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11/11/2006
-
10h14
MARIO CESAR CARVALHO
da Folha de S.Paulo
O fumo deve ser banido total ou parcialmente de restaurantes, bares e casas noturnas na opinião de 85% dos que vivem na cidade de São Paulo. A taxa é a principal revelação da pesquisa Datafolha feita para a ACT (Aliança de Controle do Tabagismo), uma organização não-governamental que defende as restrições ao fumo recomendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
O fumo passivo é um dos maiores riscos para a saúde de não-fumantes, segundo a OMS, e provoca câncer e doenças cardíacas. Das 4.000 substâncias existentes na fumaça do cigarro, pelo menos 40 causam câncer, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA. A entidade classifica a fumaça como um carcinógeno de classe A (carcinógeno é a substância que provoca ou estimula tumores malignos).
Restaurante à frente
Restaurantes são o ambiente com a mais alta taxa dos que defendem o veto ao fumo: 83%. Aparecem em seguida nesse ranking lanchonetes (79%) e bingos (67%). Bares e casas noturnas têm as taxas mais baixas de reprovação ao fumo: 63% e 62%, respectivamente.
Quanto mais alta é a idade do entrevistado, maior é a taxa de reprovação ao fumo nesses ambientes. Entre os que têm 41 anos ou mais, por exemplo, 88% defendem o veto ao fumo em restaurantes.
Mesmo fumantes são favoráveis às restrições ao cigarro, seja parcial ou total: 79% deles são contra fumar em locais fechados, segundo o Datafolha. Os fumantes que são contra o uso de tabaco em restaurantes somam 74%; em lanchonetes, o índice recua para 66%.
Os fumantes que freqüentam bares e casas noturnas, no entanto, são favoráveis ao fumo nesses locais --a liberação é defendida por 49% e 48%, enquanto 40% nos dois casos dizem apoiar a proibição.
Os resultados da pesquisa serão apresentados na próxima terça-feira num seminário internacional sobre o controle do tabaco que será realizado no Itamaraty, em Brasília. Profissionais brasileiros vão debater as experiências com pesquisadores do Canadá, país que integra a linha de frente da política antitabagista --foi o primeiro a adotar imagens nos maços.
Redução de público
Entre os entrevistados pelo Datafolha, 48% dizem que a proibição ao fumo reduziria o público de bares e casas noturnas. Em lanchonetes e restaurantes, essa taxa é de 43%.
A crença do senso comum de que a proibição significa redução de público para esses locais não encontra respaldo na experiência do Estado de Nova York, onde o fumo foi banido desses ambientes em 2003.
O faturamento de bares e restaurantes aumentou ligeiramente após a proibição, segundo estudo da Secretaria de Saúde do Estado de Nova York publicado em julho último. Passou de cerca de US$ 190 milhões por quadrimestre para US$ 200 milhões. Inicialmente, os bares tiveram uma perda, mas seis meses depois as vendas já haviam se recuperado.
O Datafolha apurou que 43% dos paulistanos consideram "muito eficiente" (13%) ou "eficiente" (30%) as áreas reservadas para fumantes em restaurantes, bares e casas noturnas no sentido de não incomodar os não-fumantes.
Isoladamente, a categoria que obteve o percentual mais alto foi a daqueles que consideram um fumódromo "nada eficiente" --25% dos entrevistados escolheram essa opção. A taxa de reprovação aos fumódromos é de 39%.
Quando se pergunta qual é a eficiência dos fumódromos para não incomodar os funcionários de bares e restaurantes, a taxa de aprovação cai para 37%. Nesse item, o percentual dos que consideram os fumódromos de "pouco eficiente" ou "nada eficiente" é superior ao índice de aprovação: 41%.
Os fumódromos em locais de trabalho são considerados ligeiramente mais eficientes: 48% dos entrevistados acham que esse tipo de ambiente é "muito eficiente" (11%) ou "eficiente (37%). A reprovação atinge 35%.
Os paulistanos que fumam equivalem a 26% da população com 18 anos ou mais, de acordo com a pesquisa. Entre os homens, esse índice é ligeiramente superior: 30%. Os fumantes consomem 14 cigarros por dia, em média.
