardas municipais, oito agentes de segurança penitenciária e quatro civis --sendo uma namorada de um policial.
Somadas às mortes de nove detentos de penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória) ocorridas durante os motins, o total de pessoas mortas em decorrência da onda de crimes sobe para 161. Outros nove presos também teriam morrido em motins, o que elevaria o número para 170.
Segundo balanço divulgado na quinta-feira pela Secretaria da Segurança, desde o dia 12 foram registrados 293 ataques no Estado --82 a ônibus, 56 a residências de policiais, 17 a bancos e caixas eletrônicos, um à garagem de ônibus, um à estação de metrô, um à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), além de outras 135 "agressões diversas".
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Editora de Cotidiano da Folha Online
As operadoras de telefonia celular começam nesta sexta-feira a bloquear o sinal perto de penitenciárias localizadas em seis municípios de São Paulo --Avaré, Presidente Venceslau, Iaras, Araraquara, São Vicente e Franco da Rocha--, conforme determinação judicial.
A medida foi tomada após a série de ataques contra as forças de segurança e rebeliões ocorridas no Estado.
Segundo a Secretaria da Segurança, serão bloqueadas as chamadas e recebimentos de ligações originadas ou destinadas aos aparelhos de celulares que estiverem próximos às penitenciárias. As seis unidades foram escolhidas após investigações e escutas telefônicas feitas pela polícia.
A medida tem prazo mínimo de 20 dias e, segundo o secretário Saulo de Castro Abreu Filho, o número de penitenciárias afetadas pode mudar, conforme o curso dos trabalhos.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) confirmou, nesta sexta, que a decisão da Justiça será cumprida --o que deve ocorrer ao longo do dia.
A Secretaria da Segurança afirma que, apesar de a medida atingir moradores de áreas próximas às unidades, ela "é importante para enfraquecer e desestabilizar os criminosos".
Onda de violência
A onda de ataques e rebeliões em São Paulo começou no último dia 12, como uma resposta do PCC (Primeiro Comando da Capital) à decisão do governo em isolar líderes da facção.
Foram atacados policiais, guardas municipais e agentes penitenciários. Como parte do movimento, presos promoveram uma onda de rebeliões que atingiu 80 unidades prisionais paulistas --na segunda-feira (15), todas as rebeliões haviam terminado.
Criminosos também incendiaram ônibus em diferentes cidades. Foram cerca de 60 apenas em São Paulo.
Desde o início da série de ataques --a maior contra as forças de segurança já ocorrida no Estado--, 107 suspeitos foram mortos pela polícia.
Outras 45 pessoas morreram: 23 policiais militares, sete policiais civis, três guardas municipais, oito agentes de segurança penitenciária e quatro civis --sendo uma namorada de um policial.
Somadas às mortes de nove detentos de penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória) ocorridas durante os motins, o total de pessoas mortas em decorrência da onda de crimes sobe para 161. Outros nove presos também teriam morrido em motins, o que elevaria o número para 170.
Segundo balanço divulgado na quinta-feira pela Secretaria da Segurança, desde o dia 12 foram registrados 293 ataques no Estado --82 a ônibus, 56 a residências de policiais, 17 a bancos e caixas eletrônicos, um à garagem de ônibus, um à estação de metrô, um à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), além de outras 135 "agressões diversas".
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