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03/10/2006
-
15h02
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online, enviada a Brasília
Parentes das vítimas que estavam no Boeing 737-800 da Gol que colidiu na última sexta-feira com o jato executivo Legacy começaram a passar por exames de DNA para ajudar na identificação dos corpos encontrados na mata fechada, em Mato Grosso, onde caiu o avião com 154 passageiros.
Segundo informou Luciana Siqueira, integrante da Comissão de Familiares dos Passageiros do Vôo 1907, serão coletadas impressões digitais, detalhes de arcadas dentárias e amostras de sangue de parentes de primeiro grau das vítimas. Luciana não soube informar quantas pessoas já passaram pelos exames.
"A gente quer as vítimas para levar cada uma para sua cidade e encerrar essa etapa", afirmou. Nesta segunda-feira, representantes dos familiares se reuniram com o ministro da Defesa, Waldir Pires, e pediram a substituição de integrantes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) na divulgação de informações para os parentes das vítimas.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, os familiares disseram se sentir "enganados, desrespeitados e abandonados".
Segundo Luciana, a reivindicação foi atendida e cinco pessoas da Aeronáutica foram designadas para informar os parentes sobre o andamento das buscas e investigações sobre o maior acidente aéreo da história do país.
Na reunião com o ministro, familiares pediram agilidade nas buscas e no processo de identificação dos corpos. Cerca de 300 parentes de vítimas aguardam notícias em hotéis de Brasília, segundo informações da comissão.
Luciana disse ter sido informada pela Aeronáutica de que 50 dos aproximadamente cem corpos encontrados na cauda do avião serão os primeiros a ser retirados da mata fechada e enviados para identificação. Segundo a Anac, não há um prazo definido para que isso ocorra.
Somente dois corpos --mutilados-- haviam sido comprovadamente resgatados e armazenados, até esta terça-feira. Catalogados e ensacados, foram enviados de helicóptero para base da FAB (Força Aérea Brasileira) montada na fazenda Jarinã, a cerca de 40 km do local da queda do Boeing.
Para o diretor do IML de Brasília, José Flávio de Souza Bezerra, que ficará responsável por identificar as vítimas do acidente aéreo, os trabalhos poderão durar até dois anos. A comissão de familiares disse esperar mais agilidade.
Parte dos corpos é mantida em caminhões frigoríficos e seguirá de helicóptero para Brasília (DF). Segundo informações passadas à comissão de familiares, outros corpos serão enviados em caixas de isopor para a base, levados em três aviões deslocados para o local do acidente.
Dificuldade
No domingo (1º), a área em que as buscas serão realizadas foi aumentada de 10 quilômetros quadrados para 20. A estimativa de prazo para o resgate dos corpos era de uma semana. Nesta terça, as famílias foram informadas de que o tempo chuvoso pode prejudicar os trabalhos.
Segundo informações da comissão de familiares, a Aeronáutica atendeu ao apelo dos parentes e permitiu que mais familiares se dirijam ao local em que caiu o avião da Gol. Os parentes das vítimas já estão organizando uma lista dos interessados em fazer a viagem, mas terão de ir em grupos pequenos, devidamente autorizados pelas autoridades.
Para chegar ao local, que é de difícil acesso, as equipes de busca e resgate tiveram de abrir uma clareira e descer de rapel a partir de aeronaves militares. Outros desceram de pára-quedas na fazenda Jarinã, local que concentra as equipes de resgate. A comunicação é difícil.
Nesta terça-feira, a comissão de familiares conseguiu, segundo Luciana, quatro rádios da para troca de informações entre quem está no local do acidente e os que aguardam informações. "Mandamos um e-mail para a Globosat pedindo rádios, porque lá pega Globosat e hoje nós recebemos quatro aparelhos que podem ser levados para lá e ter essa comunicação direta com a gente."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Boeing da Gol
Confira a cobertura completa do vôo 1907
Parentes de vítimas do vôo 1907 passam por exames de DNA
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Editora de Cotidiano da Folha Online, enviada a Brasília
Parentes das vítimas que estavam no Boeing 737-800 da Gol que colidiu na última sexta-feira com o jato executivo Legacy começaram a passar por exames de DNA para ajudar na identificação dos corpos encontrados na mata fechada, em Mato Grosso, onde caiu o avião com 154 passageiros.
