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04/07/2006 - 20h11

Em CPI, Furukawa nega acordo com PCC e se irrita com deputados

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da Folha Online

O ex-secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa, negou nesta terça-feira, em depoimento à CPI do Tráfico de Armas, que tenha feito acordo com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Os deputados questionaram a entrada de 60 televisores em unidades do sistema prisional, que teriam sido custeados com dinheiro do PCC. Irritado, Furukawa afirmou que os aparelhos entraram nas cadeias em janeiro, antes dos ataques da facção, promovidos em maio, e eram modelos de 14 polegadas, da marca CCE. Segundo o ex-secretário, as TVs haviam sido compradas por familiares de presos.

"As pessoas que disseram isso foram irresponsáveis, que já chegaram a falar que o PCC era 'um tigre desdentado, que não morde mais'", afirmou o ex-secretário.

Furukawa se refere ao diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt, e ao delegado Rui Ferraz Fontes, os quais, segundo os deputados da CPI, falaram sobre as televisões em depoimento. Em 2002, Bittencourt declarou que "o PCC é uma organização falida. Se o PCC tinha uma boca cheia de dentes, agora tem um dentinho ali e outro lá. Não morde mais ninguém."

Por meio de sua assessoria de imprensa, Bittencourt disse que não vai comentar as declarações de Furukawa.

Furukawa também afirmou que não houve acordo com o PCC para a troca de uniformes de cor de laranja para cáqui. "Isso foi uma solicitação das famílias, que disseram não estar conseguindo encontrar roupas dessa cor no mercado", explicou.

Protegido

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) irritou Furukawa ao afirmar que "servidores do sistema prisional disseram à CPI que o ex-secretário é protegido do PCC". Exasperado, Furukawa respondeu: "me diga quem falou isso que eu processo, eu mando para os tribunais". Diante da irritação do ex-secretário, Sá disse que não diria a fonte da informação.

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