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21/10/2006
-
08h36
DANIELA TÓFOLI
da Folha de S.Paulo
Foram os estudantes que atacaram primeiro os policiais. Essa é a justificativa da Polícia Militar para o confronto desencadeado na noite de ontem entre alunos e PMs em plena avenida Sumaré, zona oeste de São Paulo.
Chamada às 20h50 para desinterditar as faixas da via, que tinham sido fechadas pelos estudantes da Faculdade Sumaré depois do atropelamento de uma colega, a polícia usou balas de borracha e bombas de efeito moral.
A assessoria da PM afirma que os policiais só atiraram após um grupo com cerca de 200 pessoas resistir à ordem de desinterdição da via e "partir para cima" dos policiais. O saldo foi de pelo menos sete feridos, todos alunos da faculdade, que tiveram ferimentos leves.
Seis foram encaminhados ao Hospital das Clínicas. O secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, foi procurado pela Folha por meio de sua assessoria, mas afirmou que o caso fora localizado e que o comandante da operação é que deveria dar as explicações.
Os policiais envolvidos na operação são do 23º Batalhão, da Força Tática e da Tropa de Choque. O coronel Isaú Segala, comandante da região oeste, disse que vai ser instaurado inquérito na Corregedoria da PM para apurar se houve excesso.
O tumulto começou, afirma Marlene Tancredi Nagem, gestora da unidade, porque os alunos se "cansaram" de pedir às autoridades uma faixa de pedestre ou uma passarela no local. "É praticamente impossível atravessar a avenida aqui.
Enviamos vários ofícios para a CET e nunca tivemos nenhuma resposta", diz. "Nossos estudantes estão sempre correndo risco para chegar à faculdade, e a situação ficou ainda pior depois da faixa para motos."
A assessoria de imprensa da CET afirma que já está estudando a colocação de um semáforo e de uma faixa de pedestre na avenida, próximo à faculdade. Apesar de ainda não haver uma previsão correta, a expectativa é que, em no máximo três meses, o equipamento já esteja em funcionamento.
O órgão não tem informações sobre o aumento de atropelamentos no local. Apenas no primeiro dia da implantação da faixa para motocicletas, em 18 de setembro, porém, ocorreram dois acidentes entre motos e pedestres.
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da Folha de S.Paulo
Foram os estudantes que atacaram primeiro os policiais. Essa é a justificativa da Polícia Militar para o confronto desencadeado na noite de ontem entre alunos e PMs em plena avenida Sumaré, zona oeste de São Paulo.
Chamada às 20h50 para desinterditar as faixas da via, que tinham sido fechadas pelos estudantes da Faculdade Sumaré depois do atropelamento de uma colega, a polícia usou balas de borracha e bombas de efeito moral.
A assessoria da PM afirma que os policiais só atiraram após um grupo com cerca de 200 pessoas resistir à ordem de desinterdição da via e "partir para cima" dos policiais. O saldo foi de pelo menos sete feridos, todos alunos da faculdade, que tiveram ferimentos leves.
Seis foram encaminhados ao Hospital das Clínicas. O secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, foi procurado pela Folha por meio de sua assessoria, mas afirmou que o caso fora localizado e que o comandante da operação é que deveria dar as explicações.
Os policiais envolvidos na operação são do 23º Batalhão, da Força Tática e da Tropa de Choque. O coronel Isaú Segala, comandante da região oeste, disse que vai ser instaurado inquérito na Corregedoria da PM para apurar se houve excesso.
O tumulto começou, afirma Marlene Tancredi Nagem, gestora da unidade, porque os alunos se "cansaram" de pedir às autoridades uma faixa de pedestre ou uma passarela no local. "É praticamente impossível atravessar a avenida aqui.
Enviamos vários ofícios para a CET e nunca tivemos nenhuma resposta", diz. "Nossos estudantes estão sempre correndo risco para chegar à faculdade, e a situação ficou ainda pior depois da faixa para motos."
A assessoria de imprensa da CET afirma que já está estudando a colocação de um semáforo e de uma faixa de pedestre na avenida, próximo à faculdade. Apesar de ainda não haver uma previsão correta, a expectativa é que, em no máximo três meses, o equipamento já esteja em funcionamento.
O órgão não tem informações sobre o aumento de atropelamentos no local. Apenas no primeiro dia da implantação da faixa para motocicletas, em 18 de setembro, porém, ocorreram dois acidentes entre motos e pedestres.
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