Segundo informou Luciana Siqueira, integrante da Comissão de Familiares dos Passageiros do Vôo 1907, serão coletadas impressões digitais, detalhes de arcadas dentárias e amostras de sangue de parentes de primeiro grau das vítimas. Luciana não soube informar quantas pessoas já passaram pelos exames.
"A gente quer as vítimas para levar cada uma para sua cidade e encerrar essa etapa", afirmou. Nesta segunda-feira, representantes dos familiares se reuniram com o ministro da Defesa, Waldir Pires, e pediram a substituição de integrantes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) na divulgação de informações para os parentes das vítimas.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, os familiares disseram se sentir "enganados, desrespeitados e abandonados".
Segundo Luciana, a reivindicação foi atendida e cinco pessoas da Aeronáutica foram designadas para informar os parentes sobre o andamento das buscas e investigações sobre o maior acidente aéreo da história do país.
Na reunião com o ministro, familiares pediram agilidade nas buscas e no processo de identificação dos corpos. Cerca de 300 parentes de vítimas aguardam notícias em hotéis de Brasília, segundo informações da comissão.
Luciana disse ter sido informada pela Aeronáutica de que 50 dos aproximadamente cem corpos encontrados na cauda do avião serão os primeiros a ser retirados da mata fechada e enviados para identificação. Segundo a Anac, não há um prazo definido para que isso ocorra.
Somente dois corpos --mutilados-- haviam sido comprovadamente resgatados e armazenados, até esta terça-feira. Catalogados e ensacados, foram enviados de helicóptero para base da FAB (Força Aérea Brasileira) montada na fazenda Jarinã, a cerca de 40 km do local da queda do Boeing.
Para o diretor do IML de Brasília, José Flávio de Souza Bezerra, que ficará responsável por identificar as vítimas do acidente aéreo, os trabalhos poderão durar até dois anos. A comissão de familiares disse esperar mais agilidade.
Parte dos corpos é mantida em caminhões frigoríficos e seguirá de helicóptero para Brasília (DF). Segundo informações passadas à comissão de familiares, outros corpos serão enviados em caixas de isopor para a base, levados em três aviões deslocados para o local do acidente.
Dificuldade
No domingo (1º), a área em que as buscas serão realizadas foi aumentada de 10 quilômetros quadrados para 20. A estimativa de prazo para o resgate dos corpos era de uma semana. Nesta terça, as famílias foram informadas de que o tempo chuvoso pode prejudicar os trabalhos.
Segundo informações da comissão de familiares, a Aeronáutica atendeu ao apelo dos parentes e permitiu que mais familiares se dirijam ao local em que caiu o avião da Gol. Os parentes das vítimas já estão organizando uma lista dos interessados em fazer a viagem, mas terão de ir em grupos pequenos, devidamente autorizados pelas autoridades.
Para chegar ao local, que é de difícil acesso, as equipes de busca e resgate tiveram de abrir uma clareira e descer de rapel a partir de aeronaves militares. Outros desceram de pára-quedas na fazenda Jarinã, local que concentra as equipes de resgate. A comunicação é difícil.
Nesta terça-feira, a comissão de familiares conseguiu, segundo Luciana, quatro rádios da para troca de informações entre quem está no local do acidente e os que aguardam informações. "Mandamos um e-mail para a Globosat pedindo rádios, porque lá pega Globosat e hoje nós recebemos quatro aparelhos que podem ser levados para lá e ter essa comunicação direta com a gente."
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