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06/08/2006 - 09h28

Paraguai procura cinco traficantes brasileiros

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MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo, no Rio

Autoridades paraguaias espalharam pelas rodovias do país cartazes com fotos de cinco narcotraficantes brasileiros que atuam na região da fronteira e são os mais procurados pela polícia do país vizinho --dois deles são caçados pelo DEA (Departamento Anti-Drogas Americano).

Segundo a Justiça Federal do Mato Grosso do Sul e a PF (Polícia Federal), todos enviam drogas para o Brasil como também para os Estados Unidos e a Europa e são megaempresários no Paraguai. Todos têm pedido de extradição para o Brasil.

Entre os procurados pelo DEA está Jarvis Ximenes Pavão, 38. Ele foi condenado por três anos por tráfico de drogas em Santa Catarina e é processado pela Justiça sul-matogrossense, acusado de lavagem de dinheiro.

Atualmente vive em um bunker na estância de "Quatro Filhos", na cidade de Yby Yaú, que possuiria sofisticado sistema de segurança e homens fortemente armados. Com o dinheiro do narcotráfico, teria montado também uma empresa de comercialização de cerveja, segundo a polícia.

Em entrevista ao diário paraguaio "ABC Color", ele, que também tem nacionalidade paraguaia, disse que não deve mais nada à Justiça. Sobre a construção, disse que a propriedade é da sua família.

Outro brasileiro caçado pelo DEA é Fahd Yamil Georges, de 65 anos, conhecido também como Jamil Fouad ou "Barão da Fronteira", que atuaria na fronteira paraguaia há 35 ano e teve ligações com o cartel de Medellín (Colômbia). Foi condenado a 20 anos e três meses de prisão por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e evasão fiscal.

Além de tráfico de drogas, ele foi apontado pela CPI da Pirataria da Câmara dos Deputados como um dos principais responsáveis pela entrada de produtos contrabandeados, via Paraguai, para o Brasil. Atuaria em Pedro Juan Caballero.

O terceiro da lista é o gaúcho Irineu Domingo Soligo, o Pingo, que possui condenações por tráfico de drogas que somam 40 anos. Nas últimas duas semanas, agentes da Secretaria Nacional Anti-Drogas vêm fazendo sucessivas operações em Capitán Bado, onde tem uma fazenda, para capturá-lo.

Seu filho foi preso no último dia 10 com 120 kg de cocaína. Em 2005, um avião usado no transporte de drogas de sua quadrilha foi abatido em Santana do Livramento (RS).

Luís Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, também faz parte da relação dos mais procurados. Ele seria o responsável pela cocaína que foi encontrada em buchos de boi no ano passado pela Polícia Federal, no Rio de Janeiro. A droga seria enviada para a Europa.

Na operação, batizada de Caravelas, seu irmão foi preso. Ele usava sete aviões para levar cocaína da Colômbia para o Paraguai. Seria proprietário de 14 fazendas no Paraguai e Mato Grosso do Sul.

O quinto é Igor Fabrício Silveira Machado, que fugiu no ano passado do presídio de Tacambu após subornar agentes penitenciários e seria um dos representantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) no país vizinho. Além de traficante, pilotava também aviões que transportavam drogas e também seria pistoleiro.

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