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21/08/2006
-
21h30
da Folha Ribeirão
A umidade relativa do ar em Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo) registrou nesta segunda-feira, às 16h, o índice mais baixo de todos os tempos, 4,8%, deixando a cidade em estado de emergência. Não há registro de umidade mais baixa no país. A medição, divulgada pela Defesa Civil do Estado e o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), foi feita na estação meteorológica do aeroporto da cidade.
O recorde anterior de Ribeirão era de 7% de umidade, em setembro de 2004. Desde então, nenhuma cidade da região havia registrado níveis tão baixos. Este ano, a menor umidade ocorreu em julho e ficou no limite do estado de emergência: 12%. Por causa do tempo seco, a prefeitura suspendeu as atividades físicas ao ar livre e em locais de aglomeração. A Secretaria da Saúde foi informada sobre a possibilidade de aumento na procura por atendimento nos postos de saúde.
O tempo seco gera garganta irritada, ardência nos olhos e nariz, mal-estar, desidratação, sangramento pelo nariz e ressecamento da mucosa.
A Secretaria do Estado do Meio Ambiente voltou a suspender as queimadas em Ribeirão e Barretos um dia após ter liberado a prática. A máxima registrada foi de 27ºC e a mínima 12%.
Segundo o superintendente da Defesa Civil em Ribeirão, o major Erick Cunha Junqueira, a população já está sendo orientada a não fazer fogueiras nas proximidades de matas e florestas. Além disso, os motoristas que trafegarem por regiões sujeitas a incêndios devem ter atenção redobrada devido à visibilidade reduzida pela fumaça.
Segundo o pneumologista José Carlos Manço a situação é "extremamente preocupante." Manço disse que crianças e idosos devem tomar cuidados redobrados.
Ele disse que é preciso aumentar a quantidade de líquidos ingeridos diariamente e evitar a exposição a céu aberto.
"O ideal é passar o maior tempo possível em lugares fechados e com umidificadores", disse Manço.
Sem chuva
A responsável pela queda brusca na umidade do ar é a intensificação de uma massa de ar seco que está sobre o Estado, segundo o meteorologista do Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) Roberto Pereira.
De acordo com a previsão do tempo da Defesa Civil, não deve chover na região nos próximos dez dias e a umidade do ar deve continuar abaixo dos 10%, mantendo a cidade no estado de emergência.
Especialistas
Meteorologistas de quatro institutos ouvidos pela Folha desconfiaram do número divulgado pela Defesa Civil e pelo CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e de Estudos Climáticos) para a umidade relativa do ar em Ribeirão Preto.
O diretor do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura), Jurandir Zullo Junior, afirmou que nunca viu números tão baixos. "Nunca vi algo semelhante. Mas não conheço o sistema de medição para poder falar que está errado."
Para o chefe de previsão do tempo do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Luiz Cavalcante, deve ter ocorrido um erro na medição.
"Passou uma frente pelo Estado e choveu. Se a umidade estivesse em 5% teriam filas nos hospitais", disse Cavalcante.
Especial
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Ribeirão Preto registra menor umidade do ar da história
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A umidade relativa do ar em Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo) registrou nesta segunda-feira, às 16h, o índice mais baixo de todos os tempos, 4,8%, deixando a cidade em estado de emergência. Não há registro de umidade mais baixa no país. A medição, divulgada pela Defesa Civil do Estado e o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), foi feita na estação meteorológica do aeroporto da cidade.
O recorde anterior de Ribeirão era de 7% de umidade, em setembro de 2004. Desde então, nenhuma cidade da região havia registrado níveis tão baixos. Este ano, a menor umidade ocorreu em julho e ficou no limite do estado de emergência: 12%. Por causa do tempo seco, a prefeitura suspendeu as atividades físicas ao ar livre e em locais de aglomeração. A Secretaria da Saúde foi informada sobre a possibilidade de aumento na procura por atendimento nos postos de saúde.
O tempo seco gera garganta irritada, ardência nos olhos e nariz, mal-estar, desidratação, sangramento pelo nariz e ressecamento da mucosa.
A Secretaria do Estado do Meio Ambiente voltou a suspender as queimadas em Ribeirão e Barretos um dia após ter liberado a prática. A máxima registrada foi de 27ºC e a mínima 12%.
Segundo o superintendente da Defesa Civil em Ribeirão, o major Erick Cunha Junqueira, a população já está sendo orientada a não fazer fogueiras nas proximidades de matas e florestas. Além disso, os motoristas que trafegarem por regiões sujeitas a incêndios devem ter atenção redobrada devido à visibilidade reduzida pela fumaça.
Segundo o pneumologista José Carlos Manço a situação é "extremamente preocupante." Manço disse que crianças e idosos devem tomar cuidados redobrados.
Ele disse que é preciso aumentar a quantidade de líquidos ingeridos diariamente e evitar a exposição a céu aberto.
"O ideal é passar o maior tempo possível em lugares fechados e com umidificadores", disse Manço.
Sem chuva
A responsável pela queda brusca na umidade do ar é a intensificação de uma massa de ar seco que está sobre o Estado, segundo o meteorologista do Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) Roberto Pereira.
De acordo com a previsão do tempo da Defesa Civil, não deve chover na região nos próximos dez dias e a umidade do ar deve continuar abaixo dos 10%, mantendo a cidade no estado de emergência.
Especialistas
Meteorologistas de quatro institutos ouvidos pela Folha desconfiaram do número divulgado pela Defesa Civil e pelo CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e de Estudos Climáticos) para a umidade relativa do ar em Ribeirão Preto.
O diretor do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura), Jurandir Zullo Junior, afirmou que nunca viu números tão baixos. "Nunca vi algo semelhante. Mas não conheço o sistema de medição para poder falar que está errado."
Para o chefe de previsão do tempo do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Luiz Cavalcante, deve ter ocorrido um erro na medição.
"Passou uma frente pelo Estado e choveu. Se a umidade estivesse em 5% teriam filas nos hospitais", disse Cavalcante.
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