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30/09/2006 - 17h59

Gol diz que prioridades são buscar vítimas e dar assistência às famílias

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FELIPE NEVES
da Folha Online

A companhia aérea Gol convocou uma entrevista coletiva na tarde deste sábado para divulgar uma posição oficial sobre o acidente envolvendo uma de suas aeronaves, um Boeing 737-800. O avião, que transportava 149 passageiros e seis tripulantes, caiu na tarde de sexta-feira. Trata-se do maior acidente da história da aviação brasileira.

Com poucas informações novas sobre o que, de fato, ocorreu, a empresa insistiu na tecla de que o momento é de pensar no socorro às vítimas e na assistência a seus familiares --e não em prejuízos materiais ou de negócios.

"Nós estamos agora muito mais empenhados em prestar assistência às famílias e apoiar a busca de sobreviventes, em apoiar e suportar as famílias nesse momento de muita dor. Acho que a questão do negócio, a questão de valor, de empresa, pode ser deixada para depois. O momento agora é de solidariedade", disse Constantino de Oliveira Júnior, presidente da Gol.

"Eu diria que o nosso prejuízo é imensurável, na medida em que ele passa pela dor de várias famílias que nesse momento aguardam notícias de seus entes queridos. Esse é o maior prejuízo", acrescentou.

Oliveria Júnior disse que ainda tem esperança de que as equipes de resgate, coordenadas pela FAB (Força Aérea Brasileira), encontrem sobreviventes do acidente. "Enquanto a notícia não vier, a gente sempre tem esperança", afirmou.

A Gol informou ainda que já está em contato com familiares de todos os passageiros do vôo. Segundo o vice-presidente técnico da companhia, David Barioni, o plano de assistência inclui "deslocamento para o local de recebimento dos corpos, pagamento eventualmente dos custos de velório, pagamento dos hotéis para as famílias, obviamente, pagamento de toda a alimentação, todo o apoio necessário às famílias neste momento delicado."

A empresa não quis se pronunciar sobre as investigações, que estão sendo conduzidas pelos "órgãos oficiais" --Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Dipaa) e Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Segundo Barioni, "se os investigadores acharem necessário requisitar a presença de investigadores e técnicos da fábrica [da Gol], eles assim o farão. Mas são eles que têm autonomia para requisitar esse tipo de auxílio".

Sobre as buscas, a companhia limitou-se a dizer que dará todo o suporte necessário, mas que as informações continuarão concentradas na Infraero, na Aeronáutica e na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). "São eles que vão nos informar no tempo apropriado o número de sobreviventes e o número de vítimas", disse o executivo da Gol. Nenhum funcionário da Gol chegou ao local do acidente.

Ainda segundo Barioni, os comissários de bordo que estavam no avião têm treinamentos de sobrevivência na selva. Ou seja, eles estariam aptos a prestar socorros a passageiros que eventualmente tenham sobrevivido ao acidente.

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