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21/07/2006 - 22h05

Jurados se reúnem para decidir futuro dos réus no caso Richthofen

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da Folha Online

Os quatro homens e três mulheres que compõem o júri que decidirá o futuro de Suzane von Richthofen, 22, e os irmãos Daniel, 25, e Cristian Cravinhos, 30 --acusados de planejar e matar os pais dela--, se reuniram por volta das 22h desta sexta-feira, no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo). O crime ocorreu há quase quatro anos, na casa das vítimas, no Brooklin (zona sul).

Os jurados responderão a um questionário e, em seguida, a sentença será estabelecida e lida pelo juiz Alberto Anderson Filho, presidente do 1º Tribunal do Júri.

Os sete jurados deverão julgar se cada um dos réus é culpado em 12 quesitos. Os ítens, com respostas possíveis "sim" ou "não", perguntam se os irmãos Cravinhos agiram com o objetivo de matar; se houve motivação torpe; se as vítimas tinham possibilidade de se defender; se o meio usado foi cruel; se há atenuantes em favor do réu; e se houve intenção de forjar roubo; entre outros pontos.

No caso de Suzane, seis das perguntas se referem à possibilidade de ela ter agido sob coação dos irmãos Cravinhos, conforme alegam seus defensores. Na série referente a Cristian, há uma pergunta sobre o possível furto do dinheiro e das jóias levados da casa dos Richthofen.
André Porto/Folha Imagem
Suzane von Richthofen deixa delegacia rumo ao fórum da Barra Funda, em São Paulo
Suzane von Richthofen deixa delegacia rumo ao fórum da Barra Funda, em São Paulo


As vítimas --Manfred e Marísia-- foram assassinadas com golpes de barra de ferro em 30 de outubro de 2002, enquanto dormiam.

Acusação e defesa

O júri é considerado o mais esperado em São Paulo. Começou na última segunda-feira (17), quando foram interrogados os réus.

Nesta sexta, quinto dia do júri, foram realizados os debates entre acusação e defesa. O Ministério Público decidiu abrir mão do tempo reservado para a réplica. O tempo previsto era de uma hora para a réplica e mais uma hora para a tréplica.

Nos debates, os três representantes do Ministério Público acusaram a tese de defesa de Suzane, de preconceito social para tentar convencer os jurados a condená-la pela participação na morte de seus pais.

Ao ser acusado pelo promotor Nadir de Campos Júnior, Daniel Cravinhos teve uma crise de choro. "É nojento, é asqueroso o que você fez e, depois, pedir a suíte presidencial de um motel", disse o promotor.

Daniel começou a chorar muito e foi abraçado pelo irmão e também réu no processo, Cristian Cravinhos, 30, embora estivesse algemado. Os dois foram retirados do plenário.

Suzane esteve presente durante toda a exposição. Permaneceu com a cabeça baixa e não esboçou nenhuma reação. O advogado Mauro Nacif ficou de pé, ao lado dela, envolvendo-a pelos ombros, enquanto o promotor se dirigia à jovem.

A defesa dos Cravinhos causou espanto e risos na platéia que acompanha o júri do caso, ao compará-lo a novelas. Primeiro, Jabur afirmou que Suzane é "meio parecida" com Bia Falcão, vilã interpretada por Fernanda Montenegro na última novela das oito da Rede Globo, a "Belíssima".

Em seguida, ele comparou o namoro de Daniel e Suzane, ao qual os pais dela se opunham, ao relacionamento entre os personagens Safira e Pascoal, da mesma novela. Na trama, Safira e o mecânico Pascoal viviam um romance proibido.

Quase no final de sua fala, durante os debates que precedem a decisão dos jurados sobre a culpa de cada réu, ele ainda comparou a jovem à também vilã Leona, personagem de Carolina Dieckmann na novela "Cobras e Lagartos", também da Rede Globo. Jabur mostrou aos jurados a capa de uma revista com uma foto da atriz. A manchete fazia referência à personagem: "A vitória da loira má".

Leia mais
  • Desistência de réplica frustra defesas de Suzane e Cravinhos
  • Defesa de Suzane marginaliza Cravinhos e insinua preconceito social
  • Defesa de Cravinhos compara caso Richthofen a novelas globais

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