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19/05/2006
-
20h19
da Folha Online
O prefeito de Presidente Venceslau, Ângelo César Malacrida, irá à Justiça recorrer da decisão que determinou o bloqueio do sinal de celulares nos arredores da penitenciária instalada na cidade a partir desta sexta-feira. Outras cinco cidades enfrentam o mesmo problema.
"Se tiver presídio dentro das cidades é impossível não atingir a população", admitiu nesta sexta o gerente de Regulamentação de Serviços Móveis da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Bruno Ramos.
Para o prefeito de Presidente Venceslau, a decisão é "arbitrária". Em nota, ele informou que estuda com o departamento jurídico da prefeitura um meio de "preservar o direito do cidadão venceslauense".
"Várias residências não possuem telefone fixo, e várias atividades comerciais também dependem da telefonia móvel, por isso a importância de preservar esse direito da população", disse.
Protestos
O bloqueio de celulares começou a ser estudado após uma série de ataques contra forças de segurança --a maior da história do Estado-- e uma onda de rebeliões promovidas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).
Em Presidente Venceslau há dois presídios: as penitenciárias 1 e 2. A última recebeu há uma semana 765 presos --a maioria integrantes dos primeiro e segundo escalões do PCC.
"Vou procurar [o Procon], sem dúvida. O celular é minha ferramenta de trabalho. Preciso dele para manter contato com meus clientes e revendedores. Quem vai pagar meu prejuízo ficando sem celular por 20 dias?", perguntou o vendedor autônomo Sidnei Ferreira, 29.
"Acho que todos devem procurar seus direitos mesmo. Eu, se achar que tive o mínimo prejuízo que seja, também vou", afirmou o balconista Alberto Plácido dos Santos, 21.
"A gente não pode 'pagar o pato' por mais essa. Chega! As autoridades têm é que fazer com que as cadeias sejam mais rigorosas e impedir esses abusos que acontecem. Mas a 'conta' sempre sobra para o povo mesmo", afirmou o aposentado Carlos Arruda, 61.
A secretária Muriele Pacito da Silva disse que "muitos serão prejudicados com a decisão", mas acredita que a medida, "é válida". "Creio que a população tem que entender que é necessário para combater o crime. Na verdade, alguma coisa deveria ter sido feita há muito tempo."
Com Agência Folha
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Prefeito de Presidente Venceslau recorrerá do bloqueio de celulares
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O prefeito de Presidente Venceslau, Ângelo César Malacrida, irá à Justiça recorrer da decisão que determinou o bloqueio do sinal de celulares nos arredores da penitenciária instalada na cidade a partir desta sexta-feira. Outras cinco cidades enfrentam o mesmo problema.
"Se tiver presídio dentro das cidades é impossível não atingir a população", admitiu nesta sexta o gerente de Regulamentação de Serviços Móveis da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Bruno Ramos.
Para o prefeito de Presidente Venceslau, a decisão é "arbitrária". Em nota, ele informou que estuda com o departamento jurídico da prefeitura um meio de "preservar o direito do cidadão venceslauense".
"Várias residências não possuem telefone fixo, e várias atividades comerciais também dependem da telefonia móvel, por isso a importância de preservar esse direito da população", disse.
Protestos
O bloqueio de celulares começou a ser estudado após uma série de ataques contra forças de segurança --a maior da história do Estado-- e uma onda de rebeliões promovidas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).
Em Presidente Venceslau há dois presídios: as penitenciárias 1 e 2. A última recebeu há uma semana 765 presos --a maioria integrantes dos primeiro e segundo escalões do PCC.
"Vou procurar [o Procon], sem dúvida. O celular é minha ferramenta de trabalho. Preciso dele para manter contato com meus clientes e revendedores. Quem vai pagar meu prejuízo ficando sem celular por 20 dias?", perguntou o vendedor autônomo Sidnei Ferreira, 29.
"Acho que todos devem procurar seus direitos mesmo. Eu, se achar que tive o mínimo prejuízo que seja, também vou", afirmou o balconista Alberto Plácido dos Santos, 21.
"A gente não pode 'pagar o pato' por mais essa. Chega! As autoridades têm é que fazer com que as cadeias sejam mais rigorosas e impedir esses abusos que acontecem. Mas a 'conta' sempre sobra para o povo mesmo", afirmou o aposentado Carlos Arruda, 61.
A secretária Muriele Pacito da Silva disse que "muitos serão prejudicados com a decisão", mas acredita que a medida, "é válida". "Creio que a população tem que entender que é necessário para combater o crime. Na verdade, alguma coisa deveria ter sido feita há muito tempo."
Com Agência Folha
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