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da Folha de S.Paulo
O fumo deve ser banido total ou parcialmente de restaurantes, bares e casas noturnas na opinião de 85% dos que vivem na cidade de São Paulo. A taxa é a principal revelação da pesquisa Datafolha feita para a ACT (Aliança de Controle do Tabagismo), uma organização não-governamental que defende as restrições ao fumo recomendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
O fumo passivo é um dos maiores riscos para a saúde de não-fumantes, segundo a OMS, e provoca câncer e doenças cardíacas. Das 4.000 substâncias existentes na fumaça do cigarro, pelo menos 40 causam câncer, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA. A entidade classifica a fumaça como um carcinógeno de classe A (carcinógeno é a substância que provoca ou estimula tumores malignos).
Restaurante à frente
Restaurantes são o ambiente com a mais alta taxa dos que defendem o veto ao fumo: 83%. Aparecem em seguida nesse ranking lanchonetes (79%) e bingos (67%). Bares e casas noturnas têm as taxas mais baixas de reprovação ao fumo: 63% e 62%, respectivamente.
Quanto mais alta é a idade do entrevistado, maior é a taxa de reprovação ao fumo nesses ambientes. Entre os que têm 41 anos ou mais, por exemplo, 88% defendem o veto ao fumo em restaurantes.
Mesmo fumantes são favoráveis às restrições ao cigarro, seja parcial ou total: 79% deles são contra fumar em locais fechados, segundo o Datafolha. Os fumantes que são contra o uso de tabaco em restaurantes somam 74%; em lanchonetes, o índice recua para 66%.
Os fumantes que freqüentam bares e casas noturnas, no entanto, são favoráveis ao fumo nesses locais --a liberação é defendida por 49% e 48%, enquanto 40% nos dois casos dizem apoiar a proibição.
Os resultados da pesquisa serão apresentados na próxima terça-feira num seminário internacional sobre o controle do tabaco que será realizado no Itamaraty, em Brasília. Profissionais brasileiros vão debater as experiências com pesquisadores do Canadá, país que integra a linha de frente da política antitabagista --foi o primeiro a adotar imagens nos maços.
Redução de público
Entre os entrevistados pelo Datafolha, 48% dizem que a proibição ao fumo reduziria o público de bares e casas noturnas. Em lanchonetes e restaurantes, essa taxa é de 43%.
A crença do senso comum de que a proibição significa redução de público para esses locais não encontra respaldo na experiência do Estado de Nova York, onde o fumo foi banido desses ambientes em 2003.
O faturamento de bares e restaurantes aumentou ligeiramente após a proibição, segundo estudo da Secretaria de Saúde do Estado de Nova York publicado em julho último. Passou de cerca de US$ 190 milhões por quadrimestre para US$ 200 milhões. Inicialmente, os bares tiveram uma perda, mas seis meses depois as vendas já haviam se recuperado.
O Datafolha apurou que 43% dos paulistanos consideram "muito eficiente" (13%) ou "eficiente" (30%) as áreas reservadas para fumantes em restaurantes, bares e casas noturnas no sentido de não incomodar os não-fumantes.
Isoladamente, a categoria que obteve o percentual mais alto foi a daqueles que consideram um fumódromo "nada eficiente" --25% dos entrevistados escolheram essa opção. A taxa de reprovação aos fumódromos é de 39%.
Quando se pergunta qual é a eficiência dos fumódromos para não incomodar os funcionários de bares e restaurantes, a taxa de aprovação cai para 37%. Nesse item, o percentual dos que consideram os fumódromos de "pouco eficiente" ou "nada eficiente" é superior ao índice de aprovação: 41%.
Os fumódromos em locais de trabalho são considerados ligeiramente mais eficientes: 48% dos entrevistados acham que esse tipo de ambiente é "muito eficiente" (11%) ou "eficiente (37%). A reprovação atinge 35%.
Os paulistanos que fumam equivalem a 26% da população com 18 anos ou mais, de acordo com a pesquisa. Entre os homens, esse índice é ligeiramente superior: 30%. Os fumantes consomem 14 cigarros por dia, em média.
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