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15/07/2006
-
08h50
KLEBER TOMAZ
da Folha de S.Paulo
A ameaça de ataque do PCC (Primeiro Comando da Capital) às redes de fornecimento de eletricidade deixou a Eletropaulo, maior distribuidora de energia do país, em alerta.
Grampo telefônico feito pelo Dipol (Departamento de Inteligência da Polícia) revela que integrantes da facção criminosa pretendem dar seqüência a um plano aventado em 2003: causar um blecaute, espécie de apagão, na Grande São Paulo.
Responsável pela energia elétrica de 16,2 milhões de pessoas em 24 dos 39 municípios da região metropolitana, a Eletropaulo foi informada pela polícia da nova ameaça, que visa a atacar a unidade de Diadema. Preocupada, a empresa reforçou a segurança de seu efetivo, que não usa armas, nas quase 150 subestações da área de concessão.
Além disso, requisitou apoio das forças de segurança do Estado, principalmente no que se refere a escoltar seus funcionários de manutenção e serviço em potenciais alvos de ataques.
As polícias Civil, Militar e o grupamento do Corpo de Bombeiros da capital e cidades do entorno foram informados do plano de "apagão" do PCC. Dentre as táticas adotadas pela facção, está queimar pneus perto dos fios e cabos elétricos de postes de iluminação.
"Os bandidos planejam queimar redes de energia. O método é colocar os pneus embaixo dos transformadores, mas, se isso ocorrer, só afetará áreas isoladas. Eles querem desestabilizar a ordem pública e a paz, mas a polícia trabalha sincronizada", afirmou Paul Henry Borzon Verduraz, delegado do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubo e Assalto) de São Bernardo do Campo.
Segundo informou à Folha a Eletropaulo, por meio de sua assessoria de imprensa, a ocorrência de um blecaute não é impossível, mas improvável, já que o sistema é fracionado e interligado. A pane num ponto atinge apenas a microrregião.
De acordo com a PM, o policiamento pedido pela Eletropaulo está sendo feito em pontos sensíveis, ou seja, estações e subestações de energia. Os seguranças dessas unidades receberam a informação da Polícia Militar de que serão prontamente atendidos num possível ataque do PCC.
Na capital, a preocupação dos policiais é com atentados a postes de fios elétricos. "Estamos concentrados numa força-tarefa para inibir esses atos criminosos. Os bombeiros foram alertados sobre incêndios na rede elétrica", falou Dejar Gomes Neto, delegado seccional da região Oeste.
Até as 19 horas de ontem, nenhum problema havia sido detectado no fornecimento de energia elétrica das 5,3 milhões de ligações, segundo informou a Eletropaulo. Procuradas pela reportagem, a Elektro, que fornece energia a seis cidades da região metropolitana, e a Bandeirantes, que atende Guarulhos, disseram não ter sido avisadas das ameaças.
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da Folha de S.Paulo
A ameaça de ataque do PCC (Primeiro Comando da Capital) às redes de fornecimento de eletricidade deixou a Eletropaulo, maior distribuidora de energia do país, em alerta.
Grampo telefônico feito pelo Dipol (Departamento de Inteligência da Polícia) revela que integrantes da facção criminosa pretendem dar seqüência a um plano aventado em 2003: causar um blecaute, espécie de apagão, na Grande São Paulo.
Responsável pela energia elétrica de 16,2 milhões de pessoas em 24 dos 39 municípios da região metropolitana, a Eletropaulo foi informada pela polícia da nova ameaça, que visa a atacar a unidade de Diadema. Preocupada, a empresa reforçou a segurança de seu efetivo, que não usa armas, nas quase 150 subestações da área de concessão.
Além disso, requisitou apoio das forças de segurança do Estado, principalmente no que se refere a escoltar seus funcionários de manutenção e serviço em potenciais alvos de ataques.
As polícias Civil, Militar e o grupamento do Corpo de Bombeiros da capital e cidades do entorno foram informados do plano de "apagão" do PCC. Dentre as táticas adotadas pela facção, está queimar pneus perto dos fios e cabos elétricos de postes de iluminação.
"Os bandidos planejam queimar redes de energia. O método é colocar os pneus embaixo dos transformadores, mas, se isso ocorrer, só afetará áreas isoladas. Eles querem desestabilizar a ordem pública e a paz, mas a polícia trabalha sincronizada", afirmou Paul Henry Borzon Verduraz, delegado do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubo e Assalto) de São Bernardo do Campo.
Segundo informou à Folha a Eletropaulo, por meio de sua assessoria de imprensa, a ocorrência de um blecaute não é impossível, mas improvável, já que o sistema é fracionado e interligado. A pane num ponto atinge apenas a microrregião.
De acordo com a PM, o policiamento pedido pela Eletropaulo está sendo feito em pontos sensíveis, ou seja, estações e subestações de energia. Os seguranças dessas unidades receberam a informação da Polícia Militar de que serão prontamente atendidos num possível ataque do PCC.
Na capital, a preocupação dos policiais é com atentados a postes de fios elétricos. "Estamos concentrados numa força-tarefa para inibir esses atos criminosos. Os bombeiros foram alertados sobre incêndios na rede elétrica", falou Dejar Gomes Neto, delegado seccional da região Oeste.
Até as 19 horas de ontem, nenhum problema havia sido detectado no fornecimento de energia elétrica das 5,3 milhões de ligações, segundo informou a Eletropaulo. Procuradas pela reportagem, a Elektro, que fornece energia a seis cidades da região metropolitana, e a Bandeirantes, que atende Guarulhos, disseram não ter sido avisadas das ameaças.
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