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20/10/2006
-
08h48
da Folha Online
do Agora
A partir desta sexta-feira, padarias e supermercados só poderão vender pão francês por quilo, de acordo com a portaria 146 do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). Estabelecimentos que não cumprirem a nova regra poderão ser multados.
Para evitar aumento no preço, comerciantes devem reduzir o tamanho do pãozinho. Em locais onde os pães são produzidos com peso maior, clientes podem vir a pagar mais pela mesma quantidade comprada antes.
Os comerciantes explicam que a lei que era válida até ontem exigia que todo pão francês tivesse no mínimo 50 gramas. Para evitar problemas com a fiscalização, os pães geralmente tinham alguns gramas a mais, afirmam. Esse excedente não era cobrado do consumidor, mas agora, com o preço estabelecido na balança, o aumento seria repassado. O valor do pão iria, então, de R$ 0,25 para R$ 0,32 no caso da padaria do comerciante Alexandre dos Santos Abreu, no Planalto Paulista (zona sul de São Paulo).
Para o presidente do Sindicato e Associação dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo, Antero Pereira, as padarias estão sendo orientadas a baixar o peso do pão. "Não haverá prejuízo ao consumidor se o pão vier maior, já que ele está pagando pelo peso. Mas estamos querendo evitar que eles estranhem a mudança."
O Inmetro também determinou que a indicação do preço do quilo do pão deverá ser grafada com dígitos de no mínimo cinco centímetros de altura e afixada próxima ao balcão de venda, em local fácil de ser visto pelo consumidor.
O novo método de cobrança foi escolhido por meio de uma consulta pública promovida pelo Inmetro durante dois meses. Naquela ocasião, mais de 70% dos 1.041 entrevistados disseram preferir comprar o pão por quilo; mais de 29% afirmaram preferir a compra por unidade; e menos de 1% disseram ser favoráveis às duas formas.
Embora a cobrança por quilo elimine a preocupação quanto ao tamanho dos pães adquiridos, os consumidores devem permanecer atentos às alterações como peso do saco de papel.
Irregularidades
A obrigatoriedade da venda do pão por quilo deve reduzir o número de irregularidades, diz o Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo). Segundo a última pesquisa do instituto sobre itens da cesta básica, realizada no início do mês, o pãozinho francês foi o que apresentou o maior índice de diferença entre o peso mínimo exigido (50 gramas) e o encontrado no comércio. Em alguns casos, o pão estava sendo vendido com 4 gramas a menos --8% de diferença em relação ao peso ideal de 50 gramas.
Segundo o chefe do Departamento de Produtos de Pré-Medidos do instituto, Paulo Lopes, com a nova lei não será mais exigido o peso mínimo, e cada padaria vai escolher o tamanho de seu pão. Lopes diz que o pãozinho é tradicionalmente um produto com muitos problemas. Ele afirma que a forma de produção artesanal e a grande dificuldade de fiscalização por parte do consumidor abriam margem para irregularidades.
Com Folha de S.Paulo
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Leia o que já foi publicado sobre panificação
Pão francês passa a ser vendido apenas por quilo
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do Agora
A partir desta sexta-feira, padarias e supermercados só poderão vender pão francês por quilo, de acordo com a portaria 146 do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). Estabelecimentos que não cumprirem a nova regra poderão ser multados.
Para evitar aumento no preço, comerciantes devem reduzir o tamanho do pãozinho. Em locais onde os pães são produzidos com peso maior, clientes podem vir a pagar mais pela mesma quantidade comprada antes.
Os comerciantes explicam que a lei que era válida até ontem exigia que todo pão francês tivesse no mínimo 50 gramas. Para evitar problemas com a fiscalização, os pães geralmente tinham alguns gramas a mais, afirmam. Esse excedente não era cobrado do consumidor, mas agora, com o preço estabelecido na balança, o aumento seria repassado. O valor do pão iria, então, de R$ 0,25 para R$ 0,32 no caso da padaria do comerciante Alexandre dos Santos Abreu, no Planalto Paulista (zona sul de São Paulo).
Vera Gonçalves/Folha Imagem |
Pães em balança de padaria na zona leste de São Paulo; pesagem é obrigatória |
Para o presidente do Sindicato e Associação dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo, Antero Pereira, as padarias estão sendo orientadas a baixar o peso do pão. "Não haverá prejuízo ao consumidor se o pão vier maior, já que ele está pagando pelo peso. Mas estamos querendo evitar que eles estranhem a mudança."
O Inmetro também determinou que a indicação do preço do quilo do pão deverá ser grafada com dígitos de no mínimo cinco centímetros de altura e afixada próxima ao balcão de venda, em local fácil de ser visto pelo consumidor.
O novo método de cobrança foi escolhido por meio de uma consulta pública promovida pelo Inmetro durante dois meses. Naquela ocasião, mais de 70% dos 1.041 entrevistados disseram preferir comprar o pão por quilo; mais de 29% afirmaram preferir a compra por unidade; e menos de 1% disseram ser favoráveis às duas formas.
Embora a cobrança por quilo elimine a preocupação quanto ao tamanho dos pães adquiridos, os consumidores devem permanecer atentos às alterações como peso do saco de papel.
Irregularidades
A obrigatoriedade da venda do pão por quilo deve reduzir o número de irregularidades, diz o Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo). Segundo a última pesquisa do instituto sobre itens da cesta básica, realizada no início do mês, o pãozinho francês foi o que apresentou o maior índice de diferença entre o peso mínimo exigido (50 gramas) e o encontrado no comércio. Em alguns casos, o pão estava sendo vendido com 4 gramas a menos --8% de diferença em relação ao peso ideal de 50 gramas.
Segundo o chefe do Departamento de Produtos de Pré-Medidos do instituto, Paulo Lopes, com a nova lei não será mais exigido o peso mínimo, e cada padaria vai escolher o tamanho de seu pão. Lopes diz que o pãozinho é tradicionalmente um produto com muitos problemas. Ele afirma que a forma de produção artesanal e a grande dificuldade de fiscalização por parte do consumidor abriam margem para irregularidades.
Com Folha de S.Paulo
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