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30/09/2006
-
02h30
CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo
A selva Amazônica vivenciou em setembro de 1989 um acidente aéreo em que 12 das 54 pessoas a bordo morreram. Um Boeing 737-200 da Varig havia saído de Marabá, no Pará, errou a rota e teve de fazer um pouso forçado na selva, no Mato Grosso.
Os passageiros ficaram na selva mais de 40 horas sem nenhum socorro. Na época, o piloto Cesar Augusto Padula Garcez admitiu à Folha o erro, mas disse que foi induzido a ele pelo plano de vôo da Varig.
Segundo ele, a carta de navegação da empresa não levaria o avião a Belém, o destino do vôo. Após o acidente, além de multa, o DAC (Departamento de Aviação Civil) tinha determinado a suspensão da carta de habilitação do piloto e do co-piloto, Nilson de Souza Zille.
Maiores acidentes
O maior acidente aéreo brasileiro ocorreu em 1982. Um Boeing 727-200, da Vasp, que partira de São Paulo com destino a Fortaleza, explodiu ao chocar-se contra a serra da Aratanha, a 30 km da capital cearense. Morreram 142 pessoas, entre passageiros e tripulantes.
No momento da queda, faltavam menos de três minutos para o avião descer no aeroporto Pinto Martins. Quando a Aeronáutica e a Polícia Militar chegaram ao local, mais de cem pessoas da região saqueavam os destroços.
Na época, o Ministério da Aeronáutica atribuiu a culpa do acidente a um "completo descumprimento, por parte do comandante, das normas de instrução de tráfego aéreo emitidas pelo órgão de controle".
Autorizado a descer até o nível mínimo de segurança de 5.000 pés, o piloto ignorou a determinação, segundo o ministério. Ele também teria sido alertado pelo co-piloto sobre a existência de morros na região e ainda assim continuou descendo. Chocou-se a 1.950 pés, numa velocidade de 530 km/h.
Entre os mortos, estavam o empresário Edson Queiróz, presidente de um dos mais importantes conglomerados empresariais do Norte e Nordeste e um dos primeiros distribuidores de GLP (gás de cozinha).
A segunda maior tragédia aérea aconteceu em São Paulo, em outubro de 1996. Um avião Fokker 100 da TAM, que fazia o vôo São Paulo-Rio, caiu na zona sul de São Paulo matando 99 pessoas. A queda ocorreu dois minutos após a decolagem. O motivo foi uma falha no reverso, aparelho que auxilia na operação do pouso.
Um computador de bordo fez com que o reverso se fechasse, mas, por causa de um defeito eletromecânico na válvula, ele voltou a abrir pelo menos mais duas vezes. Sem condições para estabilizar o avião, o piloto teria tentado voltar para o aeroporto de Congonhas, sem sucesso.
Na queda, o avião atingiu dois prédios e sete casas. Dez carros foram incendiados. Além dos passageiros e tripulantes, duas pessoas que estavam na rua morreram. A posição em que os corpos foram encontrados apontou que as vítimas foram avisadas da queda.
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da Folha de S.Paulo
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Os passageiros ficaram na selva mais de 40 horas sem nenhum socorro. Na época, o piloto Cesar Augusto Padula Garcez admitiu à Folha o erro, mas disse que foi induzido a ele pelo plano de vôo da Varig.
Segundo ele, a carta de navegação da empresa não levaria o avião a Belém, o destino do vôo. Após o acidente, além de multa, o DAC (Departamento de Aviação Civil) tinha determinado a suspensão da carta de habilitação do piloto e do co-piloto, Nilson de Souza Zille.
Maiores acidentes
O maior acidente aéreo brasileiro ocorreu em 1982. Um Boeing 727-200, da Vasp, que partira de São Paulo com destino a Fortaleza, explodiu ao chocar-se contra a serra da Aratanha, a 30 km da capital cearense. Morreram 142 pessoas, entre passageiros e tripulantes.
No momento da queda, faltavam menos de três minutos para o avião descer no aeroporto Pinto Martins. Quando a Aeronáutica e a Polícia Militar chegaram ao local, mais de cem pessoas da região saqueavam os destroços.
Na época, o Ministério da Aeronáutica atribuiu a culpa do acidente a um "completo descumprimento, por parte do comandante, das normas de instrução de tráfego aéreo emitidas pelo órgão de controle".
Autorizado a descer até o nível mínimo de segurança de 5.000 pés, o piloto ignorou a determinação, segundo o ministério. Ele também teria sido alertado pelo co-piloto sobre a existência de morros na região e ainda assim continuou descendo. Chocou-se a 1.950 pés, numa velocidade de 530 km/h.
Entre os mortos, estavam o empresário Edson Queiróz, presidente de um dos mais importantes conglomerados empresariais do Norte e Nordeste e um dos primeiros distribuidores de GLP (gás de cozinha).
A segunda maior tragédia aérea aconteceu em São Paulo, em outubro de 1996. Um avião Fokker 100 da TAM, que fazia o vôo São Paulo-Rio, caiu na zona sul de São Paulo matando 99 pessoas. A queda ocorreu dois minutos após a decolagem. O motivo foi uma falha no reverso, aparelho que auxilia na operação do pouso.
Um computador de bordo fez com que o reverso se fechasse, mas, por causa de um defeito eletromecânico na válvula, ele voltou a abrir pelo menos mais duas vezes. Sem condições para estabilizar o avião, o piloto teria tentado voltar para o aeroporto de Congonhas, sem sucesso.
Na queda, o avião atingiu dois prédios e sete casas. Dez carros foram incendiados. Além dos passageiros e tripulantes, duas pessoas que estavam na rua morreram. A posição em que os corpos foram encontrados apontou que as vítimas foram avisadas da queda.
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