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21/09/2006
-
09h34
PAULO SAMPAIO
da Folha de S.Paulo
Cruzar a cidade de São Paulo de bicicleta na hora do rush só não é mais rápido do que ir de moto; depois deles vêm o ônibus, o carro, o trem (integrado com metrô) e o metrô (com ônibus). Uma "corrida maluca" realizada ontem entre seis meios de transporte diferentes, com largada às 18h na avenida Luiz Carlos Berrini (zona sul) e chegada na prefeitura (centro), verificou que o passageiro da integração ônibus/metrô pode levar 1h39min, ou 42min93s a mais que o motociclista.
As duas ciclistas chegaram em 48min20s e 52min15s; o passageiro dos ônibus (pegou dois), em 1h6m; em seguida vieram a motorista do carro (1h16m) e os que usaram a integração trem/metrô (1h23m) e ônibus/metrô.
Batizada de 1º Desafio Intermodal, a corrida foi uma iniciativa de três ONGs de ciclistas, com apoio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, e teve como inspiração um evento semelhante realizado em 31 de agosto no Rio. Na versão carioca, a moto e a bicicleta também chegaram antes.
A prova faz parte das atividades relacionadas ao "Dia sem Carro", marcado para amanhã, quando a população mundial será convocada a usar um outro meio de transporte.
Na corrida, todos estavam empenhados na defesa de alternativas ao carro. "No ônibus, você tem tempo para ler e ouvir música", diz o estudante Inácio Guerberoff, 26, que desceu no ponto errado e teve de andar mais até a chegada.
Mariana Cavalcanti, 30, que foi de carro, diz que já sofreu três seqüestros relâmpagos ao volante. Para o motociclista Rodrigo Pinto, 28, o problema "é que não se investe em educação no trânsito". "Em geral, o motoboy é mal educado." O professor João Campos, 30, que tem horários flexíveis, só anda de "trem e bike". Em meio à sua defesa do transporte alternativo, apertado no trem cheio, João é interrompido por um passageiro. "Esse aqui é o "lerdeza'", diz o supervisor de oficina Milton Nogueira, 40, que afirma levar 25 minutos para percorrer oito estações.
Colaboraram DANIELA ARRAIS e ESTÊVÃO BERTONI
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Dia sem Carro
Bicicleta vence automóvel em "corrida" no rush paulistano
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da Folha de S.Paulo
Cruzar a cidade de São Paulo de bicicleta na hora do rush só não é mais rápido do que ir de moto; depois deles vêm o ônibus, o carro, o trem (integrado com metrô) e o metrô (com ônibus). Uma "corrida maluca" realizada ontem entre seis meios de transporte diferentes, com largada às 18h na avenida Luiz Carlos Berrini (zona sul) e chegada na prefeitura (centro), verificou que o passageiro da integração ônibus/metrô pode levar 1h39min, ou 42min93s a mais que o motociclista.
As duas ciclistas chegaram em 48min20s e 52min15s; o passageiro dos ônibus (pegou dois), em 1h6m; em seguida vieram a motorista do carro (1h16m) e os que usaram a integração trem/metrô (1h23m) e ônibus/metrô.
Batizada de 1º Desafio Intermodal, a corrida foi uma iniciativa de três ONGs de ciclistas, com apoio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, e teve como inspiração um evento semelhante realizado em 31 de agosto no Rio. Na versão carioca, a moto e a bicicleta também chegaram antes.
A prova faz parte das atividades relacionadas ao "Dia sem Carro", marcado para amanhã, quando a população mundial será convocada a usar um outro meio de transporte.
Na corrida, todos estavam empenhados na defesa de alternativas ao carro. "No ônibus, você tem tempo para ler e ouvir música", diz o estudante Inácio Guerberoff, 26, que desceu no ponto errado e teve de andar mais até a chegada.
Mariana Cavalcanti, 30, que foi de carro, diz que já sofreu três seqüestros relâmpagos ao volante. Para o motociclista Rodrigo Pinto, 28, o problema "é que não se investe em educação no trânsito". "Em geral, o motoboy é mal educado." O professor João Campos, 30, que tem horários flexíveis, só anda de "trem e bike". Em meio à sua defesa do transporte alternativo, apertado no trem cheio, João é interrompido por um passageiro. "Esse aqui é o "lerdeza'", diz o supervisor de oficina Milton Nogueira, 40, que afirma levar 25 minutos para percorrer oito estações.
Colaboraram DANIELA ARRAIS e ESTÊVÃO BERTONI
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